O prazo de adequações dos campos das notas fiscais relativos ao IBS, CBS e IS da Reforma Tributária está caminhando para a sua reta final
Notícia
A verdade sobre o tarifaço de Trump, segundo um Nobel de Economia
Medidas do governo dos EUA podem destruir cadeias produtivas e abalar a economia; economista desmonta os mitos sobre o déficit comercial
01/01/1970 00:00:00
As novas tarifas impostas pelo governo Trump sobre produtos importados de países de todo mundo provocaram uma guerra comercial, agitaram os mercados globais e continuam alimentando preocupações generalizadas sobre a perspectiva de uma recessão nos EUA que pode se estender por outras partes do planeta.
Em entrevista concedida a Mehdi Hasan em uma live no Substack, o economista Paul Krugman analisa as medidas tomadas pelo republicano. E não poupa críticas ao que ele considera ser "insano".
Vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2008 por suas contribuições à teoria do comércio internacional e geografia econômica, Krugman, quando se refere à queda global das ações, lembra que "o mercado de ações não é a economia". Mesmo assim, é impossível ignorá-lo, especialmente com "essas oscilações loucas", segundo ele. "Mas a questão é que ele [mercado] é um sintoma de algo mais importante: mesmo que não entremos em recessão, vamos ver um ano muito ruim para a economia'.
O doutor em Economia pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) destaca que essa é realmente a primeira vez na história que um presidente causa uma crise econômica. Outros erraram ou foram ineficazes em responder a cenários de crise, como Herbert Hoover, durante a Grande Depressão — mas ele não foi o causador. "Você pode citar vários exemplos, mas nunca tivemos uma economia indo razoavelmente bem e, de repente, vem alguém como Donald Trump e decide colocar em prática sua obsessão por tarifas."
"Estávamos com um crescimento sólido, 4% de desemprego, inflação entre 2% e 2,5%. Estava tudo bem. E nada aconteceu. Não houve um choque externo, como costumamos dizer na profissão. Foi só essa obsessão com tarifas."
As mentiras sobre as tarifas
Krugman destaca que as justificativas de Trump que fundamentam o aumento das tarifas não são reais.
"Ele [Trump] disse que, se temos um déficit comercial com um país, estamos perdendo. Mas, veja: você nem espera que o comércio seja equilibrado, nem em um ano específico, nem ao longo de um período. Há fluxos internacionais de dinheiro e investimentos", pontua.
O economista menciona o exemplo da relação dos Estados Unidos com o Canadá. O déficit vem principalmente de petróleo e eletricidade gerada por hidrelétricas, pontua, afirmando que isso se dá justamente porque é mais vantajoso (e barato) para os EUA comprarem energia do país vizinho.
"Pense assim: eu tenho um déficit comercial com o mercado da esquina. Compro coisas lá, mas não vendo nada pra eles.
E tenho um superávit com meus alunos — eles pagam mensalidade que vem pra mim, e eu não compro nada deles", exemplifica.
"Então, por que os países, individualmente, deveriam ter comércio equilibrado? Isso é loucura."
Isolamento comercial
Na análise do economista, a postura do governo Trump vai levar os Estados Unidos a um isolamento no plano internacional em um mundo interconectado.
"Temos uma economia global, e os EUA fazem parte dela. Queiram ou não, nossa economia foi construída com base em relações comerciais muito intensas, especialmente com Canadá e México, mas também com muitos outros países. É como se estivéssemos minando nossos próprios portos e bloqueando os aeroportos. Estamos nos isolando do comércio internacional", pondera.
O contexto atual, segundo ele, não permite um "cavalo de pau" como este ensaiado pelo presidente republicano. "Se tivéssemos 15 anos, poderíamos reconstruir a economia para não depender do comércio internacional", afirma.
Incerteza
A imprevisibilidade da gestão do republicano é outro fator que afeta os negócios e os investimentos, fazendo crescer a sombra da recessão sobre os EUA. "E a incerteza paralisa os negócios. Vale a pena investir numa fábrica de componentes no México se pode haver tarifa de 25%? Vale a pena expandir a produção nos EUA se as tarifas podem cair depois?", questiona Krugman.
"Então ninguém faz nada. É por isso que uma recessão agora é mais provável. É insano. Seria melhor se Trump ao menos se decidisse por tarifas desastrosas fixas — porque a incerteza de tarifas desastrosas que podem ou não acontecer é ainda pior", avalia.
Rompimento com aliados
Para o Nobel de Economia, a ruptura com aliados históricos dos EUA também é um fator que abala a estrutura econômica do país.
"Estou pensando nos europeus e nos canadenses. Nós, americanos, temos um problema: não acreditamos que outros países sejam reais. Não conseguimos imaginar que eles têm suas próprias políticas, seu próprio orgulho nacional, seu patriotismo. Mas eles têm", pontua.
E o mundo não vai assistir parado às medidas de Trump. "Haverá uma enorme reação. Você está vendo os comentários de Mark Carney, de Keir Starmer. São políticos centristas, pró-EUA, dos nossos aliados mais próximos — Reino Unido, Canadá — dizendo que o mundo mudou. Não é mais o mesmo de ontem. Precisamos pensar sem os Estados Unidos. Qualquer um que ache que isso não está acontecendo está em negação."
"Você pode fazer tudo isso — tarifas bilaterais — e sim, é concebível. Se você aumentar as tarifas o suficiente, sim, você vai paralisar o comércio mundial. E se não houver comércio, então não há déficit comercial. Mas o custo é enorme. A ideia de que isso vai beneficiar os EUA é uma loucura", diz.
Notícias Técnicas
O DCP é uma obrigação acessória, que deve ser entregue à Receita Federal pelas empresas produtoras e exportadoras
Ela tem como objetivo central ser uma fonte de informações para a Receita Federal, indicando as movimentações financeiras das pessoas jurídicas e físicas
A medida fortalece gestão financeira de pequenos negócios, oferece previsibilidade no fluxo de caixa e facilidade no cumprimento das obrigações fiscais
Decisão da Justiça do Trabalho reforça que empresas devem enviar telegrama para configurar abandono de emprego e evitar condenações trabalhistas
Como a LC 214/2025 afeta o tratamento tributário de bonificações e brindes nas operações comerciais
Esta é a primeira vez que o Instituto cancela Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) dessa natureza. O INSS reforça seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados
De acordo com procuradores, pelo menos três transações tributárias já firmadas contaram com iniciativas ESG
Os clientes buscam no contador um parceiro que compreenda seus desafios e ofereça soluções personalizadas
Especialista explica como a perícia judicial pode auxiliar na obtenção de benefícios previdenciários
Notícias Empresariais
Negócios não mudam por decretos. Mudam quando os líderes mudam e mostram, com ações, o que esperam dos outros
Ferramentas automatizadas e práticas modernas de gestão têm transformado a forma como as empresas lidam com os gastos do dia a dia
A incorporação de critérios ambientais, sociais e de governança nas negociações coletivas ganha força no Brasil, exigindo preparo jurídico e estratégico por parte das empresas
Empresas precisam se adaptar a regras paralelas e investir em tecnologia fiscal
Isenções reduzem impacto econômico imediato, mas negociações seguem; governo busca cortar alíquota para setores estratégicos
No documento da decisão, colegiado afirma que o cenário de inflação é desafiador
Nova política é um marco na proteção de dados e sistemas no Poder Executivo Federal e surge como resposta à crescente sofisticação das ameaças cibernéticas
No fim das contas, é fácil inspirar os que já estão prontos. O mérito está em transformar potenciais brutos em talentos lapidados. Isso é liderança com propósito
Psicóloga alerta: rever estratégias, abandonar expectativas irreais e ajustar objetivos é essencial para manter a performance e a saúde emocional até o fim do ano
Entenda os erros comuns e as soluções práticas para líderes e gestores
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade