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Notícia
Governo dos EUA anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros; entenda como a mudança afeta o Brasil
Nova taxação de 50% imposta por Trump afeta setores como petróleo, aço, ferro e aeronaves e pode desacelerar economia brasileira
01/01/1970 00:00:00
A partir de 1º de agosto, entra em vigor a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, com impacto direto sobre setores estratégicos como petróleo, ferro, aço e aeronaves. A medida, determinada unilateralmente pelo governo norte-americano, poderá afetar bilhões de dólares em exportações e comprometer a competitividade de empresas nacionais no mercado externo.
Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 40,4 bilhões para os EUA, o que representa 12% de tudo que o país vendeu ao exterior. A imposição tarifária amplia o custo dos produtos brasileiros no território norte-americano e pode causar efeitos negativos em série na balança comercial, no emprego industrial e na inflação.
Setores mais impactados pela tarifa dos EUA
A nova tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros afetará fortemente setores que lideram as exportações do Brasil para o país. Segundo levantamento com base em dados do ComexVis do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), os setores mais atingidos são:
- Petróleo e derivados: US$ 7,5 bilhões exportados (18,3% do total vendido aos EUA);
- Ferro e aço: US$ 5,3 bilhões (13,2%);
- Aeronaves e equipamentos: US$ 2,7 bilhões (6,7%).
Esses três segmentos, juntos, respondem por cerca de 38% de tudo que o Brasil exporta para os EUA, o que demonstra o potencial bilionário de prejuízo com a aplicação da nova tarifa.
Medida entra em vigor de forma ampla e automática
A decisão do governo norte-americano será aplicada de forma automática, sem distinção entre setores ou tipos de mercadorias. Ou seja, todos os produtos de origem brasileira que entrarem nos EUA estarão sujeitos ao novo acréscimo de 50% sobre o valor de entrada, além das tarifas já existentes.
A taxação é justificada com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, que permite ao Executivo norte-americano adotar sanções contra países considerados “injustos” nas práticas comerciais. Simultaneamente, foi aberta uma investigação formal contra o Brasil por supostas distorções no comércio bilateral.
Especialistas alertam para risco de desaceleração econômica
Economistas ouvidos pelo portal Poder360 alertam para os riscos sistêmicos da medida. O professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ecio Costa, afirma que a reação brasileira deve ser diplomática e coordenada:
“É o momento de chamar o governo americano para discutir. Se nada for feito, a economia brasileira pode desacelerar fortemente. Isso tem efeito contagioso.”
O especialista também aponta consequências cambiais. Com a tarifa, espera-se um aumento da cotação do dólar, o que eleva os preços das importações e pressiona a inflação. “O custo acaba repassado ao consumidor”, explica.
Outro ponto levantado por Ecio Costa é o perfil das exportações brasileiras aos EUA. Ao contrário de outros parceiros comerciais, os Estados Unidos importam principalmente produtos industrializados, com maior valor agregado e impacto direto na geração de empregos qualificados.
Impacto político pode dificultar reversão da tarifa
O economista Jason Vieira, da Lev Asset Management (LAM), avalia que o cenário é agravado por motivações políticas. A imposição da tarifa teria sido influenciada pela posição do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro nas eleições passadas, algo que ultrapassa os limites do comércio internacional:
“Existe um componente político muito pesado nessa história. Isso pode tornar a situação mais duradoura do que em casos com outros países.”
O risco, segundo Vieira, é de que a nova tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros se torne uma barreira permanente, caso não haja mobilização diplomática e articulação com organismos internacionais.
Dados desmentem argumento de déficit dos EUA com o Brasil
Na justificativa para a medida, Donald Trump alegou que os Estados Unidos mantêm uma relação comercial deficitária com o Brasil, o que teria motivado a retaliação. No entanto, dados do próprio governo brasileiro mostram o contrário: os EUA são superavitários na relação bilateral.
Segundo Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating:
“Desde 2009, o Brasil é deficitário na balança com os EUA. É o contrário do que Trump afirmou. O país importa mais dos EUA do que exporta para lá.”
Esse dado reforça o entendimento de que a tarifa tem caráter mais protecionista e político, sem embasamento técnico ou econômico claro, o que fere princípios do livre comércio defendidos por organismos como a OMC.
Contadores e empresas devem revisar planos de exportação
A imposição da tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros exige atenção redobrada de empresas exportadoras e seus consultores contábeis. A elevação nos custos pode inviabilizar contratos, reduzir margens de lucro e exigir revisões estratégicas em planos de exportação para o mercado norte-americano.
Empresas que atuam com produtos impactados, como petróleo, metalurgia, aviação e manufatura, devem considerar:
- Diversificação de mercados-alvo;
- Reavaliação de preços e contratos internacionais;
- Atualização de análises de risco cambial e fiscal;
- Planejamento tributário com foco em compensações ou regimes especiais.
Profissionais da contabilidade têm papel essencial nesse cenário, orientando os clientes sobre impactos financeiros, alternativas de mercado e adequação às novas exigências comerciais internacionais.
Tarifa dos EUA ameaça exportações e setor industrial brasileiro
A entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos marca um momento crítico nas relações comerciais entre os dois países. Além de atingir setores estratégicos da indústria nacional, como petróleo, siderurgia e aviação, a medida poderá comprometer o equilíbrio da balança comercial, pressionar o câmbio e impactar a geração de empregos.
O cenário exige resposta diplomática imediata, articulação internacional e revisão estratégica das exportações brasileiras. Para empresários, contadores e profissionais do comércio exterior, é hora de reforçar o planejamento e adotar medidas preventivas.
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