Evoluções do aplicativo oferecem mais segurança e facilidade ao microempreendedor
Notícia
As empresas em Recuperação Judicial e o REFIS IV
No contexto da recuperação judicial, um dos principais dificultadores é o imperativo do artigo 57, da Lei 11.101/05, que determina a apresentação da certidão negativa de débitos tributários
01/01/1970 00:00:00
O mundo vivencia, novamente, uma apreensão grande acerca dos fundamentos econômicos dos principais players da economia mundial, Estados Unidos e União Européia.
O Brasil, não obstante vivenciar um amadurecimento econômico ímpar, não se pode olvidar que a crise que se apresenta pode impactar sobremaneira no mercado interno.
Tal situação fica ainda mais dramática quando estamos a falar de um país onde a carga tributária é alta, aproximando-se a 34% do faturamento empresarial.
Neste cenário, presenciamos um acréscimo no número de requerimentos de recuperação judicial no corrente ano, frente, principalmente, ao ano de 2010, conforme informações do Serasa Experian.
É notório que as empresas no contexto de recuperação judicial constituem uma contingência tributária.
Porém, no contexto da recuperação judicial, um dos principais dificultadores é o imperativo do artigo 57, da Lei 11.101/05, que determina a apresentação da certidão negativa de débitos tributários, após a aprovação do plano de recuperação judicial.
Tal exigência se apresenta como clara sanção política já rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal em diversos momentos mas, muita das vezes, compatibilizada com o principio da razoabilidade e proporcionalidade.
Neste cenário, a possibilidade do parcelamento dos débitos fiscais se afigura a uma forma de manter as empresas em condições de funcionamento.
Não há dúvidas no mundo empresarial de que a edição da Lei 11.941/09, que instituiu o último parcelamento especial foi um auxílio à atividade industrial no país, mormente porque o mundo, naquela época, estava imerso em uma crise, comparável talvez somente a grande depressão de 1.929.
Outra modalidade de parcelamento é o ordinário, que apresenta condições consideravelmente desfavoráveis para os contribuintes, comparativamente ao último parcelamento especial.
Porém, nos termos do artigo 155-A do Código Tributário Nacional, encontramos um obstáculo aos parcelamentos disponíveis, na medida em que o aludido artigo exige a edição de uma lei específica para o parcelamento de débitos tributários referentes a empresas em recuperação judicial.
Diante deste cenário conturbado em termos normativos, fato comum no dia a dia dos operadores do direito tributário, na medida em que o legislador brasileiro insiste na falsa crença de poder regulamentar todos os atos dos particulares, nos deparamos com este imbróglio.
As normas que abordam os parcelamentos e a recuperação judicial não trazem em seu bojo nenhuma proibição quanto à inserção destas empresas nos parcelamentos especiais.
Por outro lado, encontramos, como sói acontecer, a resistência dos órgãos fazendários quanto à adesão aos parcelamentos disponíveis, das empresas em recuperação judicial.
Nesse sentido, não resta alternativa para as empresas a não ser abarrotar os tribunais com mais uma demanda judicial.
Cumpre nota o fato dos Tribunais Superiores já haverem decido no sentido de reconhecerem o direito a participação destas empresas nos programas de parcelamento especiais instituído pelos governos Federal e Estadual.
Uma vez superado este obstáculo, as empresas acabam se deparando com outro questionamento, que cinge aos efeitos da adesão aos parcelamentos das empresas em recuperação judicial.
Isto se deve ao fato do procedimento de recuperação judicial não suspender as execuções de natureza fiscal.
Como poderiam então as empresas em recuperação se reerguerem face à possibilidade de ver seu patrimônio expropriado para satisfazer uma execução fiscal?
A resposta da questão alhures perpassa por saber que a primeira intenção do processo de recuperação judicial é a reestruturação das atividades produtivas da empresa em recuperação, logo, não seria razoável imaginar que os bens desta fiquem ao alvedrio das execuções fiscais, pode ser expropriados a qualquer tempo.
Diante desse fato e, da celeuma existente sobre a suspensão ou não das execuções fiscais, a adesão ao programa de parcelamento ordinário ou especial configurou-se como saída para resolver tal questão, o que representa na prática o fim da ameaça constante de ver seus bens expropriados para a satisfação de uma execução fiscal.
Não obstante, as empresas têm recorrido novamente ao judiciário para garantirem a suspensão das execuções fiscais, agora por conta da adesão aos parcelamentos.
Atentos a noção de que a recuperação da atividade empresarial para toda a indústria e economia nacional, em face dos empregos gerados, a satisfação de interesses econômicos é mais importante do que a satisfação imediata dos débitos tributários e a eventual falência da empresa, e que as decisões dos Tribunais Superiores, sobejamente o Superior Tribunal de Justiça, tem impedido os atos que comprometam o patrimônio da empresa em recuperação, total ou parcialmente.
Em destaque, decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça impedindo a remoção de bens arrematados na Recuperação Judicial, e determinando a devolução do maquinário que já havia sido retirado, ao fundamento de que tal procedimento inviabilizaria a atividade produtiva e, via de conseqüência, a recuperação desta.
Conclui-se, pelo direito às empresas em recuperação judicial na adesão a programas de parcelamentos ordinários e especiais e, por conseguinte, que os efeitos desta adesão se expandam reflitam nas execuções fiscais, impedindo que recuperando sofra o menoscabo de seu patrimônio, ate mesmo porque, uma vez leiloado um bem necessário para a atividade empresarial e, por conseguinte, seu funcionamento, a recuperanda ficaria impossibilitada de adimplir, inclusive, o próprio parcelamento. O que seria um contra senso.
Notícias Técnicas
Ferramenta facilita a vida de empresas e cidadãos, reduzindo custos e burocracia, permitindo o acompanhamento e a compreensão do processo regulatório no Brasil
Com a reforma, o CNPJ passa a ser reconhecido como o identificador único das empresas perante União, Estados e Municípios
Reforma Tributária extingue impostos estaduais e municipais e adota modelo de IVA com CBS e IBS entre 2026 e 2033
Unificação de tributos, novas exigências operacionais e mudanças no fluxo de caixa exigem revisão criteriosa dos honorários para garantir sustentabilidade
Com a Reforma Tributária se aproximando, contadores ganham papel estratégico na reorganização fiscal das empresas. Entenda como o planejamento tributário pode evitar prejuízos
O artigo discute como a reforma tributária afeta empresas do Simples Nacional, explorando os desafios de competitividade e as opções estratégicas frente ao novo sistema de IBS e CBS
Entenda o que é ESG na Contabilidade, quais os seus pilares e a sua relevância no mundo contábil
A medida entra em vigor em 1º de janeiro de 2026
Segurados que receberem duas vezes o ressarcimento de descontos indevidos terão 30% do valor do benefício retido, caso não devolvam em 30 dias
Notícias Empresariais
O Curiosity Curve ensina líderes a sair da certeza absoluta para decisões mais empáticas e inovadoras
A inflação de cargos é a tendência que muitas empresas seguem, oferecendo aos seus colaboradores altos cargos e impondo-os sem qualquer impacto real no desenvolvimento profissional ou mesmo na remuneração
CHRO da Redarbor Brasil explica como transformar choque de mentalidades em vantagem competitiva com ações práticas de RH
Profissionais relatam insegurança, cansaço e perdas familiares com retorno ao presencial e preferem deixar o emprego a perder o home office
Prazo vai até 30 de setembro e renegociação pode evitar maiores dores de cabeça
O setor de cobrança ganha protagonismo com a atuação estratégica do RH, que integra tecnologia, inteligência emocional e cultura organizacional para fidelizar clientes e transformar inadimplência em relacionamento
Especialista em cultura organizacional analisa o que deve ser feito para se preparar para a era da inteligência viva
Receita Federal torna transação tributária mais rigorosa e técnica. Empresas e contadores enfrentam mais burocracia para negociar dívidas fiscais
A CCT aprovou nesta quarta-feira (9) projeto de lei que obriga empresas que atuam no Brasil, nacionais ou estrangeiras, a informar ao poder público quem são seus verdadeiros donos
Negócios que escutam vencem não porque falam mais, mas porque entendem melhor o que realmente importa
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade