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PlatôBR: 5 pontos para entender os riscos e oportunidades para o Brasil com a guerra comercial
Da ameaça de inundação de produtos chineses à abertura de novos mercados, o Brasil pode ganhar com a chacoalhada mundial desencadeada pela guerra comercial que opõe seus dois maiores parceiros comercias, mas também há ameaças. Governo evita confronto direto e tenta compensar os possíveis prejuízos com abertura de novas frentes de negócio
01/01/1970 00:00:00
Donald Trump ainda não completou 100 dias de governo nesta sua segunda passagem pela Casa Branca, mas os 87 até aqui já foram suficientes para deixar o mundo de ponta-cabeça. Nos quatro cantos, lideranças políticas e econômicas tentam mapear estragos e oportunidades ao mesmo tempo que projetam possíveis prejuízos e ganhos. No Brasil, o ritmo da diplomacia gera ansiedade em parte do setor produtivo e agrada a outra. À frente das negociações com o governo americano, a equipe formada por técnicos dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e das Relações Exteriores redesenham o mapa comercial para país nos próximos anos, diante, especialmente, do enfrentamento entre os dois maiores parceiros de negócios do Brasil – a China, em primeiro lugar, e os Estados Unidos, em segundo. Em cinco pontos, explicamos onde está o foco de atenção do governo.
Aviação
Uma das armas usadas pela China na guerra comercial com os Estados Unidos atinge diretamente uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, a americana Boeing. Com operações em diversos países, a empresa se destaca desde a fabricação de aeronaves de passageiros à inovação tecnológica para exploração espacial. Como parte da disputa com os americanos, a China determinou a suspensão da compra de peças, equipamentos e aeronaves dos Estados Unidos. Esse é um segmento que, na avaliação de técnicos do governo, o Brasil pode sair ganhando com a ampliação das relações da Embraer com Pequim. De forma sutil, o governo chinês indicou esse caminho ao enfatizar que o Brasil é um país “importante na aviação” e que vê com bons olhos a aproximação das empresas do setor. Em 2023, ao visitar a China, Lula levou consigo o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, e inclui na agenda dos encontros bilaterais a possibilidade de fechar negócios. Agora, o cenário é ainda mais favorável – e às vésperas de o presidente voltar à China (há viagem programada para maio). Segundo técnicos do governo, essa é uma área que é parte das negociações entre os dois países.
Aço e alumínio
A indústria de aço e alumínio foi a primeira a entrar na mira da fúria tarifária de Donald Trump. A taxação de 25% sobre todas as vendas do mundo para os Estados Unidos não entrou na trégua de 90 dias anunciada na semana passada e que nivelou a sobretaxa cobrada de todos os países em 10%, à exceção da China. “Se a taxa fosse de 10% eu estava pagando feliz”, diz um alto executivo do setor. Os empresários dessa indústria já estiveram com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e com o vice-presidente da República e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), além do Itamaraty. As conversas seguem com a área técnica do governo, mas o setor produtivo não está satisfeito. A maior reclamação, na verdade, é anterior à guerra tarifária de Trump. Desde o segundo semestre de 2024, eles pedem retaliações aos produtos chineses que, afirmam, estão inundando o mercado brasileiro com preços difíceis de competir. Após as medidas do governante americano, os empresários acham que sofrerão ainda mais se a China redirecionar a sua produção de aço para o Brasil, já que Pequim está com acesso mercado dos Estados Unidos inviabilizado pelo tarifaço. Para executivos do setor, falta agilidade no governo para encontrar uma solução. No entanto, a equipe econômica sabe que retaliar o maior parceiro comercial brasileiro por causa da inundação do aço chinês pode gerar perdas mais fortes em outras áreas.
Terras raras
Dono da terceira maior reserva natural do planeta, o Brasil vende apenas o “concentrado” dos minerais que recebem essa denominação pelas características específicas e diferenciadas que possuem. Eles são muito importantes para várias indústrias, como a siderúrgica, a eletroeletrônica e a automotiva, mas precisam ser processados até chegar aos elementos finais utilizados na produção. Usados em pequenas quantidades, esses minerais ajudam a melhorar propriedades de outros elementos químicos, como magnetismo e resistência. A China, dona da maior reserva mundial (40%), é um dos poucos lugares que processam esse concentrado e responde por 95% da produção mundial de terras raras. Recentemente, Pequim anunciou que vai decidir para quais países o material poderá ser vendido. “Essa decisão é um golpe para a indústria de ponta americana”, diz um técnico do governo brasileiro. A equipe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio começou a mapear o interesse do setor privado brasileiro em agregar valor ao concentrado produzido aqui. Para empresários do ramo, esse segmento pode entrar nas negociações com os Estados Unidos que, segundo eles, poderiam investir em indústrias de processamento dos concentrados minerais no Brasil para não depender mais dos insumos da China.
Setor automotivo
As tarifas sobre importações impostas pelos Estados Unidos, somadas ao padrão europeu para emissão de carbono, estão colocando a indústria automobilística americana em risco, declarou nesta semana o presidente do conselho de diretores da fabricante Stellantis, John Elkann. O setor é um dos pilares da economia pela quantidade de trabalhadores que emprega. No Brasil, as vendas de veículos novos cresceram 15% em 2024, segundo números da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foi o maior aumento desde 2007 e superou a alta registrada nos 10 principais mercados de carros do mundo: Canadá (+10,5%), México (+9,4%), China (+3,8%), Índia (+3,4%), Estados Unidos (+2,8%), Reino Unido (+2,5%), Alemanha (-0,4%), França (-3%), Japão (-7,2%). No final do ano passado, a Anfavea previa para 2025 um crescimento de apenas 5,8% em função da alta dos juros. No entanto, o furacão Trump trouxe mais incertezas para o setor, que cresceu no primeiro trimestre do ano, mas sentiu impacto da crise internacional com queda nas exportações já no mês de marco. O medo agora é que isso deixe de ser algo pontual para se confirmar como uma tendência do ano, à medida que a guerra comercial se acentua. Como o México está com capacidade ociosa em função do tarifaço americano, o risco é que ele passe a abastecer o Mercosul, com quem tem acordo comercial.
Agro
A guerra comercial desencadeada pelo tarifaço de Donald Trump deve abrir mercado para produtores agrícolas da América do Sul, em especial do Brasil, que concorrem com os americanos em diversos mercados. Respondendo à política protecionista dos Estados Unidos, a China retaliou em produtos como carne bovina, soja, trigo, milho e sorgo, que perderam o acesso ao mercado chinês. O espaço, agora, pode ser ocupado pelo Brasil. Nesta semana, integrantes do governo de Xi Jinping estão em Brasília em conversas com o Ministério da Agricultura. O encontro que já estava agendado em função da cúpula do Brics que ocorrerá em julho, é uma oportunidade para o agro brasileiro. Também está prevista para os próximos dias uma reunião entre os dois países para tratar da abertura do mercado chinês para pescadores brasileiros. Esse segmento reclama depois que o governo zerou a alíquota para a importação de sardinha, numa tentativa de ajudar no controle da inflação. Geraldo Alckmin destacou que “o Brasil tem que estar atento a oportunidades porque neste momento tem muitas, especialmente, no agro”.
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