Receita Federal divulga calendário com vencimentos de obrigações acessórias e contábeis
Notícia
Split Payment na Reforma Tributária: entenda os impactos nas empresas
O Split Payment da Reforma Tributária altera a forma de recolhimento do IBS e CBS e pode elevar custos em até 19% para empresas de serviços
01/01/1970 00:00:00
A Reforma Tributária sobre o consumo, regulamentada pela Lei Complementar nº 214/2025 e em fase de implementação, trará mudanças profundas na forma de recolhimento de tributos no Brasil. Entre os mecanismos previstos está o Split Payment, sistema que altera radicalmente o fluxo financeiro das empresas ao separar automaticamente, no momento do pagamento, o valor do produto ou serviço e o montante devido em tributos.
O que é o Split Payment?
O Split Payment, ou pagamento fracionado, é um modelo no qual, ao efetuar uma compra, a instituição financeira responsável pela liquidação da operação divide o valor:
- Uma parte vai diretamente para o Comitê Gestor do IBS, referente ao Imposto sobre Bens e Serviços;
- Outra parte é destinada à Receita Federal, referente à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS);
- O valor líquido, já descontado dos tributos, é creditado na conta da empresa.
Dessa forma, o empresário deixa de ter autonomia para recolher os tributos de forma periódica, como ocorre hoje com ICMS, ISS, PIS e Cofins.
Como funciona no modelo atual
Atualmente, os tributos incidentes sobre consumo são pagos em períodos mensais, o que permite às empresas utilizar o valor recolhido dos clientes como parte do seu capital de giro. Esse intervalo garante recursos temporários para financiar despesas imediatas, como folha de pagamento, fornecedores e compromissos financeiros.
Com o Split Payment, essa lógica desaparece: o imposto será retido e destinado ao fisco de forma instantânea, reduzindo a liquidez disponível.
Impactos financeiros e operacionais
Especialistas avaliam que o impacto será maior para empresas de serviços, tradicionalmente com menor volume de créditos tributários para compensação. Estimativas apontam que a nova sistemática poderá gerar uma pressão de até 19,2% sobre o faturamento atual dessas empresas.
Setores como advocacia, contabilidade, engenharia, corretagem e outros serviços profissionais estão entre os mais sensíveis. Hoje, essas atividades recolhem tributos no regime do Lucro Presumido, com alíquotas que variam entre:
- ISS: até 5%, de competência municipal;
- PIS/Cofins cumulativo: 3,65%.
Com a Reforma, a carga passará a incidir pelo IBS e CBS, cuja alíquota conjunta poderá chegar a 28%, ainda que alguns setores contemplem redução de até 30% por regimes diferenciados.
Risco para o capital de giro
A nova sistemática obriga as empresas a reorganizarem suas finanças, já que valores antes disponíveis para caixa imediato passarão a ser retidos automaticamente. Isso exigirá maior planejamento financeiro, revisão de contratos e precificação dos serviços para absorver o impacto.
Segundo tributaristas, companhias que operam com margens reduzidas precisarão de atenção redobrada para evitar problemas de liquidez. O risco é que, sem uma readequação rápida, aumentem casos de inadimplência, renegociação de dívidas e busca por crédito bancário para suprir a falta de fluxo de caixa.
Empresas precisam se preparar
A implementação do Split Payment está prevista de forma gradual, acompanhando a transição da Reforma Tributária, que vai até 2033. Ainda assim, especialistas recomendam que empresas iniciem ajustes já em 2025, com foco em três pontos principais:
- Planejamento financeiro – simulações de fluxo de caixa considerando retenção imediata dos tributos;
- Revisão de contratos – inclusão de cláusulas de repasse tributário e renegociação de preços com clientes e fornecedores;
- Atualização de sistemas de gestão – adaptação de softwares fiscais e contábeis para lidar com o novo modelo.
O Split Payment representa um dos pontos mais disruptivos da Reforma Tributária, ao alterar a lógica de arrecadação e retirar das empresas a flexibilidade no recolhimento de tributos. Para setores de serviços, o impacto tende a ser mais severo, exigindo antecipação na reestruturação de processos e finanças.
A mensagem central é clara: empresas que se prepararem antes da obrigatoriedade terão maior resiliência para enfrentar esse novo cenário tributário.
Notícias Técnicas
O Informe Técnico 02.2024, versão 1.10, trouxe a inclusão de um novo meio de pagamento na emissão da NF-e e da NFC-e
Entre as principais novidades da Reforma Tributária sobre o consumo, está o novo mecanismo de cashback, que estabelece a devolução de parte dos tributos recolhidos para famílias de baixa renda
O governo federal criou, por meio de Lei, uma pensão especial de um salário-mínimo. O Decreto que regulamentou a lei, entrará em vigor em 29 de novembro de 2025.
Empregadores domésticos têm até hoje (31) para regularizar débitos do FGTS. Após o prazo, casos serão encaminhados à fiscalização
Reforma Tributária muda a gestão de micro e pequenas empresas, afetando impostos e competitividade
Número de antecipações, valores e prazos serão limitados para garantir a sustentabilidade do Fundo e reduzir riscos aos trabalhadores
Saiba quem precisa, onde fazer e como se preparar
No dia 28 de outubro de 2025, o ENCAT publicou oficialmente o Manual de Orientação do Contribuinte da NFAg – versão 1.00b
Nova norma do IASB introduz subtotais obrigatórios e regras para medidas de desempenho gerencial
Notícias Empresariais
Trocar Posso fazer isso? por Como posso fazer isso? ativa a coragem e transforma medo em ação, segundo o FBI
No Brasil, IA aplicada sem políticas de capacitação pode gerar desemprego e concentração de renda; uso estratégico é essencial para equilibrar eficiência e inclusão
Advogado e presidente da Conaje alerta para armadilhas comuns em períodos de Selic elevada
Dados do Impostômetro mostram que tributos podem representar até 77% do preço final
Bancos só respondem em caso de erro grave em operações de câmbio, segundo Resolução 277 do BC
O dólar à vista fechou em alta de 0,43%
Em 2025, inovar é incluir: cocriar com clientes gera mais tração, engajamento e resultados duradouros
Como a atuação ativa do dono impulsiona liderança, decisões estratégicas e a cultura da empresa
Erros como má escolha do regime fiscal, falta de planejamento e desorganização financeira comprometem a estabilidade dos negócios
Investir em TI nacional é mais do que uma decisão operacional. É uma escolha estratégica que reduz custos, melhora a performance e inova
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade
