Mais de 8 mil empresas não optantes pelo Simples Nacional têm divergências e podem se autorregularizar
Notícia
O país saiu da recessão. E agora?
Economistas da Associação Comercial de São Paulo avaliam que a tendência é de continuidade da recuperação, mas a velocidade será determinada pela aprovação de reformas importantes para o país
01/01/1970 00:00:00
O avanço de 1% do Produto Interno Bruto (soma das riquezas do país) no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três meses anteriores mostra que o país saiu tecnicamente da recessão e entrou em uma rota de recuperação, depois de oito trimestres consecutivos de quedas.
Do ponto de vista da oferta, o resultado positivo foi puxado pela produção agropecuária, que subiu 15,2% no trimestre, na comparação com igual período de 2016.
Para isso, colaborou o clima e os ganhos de produtividade, resultando na melhor safra dos últimos 20 anos, principalmente no caso das culturas de milho e soja.
O economista Roberto Macedo, coordenador do Conselho de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), diz que a questão é saber se existe perspectiva de crescimentos expressivos no PIB nos próximos trimestres.
Segundo ele, os números positivos que se referem à colheita da safra agrícola, ocorrida no início deste ano, tendem a se diluir nos cálculos dos próximos trimestres.
"O que devemos acompanhar é se haverá um efeito da venda desses produtos sobre a renda de produtores, fornecedores e trabalhadores do setor agrícola".
"E se isso será repassado ao consumo interno nos próximos trimestres, beneficiando a indústria e o comércio", afirma.
Por enquanto, indústria e serviços, incluindo o comércio, são setores que apresentam resultados negativos. Na comparação com o primeiro trimestre de 2016 a atividade industrial apresentou retração de 1,1% nos primeiros três meses deste ano.
Trata-se de uma contração menor do que a observada no primeiro trimestre de 2016 (-7,0%), e segundo análise de economistas da ACSP, é explicada basicamente pelos aumentos da produção e distribuição de eletricidade, gás e água (4,4%) e do setor extrativo mineral (9,7%).
Os serviços - principal setor produtivo da economia - encolheram 1,7% nos primeiros três meses do ano, na mesma base de comparação.
Neste caso, a intensidade foi menor do a registrada em igual período de 2016 (queda de 3,5%), em razão das reduções da renda e do emprego.
Dentro do setor de serviços, todos os segmentos exibiram contração, especialmente os relacionados com atividades de intermediação financeira (-4,0%) e comércio (-2,5%) ante igual período de 2016.
Segundo Macedo, que acredita em um crescimento de 1% do PIB neste ano, o Brasil está subindo os primeiros degraus da escada que o retira do fundo do poço.
O fator crucial para a retomada do consumo e do investimento será a elevação dos índices de confiança.
"Se a crise política afetar a confiança passaremos por outra forma de instabilidade, como a observada no governo Dilma, na qual consumidores tinham medo de consumir e empresários, medo de investir", diz.
A equipe de economia do Instituto Gastão Vidigal da ACSP avalia que a perspectiva para 2017 é de continuidade da recuperação da economia, já que a produção agropecuária deve seguir contribuindo para a retomada do crescimento do PIB.
Segundo a análise, a maior produção de alimentos no campo acentuará a redução da inflação, que deverá prosseguir em patamar baixo, abrindo espaço para a continuidade da redução dos juros por parte do Banco Central.
"Ao mesmo tempo, as exportações também poderão continuar contribuindo positivamente para elevar a atividade, ainda que sua evolução dependa do comportamento do câmbio."
No entanto, ressaltam em relatório que, mesmo com a manutenção da atual política econômica, a crise político-institucional, embora não mude a tendência de recuperação, poderá reduzir a sua velocidade.
Além da produção do agronegócio, as exportações foram o único item da despesa a dar contribuição positiva ao, aumentando 1,9% no trimestre sobre igual intervalo de 2016.
Na análise dos economistas, isso foi produto da elevação da taxa de câmbio ocorrida durante o ano passado, que aumentou a competitividade da produção nacional, e da recuperação da economia mundial.
Apesar do recorte positivo, o PIB no trimestre ainda permaneceu em queda de 0,4% se comparado ao mesmo período de 2016.
Ou seja, ainda há indicadores que puxam o resultado da atividade econômica para baixo em termos interanuais. O consumo das famílias, principal componente, apresentou queda de 1,9% no trimestre sobre igual período do ano anterior.
Apesar disso, o recuo foi menor do que o registrado em 2016 (de -5,8%), em decorrência das reduções da renda, do crédito e do aumento do desemprego.
No caso dos investimentos produtivos e em infraestrutura (formação bruta de capital fixo), a contração foi de 3,7%, na mesma base de comparação, decorrente da falta de confiança dos empresários, da paralisação das empresas envolvidas na Operação Lava Jato e da diminuição do investimento público.
"A participação destes investimentos sobre o PIB (taxa de investimento) diminuiu para a apenas 15,6%, que além de constituir o percentual mínimo histórico, está muito abaixo da média para os países emergentes (25% do PIB)."
De acordo com a análise, o consumo do governo, que corresponde basicamente às despesas com servidores nas três esferas governamentais, apresentou redução de 1,3%, mais intensa do que a observada durante o ano passado (-0,8%), refletindo esforço de contenção dos gastos públicos.
Notícias Técnicas
Novo marco regulatório garante interoperabilidade e segurança jurídica para contadores e empresas
O Ministério da Fazenda publicou a Portaria MF nº 1.853/2025, alterando pontos relevantes da Portaria MF nº 20/2023, que disciplina os julgamentos administrativos nas Delegacias de Julgamento da Receita Federal
Ampliação do Programa de Transação Integral (PTI) em 2026 incluirá débitos com agências e autarquias, elevando potencial de recuperação de créditos
Na contabilidade é preciso estar sempre atualizado sobre as novidades. Isso porque as mudanças são constantes e aceleradas
Guias da NFS-e Nacional orientam empresas e municípios sobre emissão padronizada e gestão fiscal, reduzindo custos e divergências legais
Acordo atualiza regras sobre imposto de renda e cooperação fiscal, fortalecendo mecanismos contra evasão e ampliando segurança jurídica
Norma publicada pela Receita obriga cartórios a incluir código do CIB em documentos e sistemas, seguindo cronograma pactuado entre Receita, CNJ e operadores de registros públicos
Acordo prevê aumento de 15% na ocupação de vagas destinadas a esse público e integração de dados ao SINE até 2026
Doenças graves como câncer, Parkinson e problemas no coração garantem isenção de IR para aposentados, mas pouca gente sabe disso
Notícias Empresariais
Descubra a diferença entre empreendedor e empresário e como desenvolver as duas habilidades para alcançar sucesso nos negócios
Quando conduzido com clareza, empatia e foco no desenvolvimento, até os feedbacks mais difíceis se tornam ferramentas de crescimento
A IA (inteligência artificial) impulsiona o ROI das empresas, modificando modelos de negócios, operações internas e estratégias
Prorrogação do drawback impede que exportadores prejudicados pelo tarifaço tenham de arcar com impostos e multas no caso de não conseguirem cumprir com as obrigações
O Brasil registrou, em maio de 2025, um total de 6,7 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes, segundo levantamento da Serasa Experian
A era multicloud combina diferentes provedores e plataformas de computação em nuvem, aumentando os ataques cibernéticos significativamente
Na comparação anual, o PIB do bloco teve expansão de 1,5% entre abril e junho
Empresários de vários estados foram aos EUA
Expectativa de cortes nos juros já aparece na curva futura, e pode mexer no preço tanto das ações quanto de ativos de renda fixa
Brasil aciona reciprocidade, mas enfrenta entraves jurídicos, diz especialista
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade