Cuidado com fake news e desinformação espalhada pela internet!
Notícia
A síndrome do Quase Pronto que trava empresas discretamente
Prosperam mais rápido não as empresas que eliminam totalmente o risco, mas as que sabem conviver com ele
01/01/1970 00:00:00
Em muitas empresas, o trabalho nunca termina de verdade. Projetos ficam “quase prontos”, apresentações passam por infinitas revisões, lançamentos são empurrados por mais um ajuste e decisões voltam para a mesa depois de já estarem encaminhadas. Por fora, isso parece zelo. Por dentro, costuma ser um padrão emocional: a síndrome do “quase pronto”. Ela mantém equipes em movimento constante, mas impede que elas cruzem a linha de chegada com consistência.
Organizações com baixa tolerância a erro e alta ansiedade por reputação tendem a alongar ciclos de entrega e aumentar o retrabalho. Quando o medo de falhar domina o ambiente, a empresa troca evolução por proteção. E a proteção vem na forma de adiamento.
Onde esse padrão começa
A síndrome do “quase pronto” nasce em dois lugares. O primeiro é o perfeccionismo cultural. Em empresas que só celebram o impecável, qualquer coisa “boa o suficiente” é tratada como risco de vergonha. O segundo é a insegurança coletiva. Quando o time não tem clareza sobre critérios ou sente que será cobrado de forma desigual, prefere revisar demais para tentar blindar o futuro.
Esse comportamento gera uma sensação permanente de pendência. A equipe vive em estado de alerta, porque nada é oficialmente concluído. O resultado é exaustão emocional, perda de foco e a sensação de que sempre falta tempo, mesmo quando há planejamento.
O custo invisível do “só mais um ajuste”
A cada “só mais um ajuste”, a empresa paga um preço que não aparece no relatório. Primeiro, paga em energia cognitiva: pessoas precisam retomar contexto e reabrir decisões que já estavam maduras. Segundo, paga em oportunidade: enquanto o time refina indefinidamente, o mercado avança. Terceiro, paga em clima: a equipe perde senso de progresso. Sem marcos claros de conclusão, a motivação dissolve.
O cérebro precisa de fechamentos para sustentar engajamento. Quando o ciclo não se encerra, a mente entra em modo defensivo e passa a economizar envolvimento. Não é preguiça. É autoproteção.
Quando o perfeccionismo vira medo social
Nem todo cuidado é perfeccionismo tóxico. O problema é quando a busca por qualidade é movida por medo, não por estratégia. Seu time está refinando porque quer entregar melhor ou porque tem medo do que vão dizer? Essa pergunta costuma revelar o motor real.
Em culturas ansiosas, o “quase pronto” vira política emocional. Ninguém quer ser o autor do erro visível, então o trabalho é empurrado para mais revisões, mais aprovações, mais camadas. O risco é que o erro invisível cresce: a empresa perde ritmo sem perceber.
A liderança que quebra o ciclo
Líderes são decisivos para interromper essa síndrome. Isso começa com critérios claros de qualidade. Quando o time sabe o que é esperado, para de adivinhar e revisa com mais objetividade. Também exige separar qualidade de perfeição. Qualidade atende o objetivo com consistência. Perfeição busca eliminar qualquer possibilidade de crítica, o que é impossível.
Outra prática útil é criar marcos rígidos de finalização. Não como pressão vazia, mas como disciplina emocional. Encerrar ciclos dá ao time um senso de vitória que sustenta o próximo desafio. Uma empresa que não fecha entregas não acumula progresso. Acumula ansiedade.
Concluir é uma competência emocional
A síndrome do “quase pronto” não é só uma falha de gestão. É um sinal de que a organização está lidando mal com medo, cobrança e reputação. Quando empresas aprendem a concluir com coragem e critério, ganham leveza estratégica. Elas entregam, aprendem, ajustam e seguem.
No fim, prosperam mais rápido não as empresas que eliminam totalmente o risco, mas as que sabem conviver com ele. Concluir um projeto não é dizer “está perfeito”. É dizer “está pronto para o mundo e para o aprendizado”. Essa maturidade emocional é uma das bases mais subestimadas do crescimento sustentável.
Notícias Técnicas
Foram publicadas, no Portal Nacional da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica , novas versões de Nota Técnica com alterações importantes no leiaute da NFS-e
Falta pouco para o início da transição da Reforma Tributária, que começa em 1º de janeiro de 2026, e traz a obrigatoriedade do preenchimento dos novos campos relativos ao IBS e CBS para a emissão das notas fiscais
O Banco Central do Brasil (BCB) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicaram resolução conjunta que regula a nomenclatura e a forma de apresentação ao público das instituições autorizadas a funcionar pelo BCB.
Mudanças no IR, antecipação de balanços e ajustes para a reforma tributária tornam o fim de ano um dos períodos mais desafiadores para o setor contábil
O Comsefaz divulgou, nesta sexta-feira (28), um alerta dirigido ao Congresso Nacional ressaltando que a não aprovação do PLP nº 108/2024 ainda em 2025 representaria um sério obstáculo ao calendário
A Receita Federal reafirmou que as empresas tributadas com base no lucro real não podem somar os limites de dedução previstos para projetos culturais e esportivos ao apurar o IRPJ.
Como a tecnologia transforma a rotina contábil, reduzindo erros e focando em análise estratégica
Entenda as mudanças na tributação para entidades sem fins lucrativos e como se preparar
Confederação Nacional de Serviços (CNS) pede que STF considere inconstitucionais 4 teses firmadas pelo TST nos Temas 55, 125, 134 e 163
Notícias Empresariais
Prosperam mais rápido não as empresas que eliminam totalmente o risco, mas as que sabem conviver com ele
Especialista afirma que o fim do ano deve ser usado para definir metas, mapear processos e planejar automação com IA; pesquisas mostram tecnologia entre as prioridades estratégicas das empresas para 2025 e 2026
Liderança madura não é a que agrada sempre. É a que decide com coragem quando o caminho exige
Organizações lideradas por estudantes movimentaram R$ 88 milhões e ampliam o acesso de jovens à prática empreendedora com clientes reais
Estimativa do PIB ficou estável para 2025, 2026 e 2028
Práticas intencionais ajudam a elevar engajamento, reforçar cultura organizacional e melhorar resultados nas empresas
Entenda como o nível de estruturação, governança e performance impacta a sustentabilidade e o potencial de expansão dos negócios
Diversificação bem feita, perfil definido e horizonte longo: os ingredientes para o seu sucesso financeiro
Pesquisa observa três pontos de transição no ciclo trabalhista e vê maior ineficiência da economia brasileira na mudança entre empregos
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias enviado em agosto ao congresso levava em conta valor estimado de R$ 1.631
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade
