Versão 11.3.2 do Programa da ECF válida para o ano-calendário 2024 e situações especiais de 2025, e para os anos anteriores
Notícia
O que pode acontecer com as ações das varejistas brasileiras?
O levantamento mostra também que 72% dos consumidores brasileiros fizeram compras em sites estrangeiros no ano passado. Há 5 anos, eram 48%.
01/01/1970 00:00:00
A decisão do governo de recuar em relação à taxação de importação das varejistas asiáticas ainda repercute no mercado. Empresários do setor falam em uma onda de demissões e evasões fiscais bilionárias. Mas o que fazer em relação às ações do varejo: é hora de vender, comprar ou esperar?
Além disso, com a decisão da Shein de começar a produzir no Brasil, a concorrência com as varejistas nacionais vai seguir as mesmas regras? Analistas ouvidos pela Inteligência Financeira avaliam as repercussões para quem investe ou pensa em aplicar no setor.
Aliás, não é só a Shein que preocupa o empresariado nacional. Empresas como Shopee e AliExpress também têm grande relevância nas vendas locais. Em 2022, 55% compraram pela Shopee e 40% pela Aliexpress, segundo pesquisa da NIQ Ebit- Webshoppers.
O levantamento mostra também que 72% dos consumidores brasileiros fizeram compras em sites estrangeiros no ano passado. Há 5 anos, eram 48%.
O que muda para os investidores das ações do varejo nacional?
Para Pedro Azeredo, sócio da Matriz Capital, o cenário é muito preocupante para os investidores das varejistas brasileiras, em função da diferença dos gastos tributários e trabalhistas nos dois países.
“No longo prazo, há uma competição desleal com as varejistas brasileiras. Ou seja, em a devida regulamentação, não poderão competir com os baixíssimos preços dos produtos advindos da China”, diz.
Aliás, Marco Monteiro, analista CNPI da CM Capital diz que com o recuo na taxação das varejistas chinesas, e o aumento progressivo no market share nacional, perde-se a projeção de aumento nos consumos locais voltando para patamares já projetados anteriormente.
“Com isso, analisando mais profundamente, ainda temos a questão da taxa de juros. Ainda está elevada fazendo com que as varejistas nacionais percam ainda mais a atratividade para os investidores”, afirma.
Também Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, diz que o cenário atual não é positivo para as ações do varejo nacional. “O cenário de juros altos, renda real sendo corroída pela inflação e altas taxas de inadimplência não é hora de ficar posicionado nestas ações”, diz.
Desde que a escalada dos juros começou, em meados de 2021, as empresas de varejo perderam quase 90% de seu valor de mercado. A expectativa é que uma nova onda de cortes de juros ocorra a partir do segundo semestre após sinais de recuo na inflação.
É hora de vender suas ações do varejo?
Apesar do cenário desafiador, o analista acredita que a queda dos juros está no horizonte, o que pode melhorar os resultados das varejistas nacionais. “Não acredito que seja a hora de vender, visto que no último ano, os principais papéis do mercado varejista, Magazine Luiza (MGLU3), Via Varejo (VIIA3) e Americanas (AMER3), já amargam perdas de 40,54%, 42,04% e 95,73% respectivamente”, afirma Pedro Azeredo.
Ele diz que o mais recomendado, para quem está posicionado, é aguardar. “Na renda variável, nunca sabemos antecipadamente a mínima histórica no preço de uma ação. Portanto, caso o investidor ainda esteja em posição nos papéis citados acima, saiba do ainda cenário desafiador para o varejo brasileiro. Mas que no longo prazo e com a eventual queda dos juros, resultados melhores são previstos”, afirma.
Marco Monteiro também diz que não vê a necessidade de quem tem ações do varejo se desfazer da posição, mas para quem não tem o papel, é melhor aguardar. “Para os investidores que se encontram sem posições nos ativos, recomendo que analisem os ativos e esperem por pontos de entradas. Ou seja, pelo menos que os ativos deem indícios de reversão desta tendência de baixa, para a tomada de posição”, diz.
Vale a pena comprar ações do varejo neste momento?
Pedro Azeredo diz que ainda não é possível saber se os papéis das varejistas estão nas mínimas e a tomada de compra é para quem tem perfil mais arrojado.
”Para quem quer entrar no papel hoje, pagará em Magazine Luiza e Via varejo quase 50% a menos no valor do ativo e no caso de Americanas, 95% a menos, comparando a um ano atrás. Se esta é a mínima histórica dos ativos, não dá para saber, porém ao investir, espere bastante volatilidade nesses papéis”, afirma.
Segundo ele, com o recuo na taxação das varejistas chinesas, uma maior competição pelo market share no mercado brasileiro e uma ainda elevada taxa básica de juros no país, certamente o varejo brasileiro ainda possui desafios pela frente.
Já Fernando Ferrer diz que a melhor opção no momento de compra é Arezzo (ARZZ3). “É uma empresa bem diversificada, atua em uma classe mais alta e é mais resiliente. Ela faz o design dos produtos e pode alterar a matéria prima como controle de custos, quando necessário”, afirma.
Qual a situação das ações do Varejo?
Para Pedro, analisando o resultado do último trimestre de 2022, a Via Varejo (VIIA3) está em um pior cenário quando falamos das grandes varejistas brasileiras. “Empresa responsável por marcas como Casas Bahia e Ponto, antiga Ponto Frio, tiveram um prejuízo de 163 milhões no 4T22 e anunciou também a saída do Helisson Lemos, VP de inovação Digital da empresa”, afirma.
Marco Monteiro também não vê boa situação para a Lojas Marisa (AMAR3). “Uma ação que vem me chamando atenção negativamente, pela sua desvalorização, é as Lojas Marisa (AMAR3). Aliás, desde seu topo em meados de fevereiro de 2020, já acumula uma desvalorização nos seus preços de mais de 95% e vem repertoriando aumento dos prejuízos nos últimos anos”, diz.
Produção nacional da Shein impacta ações do varejo?
A decisão da Shein de realizar a maior parte de sua produção vendida no Brasil em território nacional mexeu com o mercado. As ações da Coteminas (CTNM4), da Companhia de Tecidos Santanense (CTSA3) e da Springs Global (SGPS3) dispararm cerca de 360%, 130% e 100% nos dois primeiros dias após o anúncio de um memorando de entendimentos com as empresas têxteis.
Pedro Azeredo diz que os investimentos no Brasil são uma nova opção ao consumidor e contribui para fomentar a concorrência, porém só é válida quando essas empresas partem de uma mesma largada.
“Certamente é positivo a criação de novos empregos e a busca por investimento exterior ao Brasil, porém no caso da Shein em específico, só haverá de fato uma concorrência saudável, caso sejam aplicadas as mesmas regras fiscais para a gigante varejista chinesa”, diz.
Os desafios das varejistas brasileiras
Aliás, ele lembra os desafios que as varejistas brasileiras atualmente sofrem. “Hoje, a Shein parte à frente de concorrentes brasileiras pelo fato de não pagar uma série de impostos que as demais empresas brasileiras pagam como o IPI, o ICMS. Assim, conseguindo fazer a preços que as demais não conseguem pela elevada carga tributária. Continuando da forma como está hoje, não é uma competição honesta”, diz.
Diferenças entre os modelos de produção
Já Gustavo Lipschitz, operador de Renda Variável da InvestSmart, diz que os desafios não terminam por aí. “Vale lembrar que a tributação não era o único fator que tornava o produto da Shein mais barato do que o de players como a Renner (LREN3). Há uma diferença entre modelo de produção e posicionamento, por exemplo a ausência de lojas físicas que continuarão independente das novidades que a produção doméstica trará”, diz.
Notícias Técnicas
RFB disponibilizou informações para que mais de 700 mil empresas preencham a ECF até esta quinta-feira 31
A RFB publicou a Solução de Consulta COSIT nº 116/2025, que trata da vedação à compensação de prejuízos fiscais do IRPJ e da base de cálculo negativa da CSLL
Nova lei institui programa nacional com foco em atenção integrada, pesquisa e inclusão de pessoas com fibromialgia e condições semelhantes
Estudo aponta que mudanças elevam carga e complexidade para 18 milhões de empresas no Brasil
A Reforma Tributária impacta a tributação de adiantamentos a fornecedores. O fato gerador passa a ser o pagamento, não mais a entrega. Entenda as novas regras e os impactos para as empresas
Nova ferramenta facilita cálculos e validação de documentos fiscais, alinhada à reforma tributária
Decisões do CARF e Receita Federal reforçam a validade de estruturas com base em critérios econômicos reais
Saiba como se adaptar às mudanças e aproveitar as oportunidades
Mudança beneficia contribuintes ao eliminar etapa burocrática
Notícias Empresariais
Negócios são feitos por pessoas. E pessoas sentem. Compreender esse fato e usá-lo de forma estratégica é o que diferencia gestores comuns de líderes que constroem empresas duradouras
Técnica criada por neurocientista ajuda líderes e profissionais a lidarem melhor com imprevistos e crises do dia a dia
Mais do que criar um currículo online, veja como atrair conexões, convites e propostas por meio da plataforma
A inteligência artificial está causando um impacto significativo em muitos tipos de empregos especialmente nas posições de entrada e, em particular, naquelas que se beneficiam do uso da automação
Entenda os riscos de planilhas Excel e saiba como um sistema de gestão eficiente pode evitar perdas e atrair investimentos
Com a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo, por meio do PLP 68/2024, as empresas brasileiras enfrentam um novo cenário tributário
Falta de governança e planejamento sucessório podem levar milhares de empresas desaparecerem
Funcionalidade não será obrigatória, medida tem o objetivo de ampliar a segurança cibernética de 72 milhões de pessoas que possuem uma conta nesse nível
País é alvo de ataques cibernéticos a cada oito segundos; especialistas alertam sobre riscos e recomendam boas práticas de segurança digital
Conselho autorizou a distribuição de até R$ 12,9 bilhões nas contas vinculadas
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade