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A empresa está inadimplente? Então pare e planeje
Estas são as orientações para quem quer tirar as contas da empresa do vermelho. Mais um “p” que pode ajudar é a pesquisa para reduzir custos
01/01/1970 00:00:00
A combinação de inflação resistente, juros altos e crédito restrito exerce uma pressão forte sobre o caixa das pequenas empresas.
E se, com tudo isso, elas estiverem vendendo menos e operando sem planejamento financeiro, facilmente caem na espiral da inadimplência – o atraso no pagamento de contas superior a 90 dias.
O cenário para este ano não é favorável, principalmente com o consumo desaquecido e a possibilidade de aumento de impostos.
É hora de apertar o cinto e, neste momento, especialistas recomendam que o pequeno empresário pare e faça um planejamento financeiro para quitar os débitos. Quem está no azul deve fazer o mesmo com o objetivo de evitar esse tipo de dificuldade.
Além disso, é preciso ter paciência para pesquisar as melhores alternativas de negociação de forma a evitar os juros altos, que transformam a dívida em uma bola de neve. Ou seja, quanto mais rola, maior fica.
A inadimplência das empresas no período acumulado de janeiro a novembro foi de 6,1% em 2014, bem superior ao percentual de 2,5% de dezembro registrado em 2013, ou mesmo ao de novembro do ano retrasado, de 1,9%, de acordo com dados da Serasa Experian.
Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, explica que 95% dos registros de dívidas em atraso que formam o indicador de inadimplência de pessoa jurídica são de micro e pequenas empresas.
Segundo Rabi, quando o empresário entra em dificuldades para honrar os compromissos financeiros, primeiramente deixa de pagar prestadores de serviços ou fornecedores pouco estratégicos para a atividade dele.
“Quando começa a dever para bancos e fornecedores essenciais ao negócio, geralmente a empresa está em uma situação bem complicada, porque fica sem crédito”, afirma.
Apesar de ainda não ter o número da inadimplência das empresas em dezembro, o economista aponta que o resultado de 2014 não deve ser muito diferente do apurado até novembro.
“Tudo indica que a inadimplência das empresas deve encerrar o ano em patamar próximo a do consumidor, que em dezembro do ano passado ficou em 6,3%”, diz Rabi.
E uma coisa está ligada à outra. Quando o consumidor começa a atrasar pagamentos, as pequenas empresas entram no jogo e deixam de receber. Consequentemente, passam a ter problemas para também honrar seus compromissos financeiros.
Dados da Boa Vista Serviços SCPC mostram que a inadimplência do consumidor subiu 2,3% no ano passado e, neste ano, pode chegar a 3%.
No ano passado, o percentual de consumidores que renegociaram e pagaram dívidas, e desta forma saíram do registro de inadimplentes, caiu 3% em relação a 2013, o pior resultado da série histórica anual da Boa Vista Serviços SCPC, iniciada em 2006.
De acordo com a empresa, os fatores que pesaram para este indicador foram o menor ritmo de concessão de crédito e a estabilidade da inadimplência.
Joseph Couri, presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), lembra que, em novembro, 39% de empresas desse perfil, de 308 pesquisadas pela entidade, sofreram calote.
Deste universo, 32% deixaram de receber até 30% do faturamento. Por outro lado, 24% das pequenas indústrias ficaram inadimplentes, deixando de pagar, principalmente, impostos (18%), despesas (15%), bancos e financeiras (10%) e fornecedores (9%).
“Essa resposta é múltipla. A mesma empresa pode ter deixado de pagar mais de uma alternativa”, afirma Couri.
A pesquisa mostra que 18% das pequenas empresas tomaram empréstimos, das quais 11% para quitar dívidas e pagar despesas. Quando obtiveram financiamentos em bancos acessaram, principalmente, o empréstimo pessoal e o cheque especial.
O presidente do Simpi afirma que a estratégia de sobrevivência dependerá de cada caso.
“Vale olhar para os custos. Se a empresa está em um imóvel de mil metros quadrados e encontra outro do mesmo tamanho, pela metade do preço, deve ir. Será preciso cortar gastos e rever os prazos, diminuindo o de recebimento de clientes e alongando o de pagamento com fornecedores”, afirma.
PLANEJAMENTO É A CHAVE
Para Fernando Cosenza, diretor da Boa Vista SCPC, a percepção é a de que as empresas que estão em situação de inadimplência enfrentam um problema semelhante ao dos consumidores: a falta de planejamento.
O primeiro motivo para a pessoa física ficar inadimplente é o desemprego, seguido pelo descontrole financeiro.
"Mas em ambas as situações, que são sintomáticas, a causa é a falta de planejamento, ou seja, a boa gestão de receitas e despesas, considerando uma poupança para imprevistos”, afirma.
Cosenza diz que quem tem uma poupança para emergências não fica inadimplente se tiver de comprar uma geladeira inesperadamente, para substituir a que quebrou, ou se perder o emprego.
Nas empresas, a falta de planejamento financeiro pode ser ilustrada pelo uso de linhas de crédito com limite pré-aprovado, como o cheque especial e o cartão de crédito, para fazer capital de giro ou mesmo pagar despesas fixas.
“Para acessar esses créditos não necessita preencher formulários e esperar uma resposta do banco. É um recurso prático de ser usado e, por ser fácil, tem maior custo”, diz.
O empreendedor que não tem tempo, reforça o diretor da Boa Vista, tem de fazer um esforço para planejar a utilização de linhas de menor custo, mesmo que a aprovação do banco demore um pouco.
Além disso, é preciso avaliar o prazo de pagamento e o valor das parcelas de um empréstimo para adequá-las ao fluxo de caixa.
Cosenza diz que o cartão de crédito e o cheque especial devem ser as últimas alternativas de crédito a serem consideradas, não só pelas empresas mas também pelas pessoas físicas. No caso do cartão, a melhor utilização implica pagamento da fatura à vista.
Segundo dados do Banco Central, a inadimplência das empresas com todas as linhas de financiamento que não contam com subsídios do governo (com recursos livres) foi de 3,5% em novembro.
Mas a inadimplência das empresas nas despesas com cartão de crédito foi de 43,5%, considerando as operações no rotativo (pagamento mínimo), parcelamentos com juros e saques.
Em outras palavras, as empresas respondiam por 43,5% do saldo de débitos em aberto de cartões em novembro. “O número assusta, mas é elevado por causa do alto peso dos juros nessa modalidade”, comenta Rabi, da Serasa.
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