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Notícia
Com inundação de aço chinês, Gerdau avalia investir mais nos EUA do que no Brasil, diz CEO
A companhia repensa o patamar em meio a um cenário de ‘inundação de aço da China’, que provoca prejuízos à indústria nacional e subutilização da capacidade de produção da empresa no país
01/01/1970 00:00:00
O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, relata que a companhia ‘está próxima’ de repensar o patamar de alocação de capital em solo brasileiro em meio a um cenário de ‘inundação de aço da China’, que provoca prejuízos à indústria nacional e subutilização da capacidade de produção da empresa no país.
Atualmente o setor pleiteia medidas do governo federal para conter de forma mais efetiva o crescimento das importações de aço chinês.
“Eu diria que estamos próximos de tomar essa decisão [de investir mais nos EUA do que no Brasil]. Agora no mês de maio vence um ano de que o governo federal colocou um mecanismo de defesa comercial chamado cota tarifa, que permite entrada de um volume de aço sem pagar uma taxa de importação maior, e acima de determinado volume essa taxa sai de 11% para 25%. Esse mecanismo não foi efetivo, as importações cresceram nos últimos 12 meses.”
O CEO da Gerdau comenta que a empresa ‘sempre esteve próxima da coisa pública’ visando promover mudanças estruturais no país.
Um dia antes de conceder entrevista ao Dinheiro Entrevista o executivo esteve com o Presidente da República em uma unidade da companhia em Ouro Branco (MG), em uma inauguração de expansão do laminador de bobinas a quente da empresa – projeto que representa um investimento de R$ 1,5 bilhão. Junto com Lula estiveram ministros como Haddad (Fazenda) e Silveira (Minas e Energia), além do Governador do Estado, Romeu Zema.
Werneck relata que o investimento feito é substancial e foi feito anos antes, quando não se sabia que a situação do mercado seria a atual, com problemas por conta da concorrência que considera ‘desleal’ com os asiáticos.
“Com a inauguração de ontem, mostramos que a Gerdau continua acreditando no Brasil. Mas em um negócio como o nosso, uma decisão que terminou ontem foi tomada cinco anos atrás. Precisamos projetar um Brasil daqui a cinco anos para tomar uma decisão, hoje, de alocar R$ 1,5 bilhão, imaginando que o Brasil vai estar melhor do que agora. Que vai ter mercado. Essa inundação de produtos chineses traz dificuldades. Nós inauguramos um equipamento ontem e hoje não temos pedidos suficientes para manter esse equipamento rodando.”
O CEO da Gerdau relatou também que o Movimento Brasil Competitivo – chefiado por Jorge Gerdau- calcula que o chamado Custo Brasil é de 22% do PIB, cerca de R$ 1,5 trilhão. O grupo empresarial trabalha em defesa de uma melhor eficiência da gestão pública.
“Aqui no Brasil temos 123 pessoas trabalhando na área tributária. Lá nos Estados Unidos temos somente três. Temos 120 pessoas a mais aqui para lidar com essa confusão que são os tributos e taxas”, conta
Juros altos e fator Trump
Sobre o impacto das decisões de política tarifária nos Estados Unidos, Werneck cita que a empresa ‘não sai ilesa’, mas descreve uma posição consideravelmente mais confortável do que a dos pares.
Isso, dado que a Gerdau possui produção de aço na América do Norte, com 11 unidades de produção de aços longos e especiais nos Estados Unidos e Canadá – e atualmente avalia ampliar a capacidade de produção em plantas como as localizadas no Michigan e Arkansas.
“Essa decisão que tomamos há 35 anos atrás, de ter operação fora do Brasil, em um país de moeda forte [EUA]….isso comprovadamente foi um acerto que tivemos. A Gerdau opera nos Estados Unidos como uma empresa local, nós não enviamos aço para lá”, comenta.
Sobre um eventual aumento de receita em solo americano por conta dos incentivos à indústria local de Donald Trump, Werneck diz que ‘num geral’ a companhia espera que ocorra.
“Esses mecanismos de defesa comercial que os EUA têm implementado e esses programas de incentivo ao aço local tem nos beneficiado, e acredito que vai continuar assim ao longo dos próximos anos. Todo esse programa de fortalecer a indústria americana tem um impacto direto e rápido no nosso dia a dia.”
Dividendos da Gerdau vão aumentar?
Sobre os resultados mais recentes, referentes ao quarto trimestre de 2024, o CEO da companhia relata que o mercado ainda tem penalizado a empresa por motivos que não considera justos.
“Todo esse debate no 4T24 é de uma realidade que não é mais a nossa. A Gerdau é muito vista ainda como uma empresa produtora de vergalhões para construção civil. Isso foi nossa história durante quase a vida toda. Mas hoje somos uma empresa que produz mais planos do que vergalhões. Não podemos ser precificados somente com base no mercado de vergalhão”, defende.
A Gerdau reportou lucro de R$ 666 bilhões no período e um Ebitda de R$ 2,4 bilhões, ao passo que o consenso Bloomberg estimava R$ 1,5 bilhão e R$ 3,2 bilhões. O mercado respondeu ao resultado com uma alta tímida de 0,7% em GGBR4 no pregão que sucedeu a divulgação do balanço, todavia alguns analistas fizeram ressalvas, citando ‘incertezas do mercado em relação à demanda e preços futuros’, como a XP, por exemplo.
Para o ano de 2025, com os efeitos da nova administração, Werneck espera um ‘resultado bastante sólido’ na operação da América do Norte.
Além disso, reforça que a gestão vê as ações da Gerdau como ‘muito baratas’ dados os múltiplos atuais e dado que a companhia abriu um programa de recompra de ações.
Sobre os dividendos da Gerdau, o executivo considera que a companhia está em um ‘patamar equilibrado’ sobre a alocação do seu lucro, citando que no momento a companhia prefere manter aportes relevantes na sua operação, com um Capex mais alto.
A Gerdau pagou R$ 0,80 por ação preferencial no acumulado dos últimos 12 meses, representando um dividend yield de 4,6%.
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