Especialista avalia que quando a transição estiver completa em 2033 (incluindo a operação plena do split payment, já a partir de 2027), débitos e créditos tributários serão automatizados
Notícia
Metade dos empreendedores da área de serviços abre empresa sem experiência
Além de revelar o perfil persistente desses empreendedores, a pesquisa mostra que ter experiência de mercado é um diferencial.
01/01/1970 00:00:00
Eles são persistentes, demonstram ter confiança em si mesmos, têm paixão pelo que fazem, não têm medo de ousar e avaliam que contam com boa experiência de mercado. A conclusão é de um estudo inédito realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que traça o perfil do empreendedor do setor de prestação de serviços, identificando práticas de gestão, dificuldades e perspectivas de investimento.
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Movidos principalmente pelo sentimento de que possuem aptidão para o negócio, quase a metade (48%) dos empreendedores entrevistados iniciou a vida profissional no segmento de serviços sem ter tido qualquer experiência prévia no setor. Outros 29% já haviam trabalhado em alguma empresa do segmento e 20% começaram o negócio por influência familiar.
Na avaliação de Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL, o resultado revelado pelo estudo “demonstra a determinação e o destemor de quem entra na área sem medo de encarar o desconhecido, tanto que 79% desses empreendedores não contaram com o apoio de linhas de financiamento para o capital de giro e acabaram utilizando dinheiro do próprio bolso para abrir a empresa”.
Além de revelar o perfil persistente desses empreendedores, a pesquisa mostra que ter experiência de mercado é um diferencial. Seis em cada dez (60%) prestadores de serviços entrevistados se consideram profissionais plenamente capacitados para exercer a função e dentre eles, 40% atribuem à experiência de mercado como a principal razão. Entre os entrevistados, 72% estudaram no máximo até o Ensino Médio. Vale destacar que apesar de boa parte dos entrevistados terem empreendido sem qualquer experiência anterior, 76% deles já possuem pelo menos mais de três anos de expertise no segmento.
“Para o empresário, a bagagem acumulada com os anos de negócio é o seu principal trunfo para se estabelecer no mercado. Por isso que ele tende a valorizar muito mais o dia a dia da profissão do que cursos e a capacitação formal”, explica Pellizzaro Junior.
Os atributos que os empreendedores consideram essenciais para o sucesso profissional são autoconfiança, em primeiro lugar com 64%, paixão com 21% e ousadia com 14%. Um exemplo que reforça a autoconfiança por parte desses empreendedores é o de que 92% deles se consideram empresários de sucesso e a maior parte (56%) relaciona o sucesso à recompensa financeira e ao fato de trabalhar com o que gosta.
Uma das razões que explica o otimismo é que o empresário do setor de serviços tem uma renda média bruta maior do que o restante da população brasileira. Segundo dados apurados pela pesquisa, a renda mensal de um empresário de micro e pequeno porte do setor de serviços é de R$ 4.060,00 – 51,7% a mais do que um trabalhador comum. Já os empreendedores formais têm uma renda que chega a ser de quase 20% a mais que os informais (R$ 4.343,43 contra R$ 3.611,24).
“Com uma média salarial bastante acima dos demais brasileiros, talvez seja compreensível a alegação de que 43% dos empreendedores entrevistados não mudariam de emprego caso surgisse uma oportunidade em alguma área diferente da atual, conforme aponta a pesquisa”, afirma o gerente financeiro do SPC Brasil, Flávio Borges.
O significado de ter um negócio
Quando indagados sobre qual expressão melhor define o fato de terem um empreendimento próprio, 38% responderam que significa ter liberdade e autonomia para fazer as coisas do seu próprio jeito, ao passo que para 24% dos entrevistados, ele é sinônimo de assumir responsabilidades.
Em se tratando de compromissos, é grande a parcela dos empreendedores que não conseguem encontrar tempo para descansar.De acordo com a pesquisa, em alguns casos, a jornada de trabalho média diária de um empreendedor de serviços supera a de um trabalhador comum contratado em regime CLT. Dentre o universo de entrevistados, 56% afirmam que trabalham até nove horas por dia e 44% avaliam que trabalham mais de 10 horas – percentual que sobe para 49% entre os formais e cai para 35% entre os informais.
Além de se dedicarem por uma extensa jornada de trabalho, períodos de férias não são garantias para esses empresários. A pesquisa indica que mais da metade (51%) dos pesquisados não tira férias e entre os que conseguem alguns dias de descanso, apenas 3% têm quatro semanas livres, como os trabalhadores assalariados convencionais. Dos que alegam não tirar férias, 40% justificam não ter ninguém de confiança para tocar o negócio em sua ausência e 33% alegam não encontrar tempo para a pausa.
Gestão e perspectivas
A pesquisa também procurou entender como o empreendedor de serviços faz a gestão do seu negócio. Quatro em cada dez (37%) entrevistados admitem não adotar qualquer tipo de gestão financeira, seja para controlar, analisar ou planejar o dinheiro acumulado com o negócio. O índice é ainda maior entre os que se encontram na situação de informalidade e atinge 52% dos casos. Já a prospecção de novos clientes é feita na maior parte das vezes (59%) por meio do famoso boca a boca, ou seja, pela indicação de clientes.
Para 33% dos entrevistados, a maior dificuldade para gerir o negócio é alta carga tributária. O problema é maior ainda para os formalizados (40%) do que para os informais (21%). Na avaliação de Flávio Borges, “apesar de o momento econômico vivido pelo Brasil proporcionar facilidades aos empreendedores, fomentando a criação de novas empresas, principalmente a partir da criação do MEI, o Microempreendedor Individual, a burocracia ainda impõe limites para o desenvolvimento do empresário, de modo geral”.
Embora 42% admitem desconhecer programas de financiamento para pequenas e médias empresas, os empresários se mostram otimistas quanto às perspectivas de investimento no próprio negócio para 2014. A maioria deles (57%) pretende fazer investimentos. O percentual sobre para 64% entre os formais, que detém uma maior capacidade de planejamento e de acesso no mercado, e cai para 48%, dentre os informais.
Entre os que vão investir, a prioridade são as áreas relacionadas á infraestrutura e que tendem a impulsionar o crescimento do negócio como um todo, como, por exemplo, a ampliação e melhoria de instalações (38%) e aquisição de máquinas e equipamentos (32%).
“O fato de eles estarem investindo na ampliação e na melhoria de suas instalações é uma demonstração das boas perspectivas do negócio e na capacidade de ampliar a presença no mercado. Os empresários do setor de serviços combinam ingredientes fundamentais para traçar um cenário otimista para o segmento: confiança em sua própria capacidade empreendedora e boas perspectivas de investimento no curto e médio prazos”, conclui Borges.
Metodologia
A pesquisa do SPC Brasil ouviu 653 empreendedores formais e informais do setor de prestação de serviços nas 27 capitais brasileiras entre os dias 4 e 13 de novembro de 2013.
A alocação amostral para cada cidade foi proporcional ao tamanho da população economicamente ativa (PEA) e a margem de erro é de 3,8 pp.
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