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Notícia
Mesmo com economia fraca, mercado aposta em crescimento de empresas
O sócio e gestor do Opportunity, Luiz Constantino, explica que o nível dos juros ainda deve ajudar a Bolsa, mas diz que, ao longo do tempo, o mais importante para o preço das ações será o lucro de cada companhia.
01/01/1970 00:00:00
O sócio e gestor do Opportunity, Luiz Constantino, explica que o nível dos juros ainda deve ajudar a Bolsa, mas diz que, ao longo do tempo, o mais importante para o preço das ações será o lucro de cada companhia. "Em alguns momentos de mudança, como de queda de juros, todos acabam se aproveitando, mas as grandes performances serão de quem mostrar uma dinâmica melhor em relação ao que as pessoas esperavam no passado", afirma Constantino.
Sobre o impacto das divulgações dos balanços, Constantino diz ser preciso entender o que está ocorrendo para além dos três meses reportados. "É uma foto do que está acontecendo com a empresa naquele momento. Saber, por si só, se a empresa entregou lucro acima ou abaixo do esperado não é tão relevante. O importante é ver a confiança no crescimento para frente", diz o sócio do Opportunity.
Para o estrategista de private do Banco Fator, Rodrigo D'Utra Vaz, oportunidades de bons negócios na bolsa se tornaram menos óbvias após as últimas valorizações. "Estamos entrando em um ambiente em que você olha para o mercado e não vê nenhuma empresa para cravar que está barata", salienta D'Utra Vaz.
Ele também acredita que os juros menores no País ainda darão gás aos papéis. "Ainda há um dinheiro represado expressivo a vir, principalmente dos fundos de pensão, que têm processo de tomada de decisão mais demorado. Se começar a migrar de maneira mais significativa, aí sim o mercado pode passar à frente dos fundamentos, já que não estamos tão confiantes de que existe tanto crescimento lá na frente."
Investidor deve analisar cenário de companhias no longo prazo
Se, por um lado, a divulgação de balanços ajuda o mercado a avaliar suas posições em relação às empresas, especialistas aconselham o investidor iniciante a não tomar decisões só com base na receita e no lucro das instituições. "O passado ajuda a dar uma informação boa de como pode ser o futuro. Mas não basta achar que a empresa está sozinha", diz o professor de finanças da FEA/USP, Keyler Rocha, também conselheiro do Instituto Brasileiro dos Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF/SP).
Para Rocha, é essencial que o investidor aprenda a analisar o contexto em que as empresas estão inseridas e as perspectivas dos setores em que querem investir. Como se fossem, de fato, abrir um novo negócio.
O professor de finanças da FEA/USP salienta que olhar para o passado dos balanços ajuda a dar uma informação boa de como pode ser o futuro. Porém outros fatores também influenciam, como crescimento da renda, redução de tributos. Não basta achar que a empresa está sozinha. "É como montar um negócio próprio. Há mercado para esse negócio? Como está esse mercado?", reflete Rocha.
Além disso, é preciso avaliar separadamente os setores. "Por exemplo, a guerra comercial provoca efeitos. Sem um acordo com os Estados Unidos, a China vai diminuir exportações. Isso vai prejudicar o Brasil, porque somos exportadores de matéria-prima. É um aspecto que o investidor precisa analisar. Se for o setor financeiro, por exemplo, tem outras questões para pensar, como as fintechs", destaca o especialista.
A queda dos juros atrapalha, ainda, a rentabilidade do sistema financeiro, fazendo com que os bancos tenham de baixar juros e os rendimentos de aplicações que essas instituições fazem em títulos do governo também caem. "Não estou dizendo que isso é fato, sempre tem de analisar. Os bancos digitais, que podem mudar o mercado, são opções, mas carregam risco. Enquanto grandes bancos continuam boa alternativa porque passam a ter um mercado com menos risco, o que compensa juros mais baixos. Além de não quebrarem", releva.
Segredos dos balanços estão nas entrelinhas e exigem mais atenção por parte do investidor
Uma análise dos números das empresas somada à comparação de como evoluíram pode dar ao investidor informações mais sofisticadas para tomar decisões. "Precisa analisar como a empresa cresceu. Seu endividamento aumentou? O investidor precisa ver qual é a estratégia da companhia", diz a professora de finanças da Fundação Dom Cabral, Virgínia de Oliveira.
Para Virgínia, as pessoas em geral olham a receita e o lucro, mas é preciso saber de onde veio essa receita - se é operacional ou se veio da venda de algum ativo da empresa. Quando é venda de ativos, não é recorrente, não tem sustentação para o futuro. O investidor também precisa comparar como a empresa estava antes e como está agora. Ela pode ter lucro e não ser capaz de pagar o capital empregado no negócio.
Para funcionar, explica a professora, a empresa assume dívidas com acionistas, bancos e outras instituições. "Nem sempre o lucro é suficiente para remunerar esse capital, e o investidor precisa ver qual é a estratégia do futuro. A dívida é boa até certo ponto, mas não acima do que o mercado assimila", indica.
Segundo ela, "com mais de 70% de dívida em relação à receita, o mercado já olha a empresa mais receoso". "Talvez a empresa esteja habituada àquele nível de endividamento. De qualquer modo, é preciso avaliar se o endividamento cresceu rapidamente", revela Virgínia.
É importante olhar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Às vezes, o Ebitda é alto e o lucro, baixo, porque a parte financeira não está bem ajustada. Mas isso o gestor pode melhorar, analisar a parte tributária, trocar financiamentos. A operação (comprar, vender, pagar) é o que gira o negócio. Uma boa saída é comparar esses números com o mesmo trimestre de anos anteriores.
Após oito anos, pessoas físicas voltam a ser 20% na bolsa
Em julho, 20% do volume de compra e venda da bolsa brasileira veio de pessoas físicas. Tamanha fatia não era alcançada desde 2011, quando a movimentação vinda de CPFs era de 21,44%. O aumento advém não só de mais pessoas que investem em ações, mas, principalmente, da saída de estrangeiros.
Neste ano, a B3 bateu a marca de cerca de 1 milhão de CPFs cadastrados, recorde histórico. O número não é preciso, pois aproximadamente 5% do total são de pessoas que possuem conta em mais de uma corretora. De 813 mil investidores pessoa física em 2018 (17% do total), a bolsa brasileira conta, agora, com 1,16 milhão.
Já a participação dos estrangeiros saiu de 47,2% para 43,7%, com saldo de investimentos negativo em R$ 10,4 bilhões ao fim de julho. O número se aproxima da balança de 2018, quando R$ 11,5 bilhões deixaram a bolsa. "O estrangeiro tem saído desde a segunda metade de 2018, que foi o primeiro ano que tivemos mais saída de fluxo do exterior do que entrada, devido a uma grande incerteza com as eleições", afirma Victor Cândido, economista-chefe e sócio da Journey Capital.
"Havia a dúvida se Jair Bolsonaro iria conseguir implantar um governo liberal", revela Cândido. Segundo ele, a menor diferença da história entre os juros brasileiro e americano também impulsiona essa saída. Com os cortes da semana passada, as taxas de juros, agora, são de 6% no Brasil e de 2% a 2,25% nos Estados Unidos.
A queda na Selic brasileira, por outro lado, contribuiu para que a pessoa física migrasse o investimento da renda fixa para a variável, o que explica a maior participação na bolsa. "Esse aumento vem de pessoas que já investem em outras classes de produtos. Um cara que estava no fundo de DI e foi para ações. Temos que ver se essa mudança é permanente ou passageira", analisa Cândido.
Segundo o sócio da Journey Capital, dada a reforma da Previdência, a classe média deve buscar mais a previdência privada, e esses fundos, por sua vez, têm mais alocações em ações. "Pode ser que a compra direta de brasileiros caia, mas a participação deles nas carteiras que contam com ações cresça", diz Cândido. Outro catalisador da entrada de pessoas físicas no mercado de ações são as corretoras e fintechs (startups do setor financeiro), que ampliaram a atuação nos últimos anos com uma oferta maior de produtos, em movimento puxado pela XP Investimentos.
"As plataformas digitais permitem a quem tem pouco recurso investir. Mas a abertura do mercado, com bancos digitais e novas corretoras, além de oportunidades, traz golpe e nem todo mundo percebe esses riscos", diz Bruno Mori, planejador financeiro certificado (CFP) pela Planejar. Mori cita campanhas publicitárias de investimentos que não são prefixados e mesmo assim garantem rentabilidade, o que é ilegal.
A dica do planejador é se atentar à reputação da corretora, há quanto tempo ela está no mercado e se tem autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e do Banco Central para atuar. Ele também recomenda investir em ações só após ter uma reserva de emergência garantida. Segundo Mori, o ideal é acumular uma quantia equivalente à totalidade de gastos em um ano. "Há uma valorização burra do mercado financeiro. As pessoas olham ganhos dos outros, veem filmes sobre o mercado de ações, e falam 'quero isso para mim' sem pensar nas consequências, no risco", indica.
Para Raymundo Magliano Filho, presidente da bolsa de 2001 a 2008, a educação financeira dos brasileiros também é uma responsabilidade da B3. "A imagem de casa de jogo, coisa de risco, ainda não se dissipou e isso depende do esforço da bolsa de se aproximar da população. Mas isso não muda rápido, especialmente o valor cultural", afirma Magliano. Para ele, o desenvolvimento do mercado de capitais depende do aumento da participação da população e da quantidade de companhias de capital aberto.
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