Informações são essenciais para garantir o pagamento do Abono Salarial e subsidiar estatísticas oficiais sobre o mercado de trabalho; envio fora do prazo pode gerar multas
Notícia
A realidade brasileira sobre as taxas de juro e investimentos
Os investimentos no Brasil, comparados ao exterior, são extremamente baixos, atuando como entrave para o empreendedorismo. Será que existe solução para isso?
01/01/1970 00:00:00
Nos últimos anos, uma nova geração de negócios de alto potencial começaram a se desenvolver no Brasil: as chamadas startups, empresas que têm como meta um rápido crescimento, baseadas na cultura da inovação, gerando grande valor agregado para a economia e empregos altamente qualificados.
Esse fenômeno é devido, entre outros fatores, à ampliação dos investimentos nesse tipo de negócio, tendo sido estimulados pela redução do custo do capital, mais especificamente das taxas de juros, na primeira década deste século. Você sabe para onde estão indo todos esse juros?
Considerando que capital é o combustível para acelerar o desenvolvimento das startups, quando esse insumo tem custo muito elevado, o resultado é, no mínimo, a redução do seu ritmo de expansão de mercado e consequente alongamento da curva de crescimento. Poderíamos concluir que isso não seria tão prejudicial se a consequência fosse apenas essa, mas a velocidade de conquista de mercado é um fator de competitividade cada vez mais relevante.
Devido a globalização, as inovações e vantagens competitivas são rapidamente imitadas e, muitas vezes, superadas por novos players do mercado, fazendo-se necessário que o pioneiro domine o mercado antes que outros tenham oportunidade de copiá-lo.
Existem, atualmente, vários casos de referência internacionais de startups que, por meio de investimentos massivos, muitas vezes chegando a cifras de bilhões de dólares, atingiram escala global em poucos anos, tonando-se líderes dominantes do seu setor. Um exemplo recente é o polemico Uber, capitalizado com mais de US$ 9 bilhões, em pouco mais de 5 anos de existência, atuando em 58 países.
Outro caso similar é o Airbnb. Ao receber umo investimentos de mais de US$ 2 bilhões, a marca já está em mais de 190 países. Tudo isso só foi possível pelo fato do custo do capital nos EUA ter um dos patamares mais baixos do mundo, induzindo os investidores a aplicarem grandes somas em empresas com potencial de proporcionar um melhor retorno do que títulos de renda fixa e outros investimentos similares.
Do ponto de vista financeiro, lembrando que o retorno médio de investimentos em empresas é da ordem de 10% ao ano, quando comparamos as taxas de investimento estrangeiro com as atuais taxas de juros brasileiras, verificamos que, pela ótica do investidor, não faz sentido aplicar seu capital na chamada “economia real” e ainda mais no caso das startup que, mesmo tendo potencial de proporcionar retornos maiores, possuem um risco bem superior as empresas tradicionais.
Pelo lado do empreendedor, a conta é ainda mais difícil, pois além dele próprio ter a possibilidade de alocar os eventuais lucros do seu negócio em títulos de renda fixa em vez de reinvestir no próprio negócio, se necessitar tomar recursos junto ao mercado financeiro, sua empresa torna-se praticamente inviável, sendo quase que uma sentença de morte.
Ao mesmo tempo que sabemos que a questão da taxa de juros depende de diversos fatores conjunturais, os quais demandarão um tempo significativo para serem reduzidos, as startups podem ser importantes atores para a recuperação econômica no curto prazo e, o mais relevante: como elementos de sustentabilidade no médio e longo prazo, fazem necessárias medidas urgentes para estimular o investimento nas mesmas. E o melhor mecanismo para isso é a concessão de incentivos fiscais para os investidores dessas empresas.
Importante destacar que isso não representaria renúncia fiscal, pois o capital aplicado imediatamente gera impostos que não são arrecadados quando esse mesmo recurso está investido em títulos de renda fixa. Ou seja, na prática, esse estímulo compensaria o custo do capital atual e elevaria a geração de tributos tanto no curto quanto, principalmente, no longo prazo.
Exemplificando: se fosse permitido o abatimento de 35% do capital aplicado no imposto de renda dos investidores, lembrando que a carga tributária atual está acima desse patamar, somente pelos impostos recolhidos na utilização desse capital pela empresa, na folha de pagamentos dos novos empregos que seriam gerados, bem como na aquisição de equipamentos e contratação de serviços, já haveria mais do que a compensação desse incentivo, isso sem contar com os impostos gerados pelo faturamento que a empresa terá futuramente.
É importante reiterar que esses incentivos, além de não representarem perda de arrecadação tributária conforme demonstrado acima, têm como único objetivo estimular a economia, uma vez que, para o investidor, qualquer ganho efetivo só virá se a empresa for muito bem sucedida e após vários anos de seu capital retido.
Esse mecanismo é tão importante que as principais economias do mundo, como os EUA, Inglaterra, França e Israel já o adotaram há vários anos, chegando em alguns casos a conceder incentivos de até 100% do capital aplicado, como no caso de Israel. As startups são tão importantes para o país que ele é chamado de “Startup Nation”, despontando com um dos líderes mundiais do setor de alta tecnologia.
No mundo globalizado que vivemos atualmente, diante da concorrência dos estímulos, como os exemplos citados anteriormente, hoje o Brasil, além de estar muito defasado, perde a cada dia mais talentos que buscam ambientes mais propícios para criação de seus negócios inovadores, bem como investidores que, facilmente, conseguem alocar seus recursos onde têm maior perspectiva de retorno.
Assim, é essencial que atuemos de forma competitiva globalmente. Para ilustrar essa realidade, basta lembrar do caso do empreendedor Eduardo Saverin, brasileiro que emigrou para os EUA, tendo cofundado o Facebook. Agora, como investidor multibilionário, passou a residir em Singapura, um dos países como maiores estímulos para investidores.
Enfim, não adianta mais pensarmos somente nas necessidades de curto prazo, comprometendo nosso futuro; É essencial que passemos a inserir o Brasil definitivamente nas novas fronteiras da economia global que estão sendo criadas pelas startups e scaleups.
Notícias Técnicas
Informações devem ser prestadas por meio do Portal e-CAC, conforme determina o Convênio ICMS 134/16; descumprimento pode gerar penalidades
A entrega do DCP é obrigatória para manter o direito ao crédito presumido do IPI, que reduz a carga tributária sobre insumos usados na produção para exportação.
Mudanças decorrem da nova norma IFRS 18 e seguem agora para avaliação do CFC e CVM.
Objetivo da medida é ampliar a segurança dos mais de 169 milhões de usuários do GOV.BR
Relatório destaca avanços na fiscalização e simplificação tributária
Erros operacionais e falhas de comunicação estão entre os principais fatores que comprometem a eficiência nas rotinas contábeis, segundo especialista
A definição da exportação de serviços para isenção do ISS gera debates intensos, especialmente em serviços de intermediação internacional e consumo no exterior
Alterações na NR-1 exigem que empresas gerenciem riscos psicossociais, promovendo saúde mental no trabalho e alinhando-se a normas de ESG e bem-estar
O Plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira a isenção do IRPF para quem recebe até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 3.036
Notícias Empresariais
Mais do que técnica, os empreendedores que deixam marcas no mundo são aqueles que cultivam hábitos mentais alinhados com o futuro que desejam criar
Por que a saúde mental precisa estar no centro das estratégias corporativas de bem-estar
Especialista alerta: omissão na escolha ou no controle de terceirizadas pode gerar danos milionários e crise de imagem
Somente no mês de junho foram mais de 106 mil pessoas contratadas, 64% das carteiras assinadas foram em microempresas e empresas de pequeno porte
Estudo mostra que consumidores e empresas já obtiveram uma economia de R$ 107 bilhões desde a criação do Pix, em 2020
Reação do Congresso e mercado apontam para possíveis impactos negativos na economia
O Drex, será lançado em 2026 em uma versão simplificada, sem tokenização e sem a tecnologia blockchain.
Crédito emergencial visa auxiliar empresas brasileiras que exportam para os EUA, frente à nova taxação.
Pesquisa encomendada por Abrasca e FPE mostra que regra atual atrai investimentos e não reduz arrecadação; governo quer taxar lucros para compensar isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
Se você percebeu um valor diferente no seu FGTS, saiba o que pode ter acontecido, como verificar o lucro do FGTS e como consultar o saldo atualizado.
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade