Funcionalidade será disponibilizada nacionalmente pelo Banco Central a partir de 16 de junho
Notícia
Será que vale a pena sempre dar desconto em vendas a dinheiro?
Depende. Em primeiro lugar, o comerciante deve conhecer e calcular todos os custos envolvidos nas vendas realizadas em cada meio de pagamento
01/01/1970 00:00:00
Foi sancionada nesta semana a lei que permite a cobrança de preços diferenciados de acordo com o meio de pagamento, uma antiga demanda do comércio.
Mas será que sempre vale a pena dar descontos para pagamentos em dinheiro? Como sempre, quando se trata de economia e negócios, a resposta é: depende.
Primeiramente, é preciso conhecer e calcular todos os custos envolvidos nas vendas realizadas em cada meio de pagamento.
Nas vendas no cartão de débito, por exemplo, além dos custos fixos com o aluguel da maquininha, o estabelecimento paga para a credenciadora um percentual sobre o valor de cada venda, chamado de taxa de desconto.
De acordo com os últimos dados do Banco Central (BC), no último trimestre de 2015 a taxa média de desconto para transações com cartão de débito era de 1,5%. A taxa, porém, varia de acordo com o perfil do estabelecimento e da credenciadora.
Nas vendas no cartão de crédito, além dos custos fixos com o aluguel da maquininha e da taxa de desconto, que é mais alta do que a do débito (2,5%, em média, de acordo com dados do BC do quarto trimestre de 2015), há o custo decorrente do maior prazo para o recebimento das vendas (30 dias, em média).
A taxa de juros representa o custo do dinheiro no tempo. Os valores que o estabelecimento recebe somente após 30 dias poderiam ser aplicados no mercado financeiro, por exemplo, rendendo juros (0,6% ao mês se considerarmos uma aplicação com retorno de 100% da Selic e imposto de renda de 22,5%).
Caso o estabelecimento opte por receber antecipadamente estes valores, em uma operação conhecida como antecipação de recebíveis, ele pagará uma taxa de juros (de 2,2% ao mês, em média, de acordo com dados de abril do BC).
Além disso, as taxas pagas pelos lojistas nas vendas parceladas sem juros costumam ser mais elevadas (cerca de 3,1% em 2015, segundo estimativas elaboradas a partir de dados do Bacen e da Abecs), bem como o prazo de recebimento.
Já as vendas pagas em dinheiro não têm custo, certo? É aí que muitos se enganam. Ao contrário do que sugere o senso comum, há pelo menos três diferentes custos relacionados às vendas em dinheiro.
O primeiro advém das perdas relacionadas a roubos e fraudes – no caso das vendas no cartão, os valores são garantidos pela administradora e depositados diretamente na conta bancária do estabelecimento.
Além disso, conforme ensina o bordão, tempo é dinheiro. Vendas pagas em dinheiro podem demandar idas ao banco para a realização de depósitos e busca de troco, ou seja, tempo que poderia ser utilizado para alavancar o faturamento do estabelecimento ou mesmo para o lazer do lojista.
Atividades como contagem, recontagem e armazenagem e itens de segurança, como cofres e transporte de valor, também geram custos que precisam ser considerados.
No mais, é preciso estar atento ao fato de que o aluguel da maquininha é um custo fixo.
Caso o estabelecimento opte por aceitar cartões, ele terá esse custo independentemente do volume de vendas realizado nos meios eletrônicos. Assim, o custo do aluguel não deve ser considerado no cálculo dos descontos.
Vale ressaltar, por fim, que, especialmente nas grandes cidades, onde é cada vez maior o volume de pagamento com cartão e o hábito de sacar dinheiro é cada vez menos frequente entre a população, não aceitar cartão pode significar perder vendas.
SIMULAÇÃO
Imaginemos uma microempresa que fature R$ 360 mil por ano (o equivalente a R$ 30 mil por mês ou cerca de R$ 7,5 mil por semana ou, ainda, R$ 1,5 mil por dia útil, considerando um mês de 20 dias úteis).
Digamos que ela pague 2% sobre cada venda no cartão de débito, 5% sobre cada venda no cartão de crédito e antecipe 100% dos recebíveis das vendas no cartão de crédito (apenas vendas em uma única parcela) a uma taxa de juros de 3%.
Além disso, suponhamos que este estabelecimento realize um terço das vendas no cartão de crédito, um terço no cartão de débito e um terço no dinheiro.
Por mês, o custo variável das vendas com cartão seria de R$ 1 mil (ou R$ 12 mil por ano, o que representa 3,3% do faturamento anual do estabelecimento).
De maneira geral, o senso comum sugeriria dar desconto de até 8% nas vendas em dinheiro e 6% nas vendas realizadas no cartão de débito.
Caso o estabelecimento passe a realizar todas as vendas no dinheiro, por exemplo, mas seja assaltado no final de um dia útil, após ter faturado R$ 1,5 mil, a perda para o estabelecimento será superior ao que seria o custo variável das vendas no cartão de um mês inteiro (R$ 1 mil).
Além disso, se tivesse sido mantido o padrão de vendas anterior (um terço em cada meio de pagamento), apenas R$ 500 em dinheiro estariam na loja para serem roubados.
Sabemos que, infelizmente, segurança pública é um dos graves problemas do país. Dependendo da localização e do histórico de assaltos do estabelecimento, alguma probabilidade de perda por roubo deveria ser considerada no cálculo dos descontos para vendas em dinheiro – e não apenas os custos diretamente relacionados às vendas no cartão.
Da mesma forma, custos decorrentes do maior fluxo de dinheiro no estabelecimento, como os associados a armazenagem e transporte de valor, também deveriam ser levados em conta.
Notícias Técnicas
Garantido pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), ele assegura o pagamento mensal de um salário mínimo a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que comprovem situação de vulnerabilidade econômica
O governo federal deve encampar um projeto de lei complementar que prevê um corte de 10% em benefícios tributários como principal medida para substituir o aumento do IOF
Banco Central prevê novas ferramentas e atualizações ligadas ao sistema de pagamentos instantâneos para os próximos meses, incluindo uma versão mais abrangente do sistema que permite devolução de dinheiro para clientes vítimas de golpes
Em 2025, o salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518. Este reajuste, de 7,5%, superou a inflação do período, mas ainda ficou aquém do que poderia ter sido aplicado devido às restrições orçamentárias estabelecidas no final de 2024
As empresas têm até o fim de maio para exigir dos trabalhadores que desejam manter o benefício do salário-família o documento que comprova a frequência escolar dos filhos
Consulta obriga empresas a quitar IRPJ e CSLL após homologação do plano, causando polêmica entre especialistas
Entenda como a correta apuração da depreciação contábil pode ser uma estratégia de planejamento tributário para empresas do Lucro Real, reduzindo IRPJ e CSLL. Saiba sobre laudos técnicos e depreciação acelerada
Congresso ameaçou derrubar o aumento do IOF, o que fez o governo buscar alternativas para aumentar a receita. Decisão sobre medidas para compensar o IOF deve ser anunciado no domingo
O que antes era entendido como uma exigência técnica ou uma formalidade administrativa, passou agora a ter função essencial no atendimento das normas fiscais e na demonstração da regularidade tributária
Notícias Empresariais
Antes de começar a olhar para as candidaturas, defina as competências técnicas e comportamentais essenciais para o cargo. Isso inclui formação acadêmica, experiência prévia, habilidades específicas e até o fit cultural com a empresa.
Partido Liberal acionou o STF para suspender os efeitos do decreto que promoveu mudanças nas regras do IOF
O processo é diferente da portabilidade já aprovada, que está valendo desde 16 de maio, de uma linha de crédito diferente (CDC, cheque especial ou cartão de crédito, por exemplo) para o crédito consignado. Desde março, trabalhadores podem buscar crédito.
O Fórum Empresarial do BRICS reúne mais de 1.000 líderes empresariais, autoridades governamentais, organizações internacionais e especialistas dos países do BRICS, além de nações convidadas, para promover a cooperação econômica, o comércio internacional e o desenvolvimento sustentável
A Caixa Econômica Federal está ampliando o acesso ao crédito com uma nova linha de financiamento disponibilizada diretamente pelo aplicativo Caixa Tem.
O Pix Automático permite o pagamento recorrente de contas (água, luz, plano de saúde e até streamings) e ficará disponível em 16 de junho
Edital da PGFN permite parcelamento facilitado e redução de encargos legais para débitos inscritos até março de 2025
O estudo foi feito nos seis últimos meses de 2024. Nesse período, a Anbima mapeou 170 novos influenciadores, uma alta de 30% ante o semestre anterior e de quase 39% ante um ano antes. Cada postagem desses influenciadores tem, em média, 2,9 mil interações. Essa média cresceu 21% em seis meses e 62% em um ano
A nova modalidade vai estar disponível sem nenhum custo adicional a partir de 16 de junho
Especialistas explicam por que misturar as contas pode gerar confusão patrimonial, prejudicar a saúde financeira do negócio e até causar desenquadramento do MEI
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade