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Café encarece 152% e preço não deve cair: a culpa é do governo? Veja o que sabemos
Em fevereiro de 2024, a cotação do tipo arábica estava precificada em R$ 1.014,93, mas os valores subiram para R$ 2.565,86 neste mês
01/01/1970 00:00:00
A compra do café passou a ser uma dor de cabeça para os brasileiros nos últimos meses. A depender da marca, o quilo chega próximo - e até ultrapassa - a marca de R$ 50. Em um ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, o valor da saca de café de 60kg pago aos produtores encareceu 152% no Brasil.
Em fevereiro de 2024, a cotação do tipo arábica estava precificada em R$ 1.014,93, mas os valores subiram para R$ 2.565,86 neste mês, conforme o Cepea. Mas apesar da alta expressiva ao longo do ano passado, o mercado projeta novos aumentos para o café e uma estabilização de preço em um patamar alto.
Ao contrário do que é dito em muitos vídeos que se espalham em aplicativos de mensagens, o governo federal não tem responsabilidade sobre o encarecimento e não tem poder para derrubar os valores pagos pelos consumidores. A pressão sobre o café tem relação direta com os períodos de estiagem prolongada em 2023 e 2024.
A fase crítica sem chuvas regulares, no ano passado, é considerada uma das mais duradouras da história, de acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas (Sistema Faemg Senar), Antônio Pitangui de Salvo.
“Não foi a maior (seca), mas foi uma das maiores. Isso impacta muito em uma cultura perene como a cafeicultura. Além dessa seca, nós tivemos temperaturas mais altas, o que também ocasionou uma queda de produção, aliado a anos anteriores que também não foram bons no que diz respeito ao clima, tanto na temperatura quanto nas chuvas com presença de granizo”, observou Salvo.
Ele frisou, ainda, que outro fator que impacta o cenário de preços está ligada à produção, que caiu em Minas e no Brasil, o enfraquecimento do real e aumento nos custos de produção e de mão de obra. “Por outro lado, teve um aumento no consumo de café, principalmente na China como principal consumido. Então, isso resultou no aumento do preço da saca do café e aumento de preço para o nosso cafezinho aqui do Brasil O governo não falhou em nada. Não podia ter sido feito nada lá atrás. São eventos climáticos que interferem no segmento da cafeicultura, que é muito sensível a esses eventos”, ponderou.
Cenário adverso fora do Brasil
O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Pavel Cardoso, lembrou que as dificuldades relativas ao clima foram observadas em outros países grandes produtores de café, como o Vietnã e a Colômbia, que em 2023 enfrentaram temperaturas elevadas e estiagem longa sob efeito do El Niño. Já no ano passado, os territórios receberam tempestades servers e contínuas.
“Essas variações climáticas, esses fenômenos climáticos foram variações severas para o café, impactando na redução da colheita que teremos esse ano”, detalhou. Cardoso ainda salientou que as notícias não são positivas, com a perspectiva de novos crescimento nos próximos meses nas gôndolas dos supermercados.
“É importante notar que as indústrias receberam aumento significativos anteriores a 200% nos últimos 12 meses e repassaram somente 79% para supermercados e esses por sua vez pouco mais de 39% para os consumidores. Então, novos aumentos ainda estão por vir porque as indústrias precisam repassar esses aumentos absorvidos nestes últimos meses”, projetou.
O coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explicou que outro motivo para gerar pressão sobre o preço do café nas próximas semanas é justamente a previsão de produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma queda de 4,4% no número de sacas beneficiadas em relação a 2024. Para o arábica, o mais comum no mercado, a retração deve ser de 12,4%.
“Se a oferta é menor o preço dispara porque é um produto de cesta básica que tem grande preferência nacional. E o que piora a situação é que o ciclo do café é bianual. Você tem anos marcados por safra mais forte e por safra mais fraca. E no ano passado,era esperado uma safra mais forte, mas o desafio climático trazido pela La Niña prejudicou muito a oferta. E esse ano, é de oferta tradicionalmente mais fraca. Isso quer dizer que a oferta de grãos vai continuar baixa. E sendo baixo, o preço vai se sustentar num patamar mais alto”, avaliou Braz.
Funcafé
O presidente da Abic acredita que um auxílio do governo para amenizar a volatilidade do preço pode vir a partir do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o valor autorizado para a safra 2024/2025 soma R$ 6,8 bilhões.
"A indústria se vê comprimida por ter recebido grandes aumentos e ainda não ter tido esses repasses para os supermercados e, esses, ao consumidor. Então, se faz necessário, portanto, a sensibilização do Conselho Deliberativo da Política do Café, no sentido de destinar parte importante, e até superior ao que foi destinado no ano passado, para que as indústrias recomponham o capital e consigam manter os seus negócios vivos", completou Pavel Cardoso.
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