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Notícia
O que comemorar neste Dia do Comerciante?
Resposta: a resiliência dos milhares de lojistas que se esforçam por manter suas portas abertas, à espera de dias melhores. Considerando o desempenho atual das vendas do varejo, para chegar ao nível pré-crise de 2014 seriam necessários mais cinco anos
01/01/1970 00:00:00
Quando o país mergulhou na dura crise econômica ao final de 2014 já se imaginava que sair do atoleiro seria uma tarefa complicada, em especial para o comércio, que depende unicamente do ânimo do mercado interno. O que não se esperava é que a recuperação seria tão lenta.
A maioria das previsões de economistas cravavam que as vendas voltariam ao nível pré-crise por volta de 2020, algo agora considerado pouco provável levando-se em consideração o desempenho atual da economia.
Como exemplo, o volume de vendas do varejo restrito é hoje 7% menor do que o registrado em 2014. Considerando que nos últimos 12 meses (terminados em maio) as comercializações do setor cresceram em média 1,3%, se esse ritmo se mantivesse constante, seriam necessários mais de cinco anos para deixar a crise para trás. Ou seja, o alívio só viria entre 2024 e 2025.
Mas, para piorar, o que se constata é uma tendência de diminuição no ritmo do varejo, que nos 12 meses anteriores havia crescido mais de 2% na média, e agora reduziu a marcha para 1,3%. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) já trabalha com uma previsão de crescimento anual de apenas 1,1%.
Certamente esta não é a notícia que os empresários gostariam de ouvir nesta terça-feira, 16 de julho, quando se comemora o Dia do Comerciante. De fato, da perspectiva econômica, não há muito o que se comemorar a não ser alguns pequenos sinais que apontam para uma saída bem mais à frente.
Um desses indicativos, curiosamente, é consequência direta da crise. Com a perda de dinamismo da economia, a inflação desacelerou consideravelmente, para 3,37% em 12 meses, o que permite ao governo estimular o crédito com a redução da alíquota de recolhimento de compulsórios e, possivelmente nos próximos meses, com a redução da Taxa Básica de Juros, a Selic.
Paulo Guedes, ministro da Economia, também demonstrou a intenção de liberar recursos do Pis-Pasep e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para estimular o consumo.
Mas, com exceção da provável redução da Selic, as demais medidas, embora injetem mais dinheiro na praça, têm seus efeitos limitados aos meses de liberação dos recursos que, muitas vezes, não vão nem para o consumo, mas para pagar dívidas.
Há ainda a expectativa de melhora no otimismo do empresário com o avanço da reforma da Previdência, embora seus efeitos práticos sejam de longo prazo, e com a edição da Medida Provisória da Liberdade Econômica, que mostra que o governo tem compromisso com a desburocratização.
Não há, no entanto, um sinal forte de que tais medidas poderiam ter impacto significativo no emprego e nos salários, o problema que realmente precisa ser superado para garantir fôlego novo ao comércio.
Nos últimos 12 meses fechados em maio, os dados do IBGE mostram que o emprego cresceu 2,1%. Porém, os rendimentos avançaram apenas 0,6% em uma economia de inflação acima dos 3%.
“Isso mostra que o emprego que está sendo criado não é de qualidade, é muitas vezes informal. O trabalhador aceita essas condições, prefere ganhar menos a ficar desempregado”, diz Emilio Alfieri, economista da ACSP.
O desemprego atinge 12% da população, cerca de 11 milhões de pessoas. O comércio sente o impacto daqueles trabalhadores que deixaram de consumir por estarem desempregados, de outros que passaram a ganhar menos e também daqueles que preferem conter os gastos por pressentirem que podem ser os próximos a deixar o mercado de trabalho.
Esse contexto gerou um comprador cauteloso. O Índice Nacional de Confiança do Consumidor, elaborado pela ACSP, registra hoje 99 pontos em uma escala que varia de zero a 200 pontos. Abaixo dos 100 pontos, como acontece hoje, aponta pessimismo por parte daquele que faz o comércio andar.
Não se muda esse cenário por toque de mágica, nem com medidas pontuais de incentivo ao consumo. Ele só será revertido quando os investimentos voltarem a ser realizados, levando as empresas a contratarem, o que possibilitará a recuperação da renda.
A tendência de aprovação da reforma da Previdência abre uma fenda no muro que impedem os investidores de enxergar as oportunidades de aportar recursos no Brasil.
Mas derrubar essa barreira dependerá de mudanças no sistema tributário, do aumento da segurança jurídica, de políticas nacionais de desenvolvimento bem desenhadas. Vamos dar muita pancada na parede ainda.
Como afirmou o empresário Alfredo Cotait Neto, presidente da ACSP, em seu discurso de posse à frente da Facesp, o impacto do processo recessivo ainda se faz sentir, especialmente sobre as micro e pequenas empresas -a grande maioria do setor de comércio-, atingidas pela queda das vendas, a burocracia, as dificuldades na obtenção de crédito e pelas altas taxas de juros, que superam em muito a rentabilidade de qualquer negócio.
Diante disso tudo, o que há a comemorar neste 16 de julho, Dia do Comerciante, é a capacidade de resistência de empreendedores que dia após dia se esforçam por manter suas portas abertas e sopram as velinhas em sua data desejando dias melhores.
O QUE O COMERCIANTE PODE FAZER ATÉ A CRISE PASSAR
Segundo Alfieri, para diminuir os efeitos do desaquecimento do consumo enquanto espera por melhorar nas condições macroeconômicas, o comerciante terá de reduzir seus custos.
“O lojista terá de reduzir os gastos porque se repassar custos ao consumidor não conseguirá vender. Quem compra está muito sensível aos preços e tem pesquisado muito para encontrar promoções”, diz o economista da ACSP.
Alfieri diz que um caminho é investir no chamado click-and-collect, que passa pela integração do canal online com a loja física.
No Brasil, as vendas pela internet, apesar de crescentes, ainda não chegam a 10% do total. O que não significa que investir em um espaço online seja um negócio ruim.
A ideia do click-and-collect é dar mais opções para o consumidor, que pode comprar online e retirar na loja física, por exemplo. “Consumidor e lojista economizam porque não haverá o custo da logística da entrega da mercadoria”, diz o economista da ACSP.
Além da estratégia digital, Alfieri recomenda ao comerciante investir em promoções e manter os estoques baixos até que a luz verde da economia se acenda.
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