O acesso pelo link do endereço anterior foi desativado
Notícia
Brasileiro põe o pé no freio do crédito
A decisão vai encarecer as compras a prazo, mas já tem o sinal verde de Dilma, surpreendida com o repique da inflação no fim do ano passado.
01/01/1970 00:00:00
A maioria dos analistas aposta que o Banco Central deve elevar hoje a Selic para 10,5% ao ano. A decisão vai encarecer as compras a prazo, mas já tem o sinal verde de Dilma, surpreendida com o repique da inflação no fim do ano passado.
O consumidor pode ir se preparando. Com a inflação sem dar sossego aos brasileiros, o Banco Central (BC) deverá subir novamente, hoje, os juros básicos da economia. A aposta majoritária do mercado financeiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom), um colegiado de diretores da instituição, eleve a Selic em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano. Será a sétima alta consecutiva em menos de um ano. Em abril de 2013, a taxa básica atingiu a mínima histórica, 7,25%, mas não parou de aumentar desde então.
Para quem já está com o orçamento doméstico apertado, a escalada dos juros representa uma dificuldade a mais na hora de negociar um empréstimo com o gerente do banco ou conseguir desconto ao comprar algum item no crediário. Mais do que isso. Com o crédito mais caro e escasso, a tendência é que o consumo esfrie. Com menos trabalhadores indo às compras, circulará menos dinheiro na economia, o que afetará, em algum momento, o mercado de trabalho e, posteriormente, a renda das famílias.
“O efeito psicológico já levará o consumidor a colocar o pé no freio”, explicou o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). “O trabalhador pode não entender como funciona a alta dos juros, mas lê nos jornais que esse processo provoca desaceleração econômica e corrói a renda. Então, para se precaver de uma possível demissão, ele começa a postergar as compras menos essenciais no dia a dia”, observou.
Alerta
Desde que o BC começou o atual ciclo de alta da Selic, as elevações foram quase todas de 0,5 ponto percentual, à exceção da primeira, em abril, de 0,25 ponto. Até a semana passada, o consenso no mercado financeiro era de que o BC fosse reduzir o ritmo, por considerar que o ajuste promovido em 2013 já seria suficiente para frear os aumentos dos preços de produtos e serviços. Agora, passou a predominar a avaliação de que a dose mais alta será mantida, embora alguns analistas ainda mantenham a previsão de 0,25 ponto.
“O que mudou o quadro foi uma inflação alta demais no fim do ano passado, que ninguém esperava, muito menos o governo”, disse um técnico da equipe econômica. Em dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve um salto de 0,92%. O resultado veio acima até das previsões mais pessimistas, que apontavam para uma taxa de, no máximo, 0,89%.
O número acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto. A presidente deu carta branca ao BC para levar a Selic até onde achar que deve. O recado foi claro: o importante é manter a inflação em rédea curta. A avaliação do staff da presidente é de que a alta dos preços e o desemprego são os dois fatores que podem tirar votos de Dilma na eleição de outubro. Em 2013, o IPCA fechou em 5,91%, rasgando a promessa do governo de trazer o índice para baixo dos 5,84% de 2012.
O grande problema é o efeito colateral dos juros altos no crescimento do país. Além de esfriar o consumo, eles tornam mais atraentes as aplicações financeiras. “Se um empresário percebe que, no mercado financeiro, pode ter retorno maior do que investindo na ampliação de uma fábrica, certamente ele vai preferir a primeira opção, até porque o ganho, descontado os impostos, é certo. Já o investimento numa fábrica depende de haver demanda para o que ele vai produzir”, ensina o professor Silvio Paixão, da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi).
Poupança
A alta dos juros tende a ampliar a rentabilidade das aplicações que acompanham a Selic, como os fundos de investimento. A melhora, no entanto, não deve ser suficiente para reduzir a atratividade da caderneta de poupança. Um comparativo feito pela Anefac mostra que os fundos só ganham da poupança quando oferecem taxas de administração inferiores a 1,5%. Com um detalhe: apenas quando o prazo de resgate é superior a dois anos. “Em todos os outros casos, a poupança segue imbatível em termos de rentabilidade para o pequeno investidor”, disse Miguel Oliveira, da Anefac.
Essa vantagem tende a diminuir caso o BC continue elevando os juros básicos, hipótese já esperada pelo mercado. Antecipando a alta de 0,5 ponto na reunião de hoje do Copom, os juros futuros fecharam ontem novamente em alta, negociados a 10,76% para contratos com vencimento em janeiro de 2015. “Isso quer dizer que o juro esperado para daqui um ano pelo mercado financeiro é de 11%”, explicou o economista Antonio Madeira, da LCA Consultores.
» Excesso de gastos
Para o ex-diretor do BC Keyler Carvalho Rocha, professor da Universidade de São Paulo (USP), a exigência do mercado por prêmios mais altos de juros forçará a equipe econômica a mostrar um comprometimento maior no combate à carestia. “Inflação alta não é um problema exclusivo do BC. A melhor forma de o governo Dilma mostrar empenho em levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, é cortar despesas e fazer uma política fiscal realmente austera. Até agora, tudo o que foi feito foi postergar gastos e antecipar receitas, para dar a impressão de que as metas fiscais foram cumpridas”, disse.
clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2014/1/15/brasileiro-poe-o-pe-no-freio-do-credito
Notícias Técnicas
A ausência de justificativa pode acarretar diversas sanções, incluindo a baixa do registro do profissional
Novidade este ano é o serviço web que dispensa o download do programa gerador. Expectativa é de mais de 6 milhões de envios até a data final, dia 30 de setembro
STF tomou uma decisão que impacta diretamente o planejamento fiscal das empresas que questionavam a cobrança de impostos, com base na regra da anterioridade
Descubra os 6 principais erros de marketing que podem afetar a sua empresa contábil e como corrigi-los. Aprenda a atrair mais clientes e aumentar seus resultados financeiros
Transição para o novo modelo de CBS e IBS impõe ajustes contratuais e exige atenção à preservação da função econômica dos contratos de longo prazo
Deve-se excluir apenas o ICMS-ST destacado na nota ou todo o ICMS presumido calculado sobre a base de substituição tributária
A escala 24×48 e a CLT exigem atenção a regras sobre jornada, acordo coletivo e controle de ponto. Saiba como evitar problemas trabalhistas
A promulgação da Emenda Constitucional n.132/2023 e sua subsequente regulamentação, materializada na hipotética Lei Complementar n.214/2025
Planejamento contábil e financeiro podem ser a chave para a sobrevivência em tempos de crise
Notícias Empresariais
Negociar não é sobre vencer é sobre encontrar um caminho que atenda aos interesses de todos
Aprenda a ajustar suas metas com base na realidade e não em expectativas irreais
Integração entre Recursos Humanos e Tecnologia da Informação é essencial para eficiência, segurança e produtividade nas empresas
Desde 2020, tempo gasto em reuniões online cresceu 252% e empresas agora recorrem à inteligência artificial para otimizar a rotina e reduzir a sobrecarga
O corte de juros é esperado, mas a velocidade desta redução poderá ser impactada com maiores gastos no ano eleitoral, o que pode pressionar a inflação
A busca por crédito mais justo e acessível é crescente, mas desafios persistem. Saiba mais
Em um mundo cada vez mais conectado, comparar modelos de empreendedorismo entre países não é apenas um exercício acadêmico é uma oportunidade real de aprendizado e evolução
Inteligência Artificial é apontada como solução para 2025
Acredita Exportação vai devolver até 3% da receita obtida com exportações para as MPEs por meio de compensação ou ressarcimento direto de tributos federais pagos ao longo da cadeia produtiva
Ações serão ajustadas conforme o impacto em cada setor, priorizando produtos perecíveis
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade