Quando falamos em tributação, a maior parte das conversas ainda gira em torno da arrecadação
Notícia
Juro no crédito livre sobe a 26,5% em outubro
Dados do Banco Central mostram ainda que o endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 48,2% em agosto, ante 47,3% em julho
01/01/1970 00:00:00
Em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia, a taxa média de juros no crédito livre passou de 25,8% ao ano em setembro para 26,5% ao ano em outubro, informou nesta sexta-feira, 27/11, o Banco Central. Em outubro de 2019, essa taxa estava em 35,3% ao ano.
Os dados apresentados pelo BC são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas - em especial, nos meses de março e abril. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos.
Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 38,0% para 38,9% ao ano de setembro para outubro, enquanto para as pessoas jurídicas foi de 11,5% para 12,0% ao ano.
CHEQUE ESPECIAL
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 114,0% ao ano para 112,9% ao ano de setembro para outubro.No crédito pessoal, a taxa passou de 29,4% para 31,7% ao ano.
Desde julho de 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em 6 de janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao ano (151,82% ao ano).
Além da limitação do juro, os dados divulgados nesta quinta refletem uma revisão realizada na série histórica do BC. De acordo com a autarquia, os números passaram a considerar o fato de alguns bancos cobrarem juro no cheque especial apenas após dez dias de atraso no pagamento da fatura. Antes, era considerado todo o período de atraso.
Esta mudança fez com que o nível do juro no cheque especial, na nova série histórica, fosse menor em anos anteriores.
Os dados divulgados pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 18,6% ao ano em setembro para 18,9% em outubro.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 18,1% ao ano em setembro para 18,7% ao ano em outubro. Em outubro de 2019, estava em 23,5%.
CUSTO DO CRÉDITO
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) caiu 0,1 ponto porcentual em outubro ante setembro, aos 17,3% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
SPREAD
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o spread em operações de crédito apresentou aumento. Dados divulgados pelo Banco Central mostram que o spread bancário médio no crédito livre passou de 21,2 pontos porcentuais em setembro para 21,5 pontos porcentuais em outubro.
O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 32,8 para 33,4 pontos porcentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio permaneceu em 7,6 pontos porcentuais.
O spread é calculado com base na diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais (famílias e empresas) em operações de crédito. Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por várias linhas de crédito nos bancos. Ao mesmo tempo, o risco de inadimplência nas operações aumentou - o que, em tese, serve de impulso ao spread.
O spread médio do crédito direcionado foi de 4,2 para 4,4 pontos porcentuais na passagem de setembro para outubro. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) foi de 14,3 para 14,6 pontos porcentuais no período.
ENDIVIDAMENTO
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou em 48,2% em agosto, ante 47,3% em julho, informou o Banco Central.
Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 28,0% em agosto, ante 27,5% em julho.
O cálculo do BC leva em conta o total das dívidas dividido pela renda no período de 12 meses. Além disso, incorpora os dados da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar (Pnad) contínua e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do IBGE.
Em função da metodologia utilizada, os números de endividamento sempre são divulgados com apenas um mês de defasagem. Em setembro, no entanto, o BC havia adiado a divulgação de dados referentes ao endividamento e ao comprometimento de renda das famílias brasileiras, em função de alterações de datas promovidas pelo IBGE. Agora, o BC atualiza os números, com referência em agosto.
Segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu 21,0% em agosto, ante 20,5% em julho. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda ficou em 18,4% em agosto, ante 18,0% em julho.
INADIMPLÊNCIA
Apesar das dificuldades de famílias e empresas para fechar as contas, em meio à pandemia do novo coronavírus, a taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos passou de 3,2% para 3,1% de setembro para outubro, informou o Banco Central.
Para as pessoas físicas, a taxa de inadimplência foi de 4,6% para 4,5% no período. No caso das empresas, a taxa passou de 1,6% para 1,5%.
A inadimplência do crédito direcionado (recursos da poupança e do BNDES) seguiu em 1,4% na passagem de setembro para outubro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência permaneceu em 2,4%.
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