Após cinco meses de investigações, foram cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão, nas cidades de Araçatuba (SP)
Notícia
O seu negócio na era do consumidor 4.0
Clientes empoderados e que interagem nas redes sociais com naturalidade estão redefinindo as formas como marcas e grandes redes de consumo se organizam
01/01/1970 00:00:00
A figura de alguém hiperconectado, experiencial, reflexivo e pouco linear é o que materializa o que hoje chamamos de consumidor 4.0. Uma geração de clientes com ideais e demandas que exercem uma nova pressão sobre as marcas.
Empoderados, eles interagem nas redes sociais com naturalidade e estão redefinindo as formas de se relacionar e como marcas e grandes redes de consumo se organizam. Mas, como lidar com essa novidade?
Ao falar sobre as muitas camadas que permeiam uma decisão de compra, Karen Cavalcanti, sócia-diretora da Mosaiclab, destaca o termo smart consumer, ou consumidor inteligente, como aquele que toma decisões de compra de forma consciente e informada.
Do outro lado, as empresas se veem obrigadas a reconhecer seus papéis de transformadoras da realidade – e precisam fazer isso em nome da própria sobrevivência frente a um consumidor cada vez mais propenso a fiscalizá-las.
Para entender o caminho que traçamos até chegar a essa nova era de consumo e como novos hábitos foram surgindo, Karen cita algumas palavras-chave: recessão, digitalização, redes sociais e, por fim, pandemia.
Houve um tempo em que, para ir às compras, o consumidor precisava estar cercado por um ambiente de confiança no futuro, com disponibilidade de renda, emprego estável, economia livre de más notícias e boa imagem das empresas.
Esse tipo de consumidor se preocupava mais em resolver um problema ao comprar o que queria ou precisava, sem se importar tanto com a maneira como isso acontecia. Sem acesso à informação e pouca variedade de marcas disponíveis, o que predominava era um comportamento bem pragmático, define Karen.
À medida que novas opções foram surgindo no mercado, os consumidores passaram a ver seu poder de escolha aumentar junto com a concorrência entre as empresas. A partir disso, as marcas começam a focar em qualidade e em benefícios para seus clientes, que, por sua vez, se tornam mais exigentes e atentos.
É nesse momento que as "melhores" marcas passam a se destacar e ganhar em fidelização. Mais íntimos das empresas que escolheram, os clientes se voltam para o posicionamento de cada uma delas e passam a construir (ou não) um sentimento de identificação. Então, o foco deixa de ser totalmente no produto e passa a se voltar para aspectos mais subjetivos, como o pertencimento e a empatia. Em pouco tempo - e com uma pandemia no meio -, segundo a especialista, fomos disso para o que vivemos atualmente.
Nessa versão mais atualizada, o consumidor tem maior autonomia para escolher os produtos e serviços que lhe interessam. Há uma supervalorização da experiência, pois o consumidor atual quer se sentir parte do processo e tende a escolher marcas que realizem esse desejo.
Não que qualidade, cenário econômico e tudo mais tenha perdido a importância, mas, hoje, o caminho do consumo é outro. Todos esses aspectos repercutem, segundo Karen, em consumidores que, de certa forma, colocam o pé no freio, revisam as suas prioridades de consumo, diminuem a fidelização e reorganizam o orçamento.
Antes de fazer uma compra, pondera diferentes fatores a níveis coletivos e pessoais, que vão de sustentabilidade a preço. Será que preciso mesmo comprar? Será que tem mais barato? Será que não vou me arrepender? Qual é o impacto dessa minha compra no planeta? - são algumas das perguntas que fazem a si antes de passar o cartão.
"Os clientes chegam à loja sabendo mais do que o vendedor e não são mais reféns de um site ou loja. Ao mesmo tempo em que ele se descapitaliza para comprar um iPhone, ele reclama do aumento de R$ 0,20 do papel higiênico”, diz.
O CONSUMO DIGITAL
Resgatando os efeitos da pandemia, Karen recorda que, enquanto famílias com menor renda tiveram seu poder de compra comprometido e encontraram na informalidade um meio de manter suas compras básicas, famílias com maior poder aquisitivo ampliaram as suas reservas financeiras pelo movimento do "fique em casa".
E foi nesse grupo social mais abastado que o consumidor 4.0 ganhou destaque. Formado em um mundo digital, com smartphones, informação em tempo real e internet de alta velocidade em que tudo parece fácil e intuitivo, esse tipo de consumidor, que é exigente, passou a realizar a sua jornada de compra por meio de redes sociais, aplicativos, sites ou plataformas digitais.
Com o isolamento social, a internet passou a ser bem mais explorada para conhecer e comparar produtos e preços, testar modelos de entrega ou ter novas experiências de consumo. Por sua vez, a ampliação do consumo digital proporcionou satisfações e muitas insatisfações.
Nas palavras de Karen, a conectividade passou a ser uma característica importante que demanda agilidade em todos os aspectos - dúvidas, logística, atendimento, sortimento, soluções, e por aí vai.
Com a retomada de sua autonomia, vivemos uma era em que o cliente pesquisa no celular sobre um produto ao mesmo tempo em que o vê pela vitrine de uma loja. E, então, pode-se dizer que vendedor e site tem praticamente o mesmo poder em mãos.
Segundo Karen, sai na frente aquele que aprender sobre as necessidades de cada perfil e garantir que sua abordagem seja personalizada, direcionada e relevante. Para colocar essas transformações em prática, a especialista sugere manter as informações atualizadas e oferecer aos consumidores o que eles precisam saber, mesmo antes que os problemas surjam.
Incentivar os consumidores a interagirem com a empresa e facilitar a comunicação entre ambas as partes por todos os canais oferecidos também é regra básica.
Outra lição fundamental, segundo Karen, é ter em mente que estamos diante de uma geração de consumidores que se une em torno de grandes movimentos coletivos, descentraliza as suas ações e, principalmente, reconhece o poder de sua voz. E essa voz pode ser a única bússola que fará a sua empresa chegar onde desejar.
Notícias Técnicas
Desde esta segunda-feira , está disponível no ambiente web do eSocial o módulo de emissão de relatórios gerenciais
A medida de tributação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é ruim e gera insegurança para as empresas
Nova edição reúne cláusulas que promovem o trabalho decente para jovens e reforçam a importância do diálogo social na ampliação de direitos e oportunidades
Em muitas pequenas e médias empresas familiares, o conselho consultivo ainda não participa da análise da DRE, que segue sendo tratada como mera formalidade
Com mais de 2,1 milhões de novas ações em 2024, empresas enfrentam riscos crescentes por falhas em escalas, jornadas e horas extras
Entenda a controvérsia sobre pedidos diretos de RIFs ao Coaf por polícias civis e MP sem decisão judicial: dados de 2024, argumentos opostos e disputas STF vs. STJ
Projeto continua em análise na Câmara dos Deputados
Confira os prazos e declarações fiscais que pessoas jurídicas e físicas devem cumprir nesta semana para evitar multas e manter a conformidade fiscal
O Conselho Federal de Contabilidade lançou, o Destinômetro – uma plataforma que apresenta, em tempo real, as doações feitas por pessoas físicas a dois importantes instrumentos de apoio social
Notícias Empresariais
A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira, 16, o requerimento de urgência para o projeto de lei que altera o valor isento de IRPF para R$ 2.428,80
Quase 1 em cada 3 empresas está inadimplente no Brasil; especialistas apontam causas, alertas e caminhos para evitar o colapso
Aplicativo vai começar a mostrar propaganda de empresas, além de permitir que canais cobrem para dar acesso exclusivo a alguns de seus conteúdos
Bolsa sobe 1,49%, impulsionada por commodities
Nesta quarta-feira, 18, o Comitê Política Monetária anunciará sua nova decisão de política monetária. A maioria do mercado aposta em uma pausa no ciclo de aperto monetário
Como a Reforma Tributária Vai Transformar o Mercado de Aluguéis para Proprietários e Investidores
Mercado Livre é principal ativo buscado por gestores nos mercados emergentes
Presidente da Câmara afirma que ambiente na Casa não é favorável ao aumento de tributos
A iniciativa do Governo Federal ofereceu descontos entre 20% e 95% e garantiu a a reinserção de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte no mercado de crédito
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quinta-feira, 12, em seu perfil no X, que o colégio de líderes da Casa decidiu pautar um requerimento
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade