Confira a Nota Orientativa EFD-Reinf 01/2025 e veja quais certificados digitais podem ser usados na assinatura e transmissão da obrigação fiscal
Notícia
Novo Simples Nacional pode ser prejudicial para empresas
Ao contrário do que tem sido amplamente divulgado pelo governo, aderir ao Novo Simples Nacional, que passa a valer a partir de 2018, pode não ser uma vantagem para muitas empresas. Regime tributário diferenciado, o Simples Nacional é aplicável às mi
01/01/1970 00:00:00
Ao contrário do que tem sido amplamente divulgado pelo governo, aderir ao Novo Simples Nacional, que passa a valer a partir de 2018, pode não ser uma vantagem para muitas empresas. Regime tributário diferenciado, o Simples Nacional é aplicável às micro e pequenas empresas. As principais vantagens desse regime são:
1. O recolhimento unificado de até 8 tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, CPP, ISS ou ICMS e IPI), dependendo das atividades da empresa, em apenas uma guia;
2. Alíquotas, em tese, menores, para todos os tributos, que aumentam gradualmente, de acordo com o crescimento da empresa;
3. Recolhimento previdenciário com alíquotas de 4,6% ou 7,83% sobre a receita bruta, em substituição a tributação sobre a folha, que pode chegar a 28,8%.
Contudo, o empresário se acostuma a precificar suas mercadorias e serviços considerando as alíquotas atuais do Simples, mas que podem ser maiores já no mês seguinte, caso ele fature mais, o que, consequentemente, pode prejudicar a margem e a lucratividade do negócio. Além de ser ‘punido’ caso cresça demais e ultrapasse o limite de R$ 3,6 milhões anuais, sendo obrigado a mudar de regime tributário para o Lucro Presumido ou para o Lucro Real.
Aprovado recentemente, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 25/07, conhecido e intitulado como ‘Crescer sem Medo’ pelo governo, aumentou esse limite para R$ 4,8 milhões. Outra mudança é a redução no número de tabelas e faixas em que as empresas são enquadradas para calcular o quanto devem de imposto.
O número de tabelas caiu de seis para cinco e as faixas de 20 para 6. As tabelas se referem à área de atuação do negócio e as faixas ao valor do faturamento acumulado nos últimos 12 meses. Contudo, as mudanças não significam necessariamente vantagens para as empresas, que continuarão a ser oneradas de acordo com seu crescimento.
Para o diretor da ROIT, empresa especializada em contabilidade e consultoria tributária, Lucas Ribeiro, o ‘Crescer sem medo’ é um engodo, pois, em vez de incentivar e corrigir essas incoerências, acabou reprisando-as e, para ele, de maneira ainda pior, pois as empresas que ultrapassarem o limite de 3,6 milhões continuarão no Simples, mas passarão a tributar ICMS e ISS em regime normal, como se estivessem no Lucro Presumido ou no Lucro Real. Ou seja, ficou ainda menos simples, segundo ele.
Advogado especialista em consultoria empresarial e tributária, Ribeiro esclarece que algumas melhorias foram feitas, como a criação do investidor-anjo e a permissão de determinadas atividades que hoje são vedadas, mas o que realmente precisava ser aprimorado, não foi.
Ribeiro também explica que muitas empresas no Simples Nacional não estão preparadas para o Lucro Real e acabam sendo obrigadas a mudar para o Lucro Presumido que, em geral, apresenta carga tributária muito superior à do Simples ou ainda, avançam para a ilegalidade e abrem novos ‘CNPJs’ com os famosos ‘laranjas’, para que possam permanecer no Simples Nacional.
“Acontece que o empresário tem medo do Lucro Real e acaba não comparando adequadamente os regimes tributários. Criou-se uma lenda sobre esse regime, que é mais fiscalizado e mais complexo, mas isso hoje é totalmente falso e há muitas empresas que tributariam menos no Lucro Real do que tributam hoje no Simples Nacional, e em comparação ao Novo Simples, então, nem se fala”, afirma Ribeiro.
Segundo ele, apesar das aparentes facilidades do Simples, o empresário precisa conhecer e analisar as alternativas legais para a eventual economia de tributos: o Lucro Presumido e o Lucro Real. “Uma empresa que opte por estes regimes está sujeita ao pagamento de todos os tributos separadamente, contudo, dependendo de algumas variáveis, como tipo de atividade, o somatório de todos estes tributos pode resultar em carga tributária inferior à do Simples”, explica o especialista.
É o caso da Intelecto, empresa da área de call center com unidades em Curitiba (PR), São Bernardo do Campo (SP) e Maceió (AL). Enquadrada desde a sua criação, em 2010, no regime do Simples Nacional, a Intelecto migrou para o Lucro Real e viu sua carga tributária diminuir significativamente. O sócio-diretor da empresa, Ismael Pereira, conta que a decisão de alterar o regime tributário veio depois de uma consultoria realizada pela ROIT, quando migrou a sua contabilidade.
“Com a mudança, fomos beneficiados pela Desoneração da Folha (Lei 12.546/2011), lei que substituiu a tributação de 20% do INSS patronal para, na época, 2% sobre a receita bruta. A partir daí, além da correta adequação do regime tributário, tivemos o suporte necessário para fazer frente aos novos desafios trazidos pelo crescimento da empresa, tanto na quantidade de funcionários quanto no faturamento”, conta Pereira.
O empresário lamenta o fato de que, por ter iniciado as suas atividades no Simples, a empresa não pode ser beneficiada por alguns privilégios fiscais, como compensar os prejuízos acumulados em períodos anteriores. O diretor da ROIT explica que o Simples, assim como o Lucro Presumido, são regimes tributários nos quais a empresa sempre paga IRPJ, CSLL, PIS e COFINS como se tivesse lucro e margens positivas, o que nem sempre ocorre.
Já o regime de Lucro Real permite que eventuais prejuízos fiscais, apurados em períodos anteriores, sejam compensados com os lucros apurados posteriormente, além de benefícios fiscais como Juros sobre Capital Próprio, que podem reduzir a tributação sobre os lucros em até 19% e diversos outros benefícios fiscais que só podem ser aplicados nesse regime de tributação.
“Quando você abre uma empresa, a probabilidade dela dar prejuízo nos primeiros anos é alta. Desta forma, optar por um regime tributário que impossibilita a compensação de prejuízos, como é o caso do Simples, nem sempre é a melhor opção”.
Outra desvantagem do Simples Nacional apontada por ele é a questão dos créditos fiscais. Quem está no Simples não tem direito a lançar nenhum crédito fiscal de tributos, o que pode resultar em carga tributária efetiva maior para essas empresas.
A única mudança do Simples que passará a valer quando for sancionado o projeto de lei é a possibilidade de parcelamento de débitos em até 120 vezes, atualmente são 60 parcelas. Todas as demais mudanças, incluindo o limite de faturamento, só passarão a valer a partir de 1º de janeiro de 2018.
Para o diretor da ROIT, no decorrer de 2017 o empresário terá a oportunidade de preparar e organizar a sua empresa, para que ela esteja pronta para escolher o melhor regime tributário em 2018, seja o Novo Simples, o Lucro Presumido ou o Lucro Real.
Segundo ele, o empresário precisa conhecer e, principalmente, saber comparar as alternativas legais para alcançar, dentro da lei, a economia de tributos, mas isso exige organização da empresa, controle rigoroso de estoques e uma contabilidade com experiência e conhecimentos profundos em Lucro Real.
Notícias Técnicas
Publicação apresenta exemplos de cláusulas pactuadas em acordos e convenções coletivas de 2023 que reforçam a proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores
Quando o INSS dá alta e o médico do trabalho considera o colaborador inapto, empresas enfrentam um limbo jurídico que pode gerar custos inesperados e demandas judiciais
OMinistério do Empreendedorismo lançou, oficialmente, nesta quarta-feira (27), o programa MEI Conta com a Gente. A iniciativa conecta microempreendedores individuais a contadores parceiros de suas regiões
Setores essenciais ganham com a desoneração, mas quais os riscos para outros
Empresas precisam avaliar impactos da nova modulação sobre seus processos tributários
Digitalização e aumento do empreendedorismo impulsionam busca por soluções de tecnologia que agilizem processos contábeis
Proposta prevê suspensão de prazos, estabilidade temporária e princípios para negociações extrajudiciais
As execuções fiscais desses conselhos representam 21% de todas as execuções fiscais pendentes na Justiça Federal atualmenteir-ate-650-mil-acoes-de-conselhos-profissionais
Em palestra na ACSP, o advogado Antônio Galvão Peres falou sobre a licitude da contratação de PJs por empresas, um tema controverso que tem causado insegurança jurídica por divergência de interpretação entre TST e STF
Notícias Empresariais
Ao unir propósito, inovação, colaboração e sustentabilidade, empreendedores criam organizações preparadas para crescer de forma ética, resiliente e competitiva
Profissionais essenciais para a saúde emocional apoiam colaboradores e fortalecem o papel estratégico do RH nas empresas
Empresas precisam adotar a Confiança Zero e a Autenticação Multifator para combater o problema
Investidores acompanharam os movimentos da moeda norte-americana no exterior, sem observarem fatores impactantes na agenda doméstica
Para construir um patrimônio que gere renda é preciso focar no que você pode controlar: a acumulação de ativos
As medidas de compensação do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para até quem ganha R$ 5 mil por mês
Direito ignorado por muitos, o sócio de sociedade simples ou limitada tem acesso garantido às informações da empresa, conforme o art. 1.021 do CC
Segmento de bens duráveis lidera retração, também registrada nos bens essenciais
Ao unir propósito, inovação e sustentabilidade, empreendedores criam empresas mais resilientes, preparadas para crescer de forma consistente e contribuir para uma economia mais ética e equilibrada
Saiba mais sobre suas funções, benefícios e tipos
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade