e-Financeira : Atualizações no Guia do Desenvolvedor
Notícia
Decisão do STF sobre o Simples Nacional contribui para concorrência justa e preserva equilíbrio entre os entes federativos
Em uma decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a constitucionalidade de dispositivos da Lei Complementar 123/2006 que regulamenta o Simples Nacional, assegurando a aplicação da substituição tributária e do diferencial de alíquota nas operações interestaduais realizadas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP)
01/01/1970 00:00:00
Em uma decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a constitucionalidade de dispositivos da Lei Complementar 123/2006 que regulamenta o Simples Nacional, assegurando a aplicação da substituição tributária e do diferencial de alíquota nas operações interestaduais realizadas por microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP).
Ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6030, a Suprema Corte consolidou um entendimento que garante a concorrência justa e preserva o equilíbrio entre os entes federativos.
Relatada pelo ministro do STF Gilmar Mendes, a decisão afasta a tese de que o regime diferenciado de tributação para MEs e EPPs violaria a Constituição ao impor obrigações tributárias em documento separado e com alíquotas variáveis. Ao contrário, a Corte sustentou que esses mecanismos são cruciais para evitar distorções na competitividade entre empresas que operam dentro e fora do regime simplificado.
Voto
O ministro destacou que a exclusão das microempresas da diferencial de alíquotas geraria um desarranjo econômico e federativo significativo:
“O critério de escolha predominante seria o local de estabelecimento dos fornecedores, preferindo-se sempre aqueles localizados em outra unidade da federação”, afirmou, ressaltando que tal situação prejudicaria diretamente a competitividade local e o equilíbrio fiscal entre os estados:
“Eventual procedência do pedido ensejaria ainda outra consequência indesejada, pernicioso desarranjo na cadeia produtiva de setores econômicos relevantes, engendrando segregações pela maior ou menor eficiência econômica ou vantagem competitiva oferecidas por determinadas empresas, afinal, passar-se-ia a evitar a aquisição de insumos junto àquelas estabelecidas no mesmo Estado da Federação, precisamente para evitar a incidência da alíquota interna”, reforçou o ministro.
Ao manter as micro e pequenas empresas sujeitas à substituição tributária, o STF assegura a equalização da carga tributária entre todos os que revendem o mesmo produto, evitando disparidades na formação de preços e garantindo condições de concorrência mais justas. Sem essa medida, as pequenas empresas poderiam escapar do pagamento de tributos devidos, criando uma desvantagem para as empresas de maior porte. Tal desequilíbrio poderia desestabilizar o mercado e prejudicar o crescimento das próprias pequenas empresas a longo prazo.
Equilíbrio fiscal
O julgamento representa o esforço da Corte em promover o equilíbrio fiscal entre os estados e reduzir desigualdades regionais. Conforme expresso no voto de Gilmar Mendes, “o Tribunal deve prestigiar interpretações que conduzam à divisão igualitária de recursos públicos entre os entes subnacionais, de maneira a concretizar o dever de redução de desigualdades regionais”.
Ao garantir a constitucionalidade da tributação no Simples Nacional, o STF protege não só os pequenos empreendedores, mas também o pacto federativo como um todo.
Dessa forma, a decisão do STF marca um avanço significativo para assegurar um mercado mais justo e competitivo, ao mesmo tempo em que reforça os princípios de justiça fiscal e equilíbrio federativo. A observância das regras da substituição tributária e do diferencial de alíquota, inclusive para as micro e pequenas empresas, é essencial para que o Brasil continue avançando rumo a um ambiente de negócios mais transparente e equilibrado para todos.
Vantagem para o consumidor
Auditor fiscal da secretaria de Fazenda de Minas Gerais e especialista no tema, Christian Imaña destacou a importância da decisão do STF e ressaltou que a decisão é vantajosa especialmente para o contribuinte:
– A vantagem para o consumidor e para os fiscos é um mercado concorrencial mais leal e justo para todos. A substituição tributária equaliza a carga para todos que revendem aquele produto. Se o Simples fosse retirado disso no atual modelo, a substituição tributária acabaria para as demais empresas do regime normal. Em Minas Gerais, por exemplo, o contribuinte tem a opção de firmar um acordo com o fisco, que não pedirá restituição e nem sofrerá eventual complementação”, disse.
Notícias Técnicas
Portal da Nota Fiscal Eletrônica lança Informe Técnico 2025.002 v1.31 com atualizações para IBS e CBS. Confira as novidades
Prefeituras que não implementarem o sistema até 1º de janeiro de 2026 podem ter repasses voluntários suspensos, segundo regras da reforma tributária
Data Cempro promove webinar sobre o assunto na próxima sexta-feira, 19/12, às 10h
Obrigação tributária exige detalhamento de pagamentos recebidos por profissionais e empresas de saúde
Este documento de Perguntas e Respostas tem por objetivo prestar esclarecimentos sobre aspectos gerais da Lei nº 15.270/2025, bem como sobre questões relevantes suscitadas pelos contribuintes
A Primeira Seção do STJ definiu, sob o rito dos recursos repetitivos, que as contribuições extraordinárias feitas a entidades fechadas de previdência complementar podem ser deduzidas
Benefício para 26,9 milhões de trabalhadores começa a ser pago em 15 de fevereiro; prazo para saque do Abono de 2025 termina em 29 de dezembro
Desenvolvida em parceria com a Dataprev, a ferramenta conecta trabalhadores e empregadores de forma segura ao sistema ministerial, reunindo serviços online e presenciais
Novas regras para multas por atraso na entrega (MAED) do PGDAS-D e na DEFIS começam em 01 de Janeiro de 2026
Notícias Empresariais
Se você ainda não incorporou os mais recentes avanços tecnológicos na sua estratégia de tesouraria, não há tempo a perder
Uma cultura barulhenta pode até parecer forte por um tempo. Mas a cultura que dura é a que funciona quando o entusiasmo acaba
Educação corporativa precisa voltar a colocar o aprendiz no centro, conectar teoria à prática e usar a tecnologia de forma estratégica para preparar profissionais para um mundo em constante transformação
A inteligência artificial é uma tecnologia que vem transformando diversos setores, da indústria e educação ao setor jurídico e de saúde
Especialistas apontam que confiança, escuta ativa e cultura forte são fatores decisivos para construir equipes de alta performance
Para presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe, redução de jornada sem ganho de produtividade limita renda e cria distorções no emprego formal
Empresas avançam da fase de testes para a implementação estratégica de soluções de GenAI, com foco em produtividade e governança
De acordo com levantamento, mais de dois terços dos microempreendedores individuais avaliam que este ano foi melhor na comparação com o ano passado
O líder que tenta agradar sempre pode até evitar atritos no curto prazo, mas constrói um time confuso e inseguro
Mesmo reconhecendo o esfriamento da atividade e sinais positivos da inflação, diretores do BC reforçaram a leitura de necessidade de cautela, destacam economistas
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade
