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Notícia
China promete lutar 'até o fim' após nova ameaça de tarifas de Trump
Trump ameaçou taxar a China novamente caso o país não retire suas retaliações
01/01/1970 00:00:00
Horas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar a China com uma tarifa extra de 50%, o país asiático prometeu "lutar até o fim" e declarou que "nunca aceitará a natureza de chantagem dos EUA".
As declarações foram feitas pelo Ministério do Comércio chinês na manhã de terça-feira (8/4) na China.
Na segunda-feira (7/4), Trump havia ameaçado impor tarifas adicionais de 50% sobre Pequim, caso os chineses não retirassem suas taxas retaliatórias de 34% sobre os EUA até esta terça.
Os chineses anunciaram a retaliação dias após o presidente americano anunciar uma série de tarifas para vários parceiros internacionais.
Apesar do discurso duro contra Trump nesta terça, o governo chinês pediu que todos os planos de tarifas fossem cancelados e que as diferenças entre EUA e China fossem resolvidas por meio do diálogo.
As novas tarifas podem levar algumas empresas americanas que importam certos produtos da China a enfrentarem uma taxação de até 104%.
A maioria dos mercados asiáticos abriu em alta nesta terça-feira, embora Taiwan tenha registrado uma nova queda de 4%.
Na segunda-feira, as ameaças de Trump fizeram os mercados de ações espalhados pela Europa e pela Ásia despencarem,
Nesta segunda-feira, os três principais mercados dos EUA fecharam em queda, após um dia tumultuado de negociação:
O Dow Jones fechou em queda de 0,91%. Em seu terceiro dia consecutivo de perdas, o S&P 500 caiu 0,23%, e o Nasdaq de alta tecnologia fechou em território positivo, com alta de 0,10%.
No Brasil, o Ibovespa, principal índice de desempenho das ações, abriu o mercado em queda de 1,7%, encerrando o dia com queda de 1,38% (resultado preliminar), enquanto o dólar fechou em alta, sendo vendido a R$ 5,91.
Ao longo do dia, além das ameaças à China, Trump disse que está em negociação com outros países sobre as tarifas.
Os países que "realmente tiraram vantagem de nós, agora estão dizendo por favor negociem", disse o presidente aos repórteres, sem mencionar quais seriam esses países.
O presidente americano também afirmou que não está considerando uma pausa em novas tarifas para permitir as negociações.
Imposto pode ultrapassar 100%
Se, de fato, Trump dobrar a aposta e aumentar as tarifas contra a China, muitas empresas dos EUA que trazem produtos chineses enfrentarão um imposto de pelo menos 104% - quase dobrando seu custo em questão de meses.
Natalie Sherman, repórter de Negócios da BBC News em Nova York, lembra que Trump já respondeu à retaliação com enormes ameaças de escalada semelhantes antes.
O americano ameaçou atingir o álcool da Europa com um imposto de 200%. E de colocar uma tarifa de 50% sobre o aço e o alumínio do Canadá.
Em ambos os casos, os dois lados chegaram a uma espécie de distensão e os aumentos nunca se materializaram.
Mas esses confrontos envolveram aliados de longa data. A China foi alvo de Washington antes de Trump.
E apesar dos sinais claros da Casa Branca de que está interessada em fechar um acordo sobre tarifas e o TikTok, Pequim ainda não demonstrou muito interesse em negociar.
As quedas nos mercados asiáticos
Os principais mercados de ações da Ásia caíram em todos os setores na segunda-feira.
A bolsa de Hong Kong teve o seu pior dia em 28 anos, com uma queda de 13,22%.
Este é o pior índice desde a crise financeira asiática de 1997, segundo a AFP.
Confira abaixo um resumo das quedas registradas pela manhã:
Nikkei 225 (Japão): -6,5%
Shanghai Composite (China continental): -6,4%*
ASX 200 (Austrália): -3,8%
Kospi (Coreia do Sul): -5,2%
Taiex (Taiwan): -9,7%*
STI (Singapura): -7,5%
Nifty 50 (Índia): -4,0%
Sensex (Índia): -3,7%
*Esses mercados estavam fechados na sexta-feira (04/04) por causa de feriados locais.
A jornalista Mariko Oi, correspondente de Economia da Ásia da BBC News, classifica esta como "uma das maiores liquidações contínuas" que ela já viu em 20 anos de cobertura dos mercados de ações asiáticos.
Diante do derretimento das bolsas em todo o mundo, o presidente americano foi até a sua rede social, a Truth Social, para pedir que as pessoas não sejam "fracas" ou "estúpidas". "Não seja um PANICANO (Um novo partido baseado em pessoas Fracas e Estúpidas!)".
Não está exatamente claro o que ele quer dizer com esse novo termo, mas parece ser uma nova frase cunhada por Trump para criticar os republicanos que têm preocupações sobre os efeitos de suas tarifas recentes.
Ele já caracterizou membros de seu partido que se opõem às suas políticas ou liderança como sendo "Rinos" (Republicanos apenas no nome, uma palavra pejorativa para se referir aos republicanos que não são leais ou não se alinham ao partido).
"Seja forte, corajoso e paciente, e GRANDEZA será o resultado!", conclui a postagem.
Preço das commodities também está em baixa
Enquanto todo o foco está nas quedas dramáticas do mercado de ações, os preços de commodities como petróleo e cobre também afundam.
Mas por que eles estão caindo?
A demanda por produtos como petróleo e cobre tende a aumentar quando a economia global vai bem, pois esses itens são necessários para fornecer energia e eles representam componentes-chave para muitas indústrias.
No entanto, a preocupação agora é que as tarifas dos EUA desacelerem o crescimento econômico global — ou talvez até mesmo desencadeiem uma recessão.
E isso, por sua vez, reduzirá a demanda por essas commodities.
O preço do petróleo bruto caiu cerca de 10% na semana passada.
Na manhã desta segunda-feira, houve uma nova redução de 4%.
Já o preço do cobre caiu cerca de 6% no início do pregão de segunda-feira antes de recuperar um pouco do preço.
Na Ásia, aliados dos EUA sofrem tanto quanto a China
A China pode ter sido o principal alvo das últimas tarifas de Donald Trump, mas, a julgar pela reação do mercado, aliados dos Estados Unidos — como Japão, Coreia do Sul e Austrália — sofrem quase tanto quanto Pequim.
Desde a última quinta-feira (03/04), as ações de montadoras como Toyota, Honda e Nissan caíram drasticamente devido à taxa de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA.
As ações bancárias do Japão também foram atingidas.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, enfatizou repetidamente que o Japão é o maior investidor estrangeiro direto nos EUA — e, portanto, deve poder desfrutar de uma isenção de algumas das tarifas.
Mas até agora, as negociações de Tóquio com Washington não foram bem-sucedidas.
Como isso impacta a economia?
Dharshini David, editora de economia da BBC News, explica que as mudanças nos mercados não refletem, em grande parte, o que acontece no mundo real neste exato momento.
Mas nuvens tempestuosas se formam a partir das perspectivas econômicas, conforme o impacto das tarifas universais do presidente Trump começam a chegar ao mundo real.
O movimento de ações, o preço do petróleo e mais fatores são amplamente impulsionados pela especulação e pelas previsões do que pode acontecer.
Atualmente, é o medo, e não os fundamentos, que impulsiona amplamente os preços das ações. Há o medo de uma recessão no final deste ano ou no próximo.
Os mercados despencaram conforme os negociadores das bolsas ajustaram as expectativas. Para David, a realidade é que as tarifas podem não ser temporárias — e há o risco de mais países agirem da mesma forma.
A jornalista pontua que não são apenas os investidores, mas os líderes mundiais fazem apostas esta semana, enquanto pensam se seguem pelo caminho da contenção ou da retaliação. E essas ações vão moldar o crescimento global e a inflação.
Alguns economistas colocam as chances dos EUA de entrar em recessão em cerca de 50%, enquanto outros acham que a economia global pode enfrentar um risco semelhante.
Vale lembrar que China e Estados Unidos produzem quase metade dos bens globais. Mas as ondas de choque serão sentidas longe desses países.
Mesmo com os mercados no vermelho, o impacto econômico permanece incerto.
Trump tenta 'comer o elefante de uma só vez'
Já Erik Hirsch, copresidente executivo da empresa de investimentos americana Hamilton Lane, que é responsável por mais de US$ 850 bilhões em ativos globais, disse que, embora os investidores estejam "claramente culpando" o governo dos EUA pelas quedas, "muitas pessoas reconhecem que há alguns desequilíbrios comerciais sérios e que algo precisa ser feito para resolver isso".
"O governo [dos EUA] tenta comer o elefante de uma só vez, e então os mercados têm dificuldade em lidar com essas oscilações", afirmou ele durante uma entrevista ao programa Today, da Radio 4 da BBC.
"Acho que este é um exemplo em que há simplesmente muitas variáveis. Os mercados vão processar tudo isso. Enquanto isso, vão cair", complementou ele.
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