Descubra as funções e responsabilidades do analista fiscal, tanto no setor público quanto no privado.
Notícia
Com dólar alto, Brasil vê ameaçado posto de 8ª maior economia do mundo em 2024
01/01/1970 00:00:00
Com a desvalorização do real frente ao dólar, será mais difícil para o Brasil ultrapassar a Itália e fechar 2024 como a oitava maior economia do mundo, como apontavam estimativas feitas no começo do ano e que foram, inclusive, comemoradas pelo presidente Lula.
Levantamento elaborado por Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, mostra que o Brasil terminaria 2024 estacionado na 9ª posição, considerando as novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial e a taxa média de câmbio no ano até 16 de julho.
“Se encerrasse o ano agora, o Brasil seria a nona economia. Por que ainda não é? Porque ainda temos todo o restante do ano para ver como a moeda irá se comportar e saber como essa taxa de estimativa de crescimento do PIB irá se manter também”, afirma o economista.
O Brasil foi sétima maior economia do mundo entre 2010 e 2014. O Brasil saiu do top 10 em 2020. Em 2022 ficou na 11ª e, em 2023, subiu para para a 9ª posição. A última vez que o Brasil esteve na posição de 8ª maior economia do mundo foi em 2017.
Veja abaixo a lista da projeção atual para as 10 maiores economias em 2024:
Ranking das maiores economias em 2024 – em US$ bilhões correntes | |||
Posição | País | US$ bilhões | Part.% 2024 |
1º | Estados Unidos | 28.781,1 | 26,4% |
2º | China | 18.532,6 | 17,0% |
3º | Alemanha | 4.591,1 | 4,2% |
4º | Japão | 4.110,5 | 3,8% |
5º | Índia | 3.937,0 | 3,6% |
6º | Reino Unido | 3.495,3 | 3,2% |
7º | França | 3.130,0 | 2,9% |
8º | Itália | 2.334,7 | 2,1% |
9º | Brasil | 2.274,3 | 2,1% |
10º | Canadá | 2.218,5 | 2,0% |
11º | Rússia | 2.056,8 | 1,9% |
12º | México | 2.017,0 | 1,8% |
13º | Austrália | 1.790,3 | 1,6% |
14º | Coreia | 1.760,9 | 1,6% |
15º | Espanha | 1.647,1 | 1,5% |
Total 15 Maiores | 82.677,4 | 75,8% |
Fonte: FMI-WEO e BACEN – Cálculos e Elaboração: Austin Rating
O que explica a piora das expectativas
Em maio, o Ministério da Fazenda aumentou, de 2,2% para 2,5%, a estimativa de crescimento do PIB do Brasil em 2024. A projeção revisada deve ser divulgada nesta quinta-feira, 17.
O FMI reduziu na semana passada a estimativa de crescimento do Brasil neste ano para 2,1%, 0,1 ponto percentual a menos do que o calculado em abril. Para o PIB da Itália, foi mantida a projeção de crescimento de 0,7% no ano. Mas mesmo crescendo bem mais, o país pode ficar atrás no ranking das maiores economias do mundo em razão da diferença de comportamento do câmbio dos países em 2024 e da métrica usada pelo FMI, de câmbio médio, para o cálculo do PIB do ano em dólar.
Agostini explica que o real se tornou uma das moedas mais desvalorizadas do mundo em 2024 e que, dependendo da taxa de câmbio média até o final do ano, há risco até mesmo do Brasil ser ultrapassado pelo Canadá e cair para a 10ª posição do ranking de PIB global.
“O Brasil tem uma desvalorização da moeda de 11,3% no ano e o euro, de 1,3%. Dependendo da situação daqui para frente, se continuar desvalorizando o real, o Brasil pode até cair para a décima posição caso o dólar fique acima de R$ 5,40 até o final do ano”, afirma o economista-chefe da Austin Rating.
Em abril, quando o FMI projetou o Brasil fechando o ano como a oitava maior economia, o dólar estava cotado a R$ 5,18. Nesta segunda-feira, a moeda dos EUA voltou a fechar em alta, a R$ 5,485 para a venda.
A subida de patamar do dólar no Brasil tem sido atribuída ao aumento dos ruídos políticos e preocupações com o equilíbrio fiscal brasileiro, que já levaram os mercados a precificar que não haverá mais cortes na taxa básica de juros (Selic) em 2024.
Apesar do dólar mais alto, os analistas de mercado ainda trabalham com o cenário de câmbio um pouco menos pressionado até o final do ano, em meio a expectativa de início dos cortes de juros nos EUA. A mediana do relatório Focus do Banco Central para a cotação do dólar no fim de 2024 está atualmente em R$ 5,22, contra R$ 5,13 um mês atrás.
O economista destaca que o último relatório do FMI sobre o país aponta um relativo otimismo para a trajetória da economia brasileira e que os “tropeços” do Brasil estariam mais ligados a fatores domésticos do que externos, como as dúvidas sobre a capacidade do governo de controlar o crescimento da dívida pública.
“O que precisa é ter menos ruído político no ambiente econômico. Mais fatos e menos conjecturas. Ou seja, é preciso passar um sinal de confiança aos investidores de que a condução da economia tende a ser mais equilibrada possível no que diz respeito ao controle das contas públicas e da preservação da instituição autônoma do Banco Central” acrescenta Agostini.
Notícias Técnicas
Reforma tributária impõe ao Estado o desafio de enxugar estruturas e modernizar a gestão pública Por Rafael Pandolfo
O dado foi apresentado pela diretora jurídica da Ambev, durante reunião do Caeft, da ACSP. Para ela, a reforma tributária, de forma isolada, não vai reduzir as disputas entre fisco e contribuinte
Os números de CNPJ já existentes não sofrerão nenhuma alteração, ou seja, quem já está inscrito no CNPJ permanecerá com o número válido
Diversidade além do discurso: como o RH pode transformar o Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ em ações concretas e estratégicas dentro das organizações
Cerca de 6,5 milhões de contribuintes receberão R$ 11 bilhões
Quando falamos em tributação, a maior parte das conversas ainda gira em torno da arrecadação
SESCAP-LDR esclarece que o programa pode criar um cenário de insegurança para os empresários e contadores, que já lidam com uma legislação trabalhista complexa
Associação das Secretarias de Finanças das Capitais estima perda de R$ 9,5 bilhões nas receitas municipais
Nova data amplia prazo para negociação entre patrões e empregados; decisão reafirma compromisso com o diálogo social e a valorização da negociação coletiva
Notícias Empresariais
A pandemia de coronavírus e as guerras recentes provocaram mudanças de comportamento profundas, uma vez que aumentou a imprevisibilidade
Não faltam exemplos emblemáticos em grandes companhias de como a mulher respeitada no ambiente corporativo garante melhores resultados para os negócios
Segundo o Ibevar, a inadimplência em contas atreladas ao cartão de crédito deve chegar a 6,26% em agosto
O segundo semestre contará com poucas possibilidades para emendar uma folga em um final de semana
Você está contando os dias para folgar no feriado de Corpus Christi, na quinta-feira
Juros básicos estão no maior nível em quase 20 anos
Segundo Cristiano Nobrega, Chief Data & AI Officer (CDAIO) da Totvs, responsável pela pesquisa, envolvimento da alta liderança é crucial para acelerar a tecnologia
Grupo de trabalho deve entregar um texto ao presidente da Câmara no dia 14 de julho
A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, 16, o requerimento de urgência para o projeto de lei que altera o valor isento de IRPF para R$ 2.428,80
Quase 1 em cada 3 empresas está inadimplente no Brasil; especialistas apontam causas, alertas e caminhos para evitar o colapso
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade