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Notícia
Cinco sinais de que você está pagando mais impostos do que deveria
Advogado tributarista, Adriano Murta aponta erros comuns que fazem empresas e profissionais pagarem mais impostos do que o necessário e explica como corrigi-los de forma legal e segura
01/01/1970 00:00:00
O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo, e muitos contribuintes acabam pagando mais impostos do que deveriam. Uma pesquisa da empresa de auditoria digital e-Auditoria, divulgada em abril de 2025, revela que mais de 52 mil empresas brasileiras pagaram cerca de R$5,5 bilhões a mais em tributos desde 2018. O levantamento mostra que, em média, cada empresa desembolsou mais de R$ 100 mil em pagamentos indevidos, reflexo direto da complexidade das normas fiscais e constantes mudanças em normas federais e estaduais.
Adriano Murta, advogado especialista em direito tributário, explica como usar a lei a seu favor e diminuir a carga tributária em seus empreendimentos. “Basta entender e aplicar corretamente a lei, aproveitando benefícios e evitando erros de cálculo e enquadramento. Existem algumas medidas que podem gerar economia real, tanto para empresas quanto para profissionais liberais e pessoas físicas”.
Diante desse cenário, Murta lista cinco sinais de que você pode estar pagando mais impostos do que deveria, oferecendo dicas sobre o que fazer em cada caso para regularizar a situação e manter a saúde financeira do seu negócio.
Revise o regime tributário da sua empresa todos os anos
Muitos empreendedores mantêm o mesmo enquadramento fiscal desde a abertura da empresa, sem avaliar se ele continua vantajoso. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), 95% das empresas brasileiras pagam tributos indevidos, justamente por manterem regimes desatualizados. “Com o crescimento do faturamento ou mudança no perfil de despesas, o regime tributário antigo pode deixar de ser o mais adequado. Uma revisão anual evita pagamentos desnecessários”, explica Murta.
Aproveite corretamente os créditos tributários
Setores industriais, de serviços e do agronegócio, entre outros, têm direito a créditos de PIS, Cofins, ICMS e IPI — que podem ser abatidos dos tributos devidos. “Deixar de usar esses créditos é o mesmo que desperdiçar dinheiro. A recuperação e compensação tributária podem representar economias expressivas”, destaca o advogado.
Nos últimos anos, o tema ganhou ainda mais relevância diante da atenção da Receita Federal sobre o uso correto desses créditos. O órgão intensificou a fiscalização sobre pedidos de ressarcimento indevidos, com destaque para a “Operação Inflamável”, voltada ao combate de créditos irregulares de PIS e Cofins no setor de combustíveis, que apura mais de R$ 1,7 bilhão em solicitações sob suspeita. “A ação do governo demonstra a importância de realizar esse processo de forma técnica e segura, garantindo economia sem risco de autuações”, diz o especialista.
Analise se todas as suas receitas realmente devem ser tributadas
Nem toda entrada de dinheiro é faturamento. Reembolsos, indenizações e subvenções, por exemplo, podem estar fora da base de cálculo de determinados tributos. “Um olhar técnico sobre o fluxo financeiro ajuda a identificar cobranças indevidas e a ajustar a contabilidade de forma segura”, orienta Murta.
Esse cuidado é especialmente importante em um cenário de maior fiscalização digital. Com o avanço da Receita Federal na automação de cruzamentos de dados, entradas e saídas financeiras estão sendo acompanhadas com mais rigor, exigindo das empresas um controle contábil ainda mais preciso para evitar autuações.
Atualize seus parâmetros fiscais e acompanhe mudanças na legislação
A legislação tributária muda com frequência, e deixar de acompanhar essas alterações pode levar ao pagamento indevido de impostos. “Empresas e autônomos que mantêm práticas antigas acabam ficando para trás. Uma atualização constante garante segurança jurídica e economia”, observa o especialista.
Essas mudanças têm sido cada vez mais intensas com o avanço da reforma tributária. O Senado analisa atualmente a segunda etapa da regulamentação, que trata da unificação de ICMS e ISS no novo IBS e da implementação da CBS federal. Desde julho, o portal da Reforma Tributária do Consumo, criado pelo Serpro e Receita Federal, permite simular o novo modelo antes da vigência plena. Essas transformações reforçam a necessidade de acompanhamento constante para evitar erros e aproveitar benefícios.
Faça uma auditoria tributária preventiva
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) aponta que o Brasil lidera o ranking de pior retorno dos tributos à população entre os países com maior carga tributária, o que reforça a importância de cada empresa buscar eficiência no pagamento de impostos e evitar desperdícios. A auditoria preventiva se torna, portanto, um instrumento de gestão e competitividade.
“Uma auditoria detalhada pode revelar impostos pagos a mais nos últimos cinco anos, permitindo a restituição ou compensação dos valores. Além de corrigir distorções, a auditoria preventiva protege a empresa contra autuações futuras. É uma forma inteligente de cuidar das finanças”, comenta o especialista.
Comparado a outros países, a diferença na simplicidade e estabilidade das regras fiscais se torna ainda mais evidente. “Quando olhamos para fora, especialmente para países como os Estados Unidos, percebemos o quanto o sistema tributário brasileiro ainda precisa evoluir. Lá, as regras são mais simples, estáveis e objetivas, o que facilita o cumprimento das obrigações fiscais e estimula o empreendedor a investir e crescer. No Brasil, a complexidade é tamanha que o contribuinte precisa de um verdadeiro planejamento estratégico apenas para pagar o que é justo”, concluiu o advogado.
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