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Notícia
O que é economia da recorrência e por que startups apostam em clubes de assinatura
Modelos de receita previsível garantem estabilidade financeira, atraem investidores e transformam startups em negócios escaláveis
01/01/1970 00:00:00
O modelo de negócios baseado em receita recorrente deixou de ser tendência e se tornou um pilar de sustentabilidade no ecossistema de startups. Em um ambiente de alta competitividade e margens apertadas, a previsibilidade de receita — via assinaturas e planos contínuos — é o que dá fôlego para crescer, escalar e atrair investimento.
Mais do que um formato comercial, a chamada “economia da recorrência” representa uma mudança de mentalidade: em vez de depender de vendas pontuais, as empresas passam a focar em relacionamentos de longo prazo com clientes, garantindo fluxo de caixa constante e fidelização.
Faturamento estável, risco reduzido
Para Lucas Mantovani, sócio e cofundador da SAFIE Consultoria, a lógica da recorrência responde a uma necessidade central do mercado de inovação: a busca por estabilidade em meio à incerteza.
“A economia da recorrência é a resposta natural das startups à demanda do mercado de venture capital, que espera ver a taxa de crescimento da receita crescendo continuamente nas projeções. É isso que as torna ativos financeiros interessantes para investidores e para os próprios sócios fundadores”, explica Mantovani.
No entanto, ele alerta que o crescimento sustentado depende de controle fiscal e jurídico rigoroso.
“Startups que apostam nesse modelo precisam garantir segurança jurídica para que os resultados financeiros não sejam sobrepostos por riscos legais, o que poderia afastar investidores e comprometer a credibilidade do negócio”, completa.
Escalabilidade e o ‘brilho nos olhos’ do investidor
A advogada e especialista em tecnologia Priscila Ferreira, fundadora da Infer Assessoria, destaca que a economia da recorrência é essencial para que startups consigam escalar de forma sustentável e atrair capital.
“A economia recorrente é quando você tem aquele faturamento estabilizado ou um crescimento exponencial dele. As startups, por serem disruptivas, precisam dessa previsibilidade para escalar e chegar ao seu ‘unicórnio desejado’”, explica.
Ela lembra que esse modelo complementa o conceito de “startup enxuta”, no qual times pequenos e multifuncionais se apoiam em tecnologia e automação para gerar alto volume de receita recorrente com custos operacionais reduzidos.
“É o faturamento que brilha os olhos do investidor — porque ele mostra que a empresa tem base sólida, público fiel e margem para crescer”, afirma.
Clubes de assinatura: o motor da previsibilidade
O modelo de clubes de assinatura é um dos formatos mais populares da economia da recorrência. Ele garante que, a cada mês, a empresa tenha um volume fixo de receita e um relacionamento direto com o cliente.
Ferreira explica que esse tipo de solução é especialmente útil para startups em estágio inicial, que ainda buscam tração e estabilidade operacional.
“O clube de assinatura ajuda muito no volume. Ele torna o negócio mais atrativo para investidores, especialmente para quem busca cap table sólido ou uma rodada de seed. É uma estratégia que dá previsibilidade e facilita o crescimento”, afirma.
Mas, junto com as oportunidades, vêm também os desafios. A advogada lembra que a recorrência implica obrigações legais contínuas, especialmente em relação à LGPD e ao Código de Defesa do Consumidor.
“Esse compliance precisa estar muito bem mapeado para evitar riscos jurídicos e garantir que o faturamento não se torne instável por falhas contratuais ou de dados”, alerta.
A nova métrica do sucesso
Para investidores, o valor de uma startup deixou de estar apenas no número de clientes e passou a se concentrar na taxa de retenção — quanto tempo o usuário permanece ativo e quanto consome ao longo do tempo.
Modelos baseados em recorrência criam previsibilidade para o empreendedor e reduzem o custo de aquisição de clientes, já que a receita vem de relações duradouras.
“A recorrência é uma métrica de maturidade do negócio. Ela mostra que a empresa entendeu seu público e encontrou uma forma sustentável de crescer”, resume Mantovani.
Um ciclo virtuoso
Na prática, a economia da recorrência cria um ciclo virtuoso: previsibilidade atrai investimento, investimento gera expansão e expansão reforça a base de clientes — que, por sua vez, retroalimenta a estabilidade financeira.
É a base sobre a qual se constroem os novos modelos de negócio no ecossistema digital: menos aposta, mais constância; menos hype, mais relacionamento.
“O futuro das startups está em transformar o fluxo contínuo de receita em crescimento contínuo de valor”, conclui Ferreira.
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