A partir de 30 de maio, 4.730 agências dos Correios em todo o país estarão habilitadas para receber os segurados
Notícia
Cooperativas de crédito roubam a cena. É hora de sair do seu banco?
Sicoob, Sicredi e outras cooperativas crescem em número de agências e associados e oferecem empréstimo com taxas 50% mais baixas. Confira vantagens e riscos
01/01/1970 00:00:00
Nos últimos anos, os cinco maiores bancos do Brasil, que concentram 90% do crédito do mercado, seguraram a concessão de empréstimos e reduziram as agências. Na contramão, um tipo diferente de instituição financeira, que oferece os mesmos produtos e serviços a taxas mais baratas, roubou a cena: as cooperativas de crédito.
É bem provável que você já tenha ouvido falar de Sicoob, Sicredi e outras cooperativas. Responsáveis por apenas 3% do crédito no Brasil, elas cresceram 20% ao ano em operações, em média, enquanto o país afundava na crise econômica.
O grande feito é explicado, principalmente, pela expansão das operações de crédito voltadas para empresas do agronegócio nas regiões Sul e Centro-Oeste. Nos últimos cinco anos, o número de cooperados pessoas jurídicas cresceu 80% e chegou a 1,1 milhão.
Mas não foi só o crédito rural o responsável pela festa. No mesmo período, o número de associados pessoas físicas cresceu 52% e chegou a 8,1 milhões.
Tudo puxado pelo empréstimo pessoal, a operação de crédito de maior volume para pessoas físicas nas cooperativas, e pelo cartão de crédito, a modalidade que mais cresce. O chamariz? As taxas de juros.
A taxa do empréstimo pessoal nas cooperativas é, em média, metade da praticada pelos bancos, segundo o Banco Central.
Por que taxas baixas e mais agências
As cooperativas oferecem taxas mais competitivas porque, diferente dos bancos, que devolvem o lucro aos seus acionistas, elas distribuem seu resultado para os próprios cooperados. Assim, se retroalimentam: cobram menos e devolvem a chamada “sobra” todo ano aos associados.
Além disso, as cooperativas conseguem oferecer taxas cada vez mais baixas por que, à medida que se profissionalizam, ganham escala, como destaca o último Relatório de Economia Bancária do Banco Central.
“Os bancos já estão consolidados, enquanto nós ainda temos muito a avançar”, diz Wanderson de Oliveira, diretor-presidente da Federação Nacional das Cooperativas de Crédito (FNCC).
Além de praticar juros mais baixos, as cooperativas focam na expansão geográfica. Em 172 municípios do país, a cooperativa é a única instituição financeira da cidade.
Em paralelo, muitas cooperativas nasceram no interior e agora dão as caras nos centros urbanos. Em plena era das fintechs e bancos digitais, suas agências físicas cresceram 17% nos últimos cinco anos.
Cooperativismo ainda engatinha no Brasil
Hoje, o Brasil tem 967 cooperativas de crédito e 6.037 pontos de atendimento, mas o cooperativismo ainda engatinha no país em comparação ao mundo.
Nos Estados Unidos, 30% da população é cooperada e na Alemanha, 22%. Já por aqui, somente 4% dos brasileiros são associados a uma cooperativa.
“Temos só 30 anos. Há 10 anos, oferecíamos somente metade dos produtos e serviços que temos hoje. Nos profissionalizamos, fomos regulados e criamos uma relação extraordinária com o Banco Central”, diz o diretor de desenvolvimento e supervisão do Sicoob Confederação, Francisco Reposse.
Maior sistema do país em número de cooperativas, o Sicoob projeta crescer 16% em operações de crédito, 15% em associados e 4% em agências em 2018.
Além das taxas competitivas, o que atrai associados outros países é o propósito das cooperativas, na avaliação do superintendente de crédito comercial e desenvolvimento do banco cooperativo Sicredi, Edson Schneider.
“No Brasil, estamos construindo o entendimento de que, diferente do cliente de um banco, o associado participa dos resultados e o recurso gira em torno da sua comunidade”, diz.
As taxas de juros mais baixas são consequência desse propósito, segundo o CEO da Unicred, Fernando Fagundes. “Queremos que o cooperado se comprometa com algo que vai ter capacidade financeira para honrar. Enquanto nossa taxa de inadimplência é de 2,1%, a dos bancos é de 5,5% ”, compara.
Como é ser um associado
Na maioria das cooperativas do Brasil, qualquer um pode ser associado, independentemente da sua renda ou profissão. Grande parte delas oferece os mesmos serviços que os bancos: contas, cartões, empréstimos, investimentos, seguros e consórcios, entre outros. No Sicoob, o valor médio das operações de crédito é de 2.826 reais.
Em vez de abrir conta como um cliente, o consumidor se torna um cooperado. Ser um cooperado significa ser usuário e dono do negócio.
Para fazer parte da cooperativa, o associado precisa pagar um valor inicial, chamado de capital social. No Sicoob, esse valor é a partir de 50 reais. No Sicredi, a partir de 20 reais. Cooperativas menores exigem um capital inicial mais alto.
Esse dinheiro é remunerado pela taxa Selic e forma o patrimônio da cooperativa. Quem quiser pode realizar mais aportes ao longo do tempo.
Como donos do negócio, os associados podem votar em assembleias para tomar decisões sobre os rumos da cooperativa. Muitas reinvestem o dinheiro captado na comunidade onde estão.
Se tiver resultados positivos, o dinheiro, chamado de “sobra”, é proporcionalmente distribuído aos associados uma vez por ano, de acordo com o valor das operações de cada um.
Os riscos de ser um associado
As cooperativas de crédito são reguladas pelo Banco Central. O próprio BC alerta que, assim como recebe as “sobras” quando a cooperativa tem resultado positivo, o associado pode ter que arcar com eventuais perdas, se a cooperativa tiver resultado negativo.
No entanto, esse prejuízo só é rateado entre os associados se o fundo de reserva for insuficiente para cobri-lo. Todos os depósitos e créditos mantidos nas cooperativas têm a proteção do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), que garante até 250 mil reais por CPF. O valor é o mesmo garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) aos clientes dos bancos.
“A chance de uma cooperativa quebrar é muito pequena, mas você tem que saber que esse risco existe. Recomendo se associar a cooperativas grandes, com nome no mercado e dirigentes confiáveis”, aconselha o planejador financeiro Valter Police, head da academia da Fiduc Planejamento Financeiro.
Vale observar que o número de cooperativas vem reduzindo nos últimos anos por fusões e incorporações, movimento apoiado pelo Banco Central para garantir a saúde do sistema. “As grandes cooperativas supervisionam a gestão das pequenas e antecipam a quebra”, explica Schneider, do Sicredi.
Compare as taxas por modalidade de crédito
Em geral, nas linhas de crédito em que o risco é maior, como empréstimo pessoal e cartão de crédito, as taxas de juros das cooperativas são menores. Quando existe uma garantia associada, como acontece no empréstimo consignado ou no financiamento de veículos, por exemplo, as taxas de juros das cooperativas são similares às dos bancos.
Antes de contratar qualquer empréstimo, é preciso comparar o Custo Efetivo Total, que inclui todas as taxas cobradas além dos juros. Vale lembrar que fintechs de crédito também são alternativas que podem oferecer empréstimo com taxas de juros mais baixas.
Além disso, dependendo do capital inicial exigido do cooperado, o custo mais baixo dos produtos e serviços pode não valer a pena, como lembra a economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ione Amorim. “As cooperativas de crédito são uma alternativa interessante para o consumidor, mas antes de se tornar um associado, é preciso avaliar todos os custos com cuidado”, orienta.
A seguir, compare as taxas de juros médias por modalidade de crédito cobradas pelas maiores cooperativas de crédito em relação às taxas praticadas pelos bancos. As taxas podem variar por cooperativa e por associado, conforme a avaliação de crédito.
Modalidade de crédito | Bancos (% ao mês, em média) | Sicoob (% ao mês, em média) | Sicredi (% ao mês, em média) | Unicred (% ao mês, em média) |
---|---|---|---|---|
Crédito pessoal | 6,57 | 2,14 | 2,59 | 1,88 |
Crédito consignado | 1,91 | 1,64 | 1,77 | 1,42 |
Financiamento de veículo | 1,64 | – | 1,67 | 1,35 |
Cartão de crédito parcelado | 8,48 | 4,43 | 6,71 | 5,86 |
Crédito rotativo | 12,33 | 7,94 | 8,40 | 7,86 |
Cheque especial | 12,52 | 6,28 | 10,28 | 7,94 |
Notícias Técnicas
O INSS divulgou o cronograma de pagamentos para o ano de 2025, com destaque para as datas de maio. Este planejamento é essencial para garantir que os beneficiários recebam seus valores de forma organizada e dentro do prazo esperado
Medidas incluem investimento em comunicação, capacitação de auditores-fiscais e modernização da gestão orçamentária do Fundo
Em quatro anos postos de trabalho aumentaram no setor
Desde 2022, após decisão do STF a pensão alimentícia deixou de ser tributada pelo governo para se tornar isenta e contribuintes podem solicitar a restituição do IR pago nos últimos cinco anos
Um dos acidentes resultou na morte de um soldador que poderia ter sido evitada
Lucro do FGTS será depositado nas contas ativas e inativas. Confira quem recebe, quando cai e como usar o valor.
Beneficiários confirmam se desconto foi autorizado ou não
Receita Federal abre na sexta-feira (23/5) consulta ao primeiro lote de restituição deste ano
Ministro reforçou aos dirigentes que a iniciativa tem caráter exclusivamente social, com foco na melhoria das condições financeiras da classe trabalhadora
Notícias Empresariais
Com vídeos interativos e lives, plataforma ajuda marcas como a Parafinesse, de velas artesanais, a faturar em horas o que antes levava um mês
Trabalhar de casa se tornou uma realidade para muitas pessoas, e com essa mudança veio também a necessidade de garantir que as informações profissionais fiquem protegidas, mesmo fora do ambiente tradicional do escritório
Proposta apresentada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) em 1º de Maio, semelhante à PEC que tramita na Câmara, pode 'aumentar a informalidade e a desigualdade entre grandes redes e pequenos lojistas', afirma a Ablos
Quem já está no mercado de e-commerce há algum tempo provavelmente já está familiarizado com o conceito de marketplace. Lidar com conexões de sellers, matches, buyboxes e comissões é uma ideia que atrai e espanta muitos gestores de e-commerce
Para saber de forma segura se houve desconto de mensalidade associativa no seu contracheque, verifique diretamente pelo Meu INSS
Banco do Brasil e Fespsp são coparticipantes da capacitação gratuita, que tem como público-alvo os agentes públicos dos estados e municípios
Pesquisa do Campo Grande News revela que 52% dos leitores preferem contratar um contador para declarar o Imposto de Renda 2025
Brasil suspende exportações de carne de aves para 20 países. Não há restrição de consumo, dizem entidades
O valor cobrado por um profissional para preencher a declaração gira em torno de R$ 250 a R$ 450. Mas, dependendo do perfil do contribuinte, o serviço pode facilmente superar a casa dos R$ 10.000
Caso embargos de exportação permaneçam por 60 dias, mais de 400 mil toneladas do produto terão de ser consumidas no mercado interno no período
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade