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Notícia
Ghostworking em Alta: Profissionais Procuram Emprego Durante o Expediente
Funcionários admitem fingir produtividade enquanto usam os computadores da empresa para atualizar currículos e se candidatar a novas vagas
01/01/1970 00:00:00
Enquanto gestores pressionam por produtividade e presença no escritório, 92% dos profissionais estão procurando emprego durante o expediente, segundo uma nova pesquisa da Resume Now, plataforma online que oferece ferramentas para criação de currículos, que entrevistou mais de mil colaboradores nos EUA.
Essa tendência, conhecida como “ghostworking”, mostra até onde os profissionais vão para manter suas opções abertas em um mercado de trabalho incerto. O relatório Work Change 2025 do LinkedIn reforça essa realidade: quase três em cada cinco profissionais no mundo planejam buscar um novo emprego este ano — muitos deles, durante o horário de trabalho.
Com a confiança sendo colocada à prova dos dois lados, o ghostworking vai além de uma tendência passageira: é um alerta para os empregadores e uma tática de sobrevivência para milhões de profissionais.
Profissionais fingem produtividade e procuram novo emprego
De acordo com o Relatório de Inovação no Trabalho de 2024 da Asana, plataforma de gerenciamento de trabalho e produtividade, 65% dos profissionais admitem realizar tarefas apenas para parecer ocupados. Aqueles que adotam esse comportamento — chamado de “teatro da produtividade” — têm 13% mais chance de ter um burnout.
O que está por trás do ghostworking?
1. Falta de propósito e engajamento
O principal fator parece ser uma crise de trabalho com propósito. Quando os profissionais não têm expectativas claras, tarefas com significado ou envolvimento genuíno com seu papel, é natural que comecem a procurar alternativas. “Nossas pesquisas mostram que, quando os funcionários não conseguem ver como seu trabalho se conecta com os objetivos da empresa, seus esforços perdem o sentido”, explica Rebecca Hinds, diretora do Work Innovation Lab da Asana. A pressão para parecer ocupado gera um ciclo tóxico, em que os funcionários se sentem obrigados a demonstrar produtividade — em vez de entregar resultados reais.
2. Incerteza econômica e insegurança no emprego
Com demissões dominando as manchetes em diversos setores e a segurança no emprego se tornando cada vez mais incerta, muitos profissionais estão se prevenindo. A mentalidade mudou: sai a construção de carreira baseada na lealdade e entra a autopreservação. Hoje, as pessoas não esperam uma demissão para começar a explorar novas possibilidades; elas se antecipam e se posicionam para o que vier.
3. Fronteiras borradas entre trabalho e vida pessoal
Modelos híbridos e remotos apagaram os limites tradicionais entre o tempo pessoal e o profissional. Essa ambiguidade abriu espaço para o ghostworking, que seria mais difícil de acontecer em ambientes corporativos presenciais tradicionais.
4. Fatores psicológicos
Muitos profissionais relatam sentimentos de desvalorização, baixos salários ou estagnação em cargos que não se alinham com seus objetivos. O ghostworking se torna, então, uma válvula de escape para a frustração — e um passo concreto rumo à mudança. É uma forma de retomar o controle em situações onde o profissional se sente impotente.
Principais táticas de ghostworking
A pesquisa da Resume Now revelou uma série de estratégias que vão muito além de uma olhadinha nas vagas no LinkedIn durante o horário de almoço.
Busca por emprego
24% dos profissionais editam currículos no horário de trabalho, utilizando computadores da empresa pela agilidade e pelos softwares disponíveis;
23% se candidatam a vagas usando os computadores corporativos;
20% atendem ligações de recrutadores diretamente do escritório;
19% saem escondidos para entrevistas de emprego, utilizando atestados médicos ou folgas pessoais.
Teatro da produtividade
Além da busca ativa, os profissionais desenvolveram estratégias elaboradas para parecerem ocupados no escritório:
23% andam com cadernos pela empresa para dar a impressão de estarem focados em alguma tarefa;
22% digitam aleatoriamente para parecer que estão trabalhando;
15% seguram o telefone no ouvido sem estar em ligação alguma;
15% mantêm planilhas abertas enquanto navegam em conteúdos não relacionados ao trabalho;
12% marcam reuniões falsas para evitar tarefas reais.
Os custos do ghostworking para as empresas
Embora o crescimento do ghostworking represente desafios para os empregadores, ele também revela questões importantes que as empresas precisam encarar de frente.
1. Recursos desperdiçados
A consequência mais imediata é o desperdício de recursos humanos. Quando a maioria dos colaboradores procura emprego durante o expediente, as empresas estão pagando para que seus funcionários planejem suas saídas. Isso evidencia uma má alocação de recursos da folha de pagamento e revela que as estratégias de engajamento estão falhando.
2. Confiança desgastada
O ghostworking cria uma dinâmica prejudicial em que gestores se sentem obrigados a vigiar e os funcionários tentam esconder a verdade. Esse ciclo de desconfiança corrói as relações de colaboração que são essenciais para equipes de alto desempenho. Quando os profissionais gastam sua energia mental tentando parecer produtivos — em vez de realmente serem — todos saem perdendo.
3. Treinamento da concorrência
Empresas que investem em desenvolvimento de carreira, capacitação e crescimento interno acabam, involuntariamente, financiando os esforços de recrutamento de seus concorrentes. O retorno sobre o investimento em capital humano despenca quando os funcionários estão ativamente buscando oportunidades fora da organização.
Como as empresas devem lidar
A chave para lidar com o ghostworking começa ao entender por que os funcionários se desligam emocionalmente do trabalho em primeiro lugar.
Use o ghostworking como ferramenta de diagnóstico
Empresas com visão de futuro podem usar os dados sobre o ghostworking para identificar problemas organizacionais mais profundos:
Expectativas de função pouco claras;
Oportunidades insuficientes de desenvolvimento de carreira;
Práticas de gestão inadequadas;
Estruturas de remuneração desalinhadas;
Falta de trabalho com propósito.
Soluções que vão além da vigilância
Embora o monitoramento possa reduzir os comportamentos associados ao ghostworking em um primeiro momento, ele não resolve as causas estruturais do desengajamento dos colaboradores.
Foco em resultados, não em horas: Empresas devem criar ambientes de trabalho orientados por resultados, com ênfase em entregas em vez de tempo dedicado. Isso exige a definição de métricas claras de desempenho, tarefas com significado e a garantia de que os funcionários compreendam como suas contribuições se conectam aos objetivos maiores da organização.
Investimento em desenvolvimento de carreira: Funcionários que enxergam caminhos de crescimento dentro da empresa têm menos chances de procurar oportunidades externas. Conversas regulares sobre carreira, programas de capacitação e mobilidade interna podem redirecionar a energia hoje usada para procurar emprego para o desenvolvimento profissional dentro da organização.
Tratar questões salariais de forma direta: Se os funcionários estão praticando ghostworking por sentirem que são mal remunerados ou desvalorizados, o caminho mais eficaz é encarar esse problema de frente. Pacotes de remuneração compatíveis com o mercado e programas de reconhecimento podem reduzir significativamente a rotatividade.
Por que o ghostworking deve se intensificar
A tendência do ghostworking não dá sinais de desaceleração. Pelo contrário, diversos fatores indicam que ela deve se intensificar.
Normalização do trabalho remoto: O avanço dos modelos remoto e híbrido facilitou a prática do ghostworking e dificultou sua detecção. À medida que nativos digitais entram no mercado, o domínio do multitasking digital tende a tornar o fenômeno ainda mais sofisticado.
Incerteza profissional permanente: A volatilidade econômica e as rápidas transformações nos setores vêm criando um estado permanente de insegurança na carreira. Profissionais que já enfrentaram demissões em massa aprenderam que lealdade à empresa não garante estabilidade. O vínculo empregatício, antes baseado em compromissos de longo prazo, agora se tornou mais transacional — com ambas as partes mantendo planos de saída.
Mudança cultural: A economia de “bicos” (também conhecida como gig economy) e a cultura e o mercado freelancer contribuíram para normalizar a ideia de múltiplas fontes de renda e diversificação da trajetória profissional. Para muitos, manter uma busca ativa por emprego deixou de ser sinal de insatisfação e passou a funcionar como um “seguro de carreira”.
Avanço tecnológico: A tecnologia continuará facilitando práticas mais sofisticadas de ghostworking. Plataformas de recrutamento com inteligência artificial, sistemas automatizados de candidatura e entrevistas virtuais tornam a busca por emprego mais rápida, eficiente e discreta. Isso permite que os funcionários explorem novas oportunidades sem interromper drasticamente suas funções atuais.
Ghostworking e o futuro do trabalho
Essa tendência reflete mudanças mais amplas na forma como encaramos as relações de trabalho. O modelo tradicional de lealdade entre funcionário e empresa está sendo substituído por uma dinâmica mais transacional, na qual os profissionais priorizam seu próprio crescimento e bem-estar.
Nessa nova realidade, os funcionários se sentem autorizados a buscar oportunidades sempre que elas surgem. Em vez de resistir a essa mudança, as organizações inteligentes vão se adaptar, criando ambientes em que as pessoas genuinamente queiram contribuir — não por obrigação, mas porque escolhem se engajar, em vez de apenas cumprir tarefas mecanicamente.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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