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Fracasso não pode desestimular o empreendedor, afirmam especialistas
Erro na gestão dos negócios é visto como etapa de aprendizado e ajuda a tornar o empresários mais resiliente
01/01/1970 00:00:00
Abrir um negócio, acreditar em uma ideia e fracassar. Apesar da situação difícil, isso não pode servir como motivo para o empreendedor desistir. Pelo contrário, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão PME, a experiência serve para o empresário repensar o negócio e tentar de novo.
De acordo com a última pesquisa do Sebrae sobre o tema, 73% das empresas do País sobrevivem depois de dois anos de vida. O levantamento, feito em 2006 e divulgado no ano passado, avaliou negócios em todo Brasil. Para o professor de administração da USP, Sílvio Aparecido, o dado é animador e revela uma taxa semelhante a dos Estados Unidos, onde a cultura empreendedora existe há décadas.
Por outro lado, especialistas afirmam que as dificuldades no planejamento financeiro são os principais problemas das micro e pequenas empresas no Brasil. Esta deficiência responde por pelo menos cinco em cada 10 falências registradas, segundo Marcos Hashimoto, professor de administração da ESPM.
Mas, depois de falir, fica a questão: fracassar no primeiro negócio é motivo para deixar de empreender? O Estadão PME ouviu a opinião de cinco especialistas e aponta as respostas.
:: Geraldo Borin (PUC-SP) ::
Para o professor de administração da PUC de São Paulo, o ideal é fazer tudo para evitar a falência. Para isso, recomenda-se a realização de um plano de negócios. O plano não garante que o negócio vai ser bem sucedido, mas é possível avaliar a viabilidade da empresa e se o retorno esperado pode ocorrer.
De acordo com Borin, fracassar na primeira tentativa não pode esmorecer o empreendedor. Empresários bem sucedidos também demoram para alcançar o sucesso nos negócios. "Muitos passaram por percalços e dificuldades, mas nada como a prática para ir depurando o planejamento", diz. "Essa prática acaba sendo uma grande lição de vida. O empreendedor que tenta de novo começa um negócio na frente porque tem experiência. Ele deve continuar", complementa.
:: Marcelo Nakagawa (Insper) ::
Nos Estados unidos, quebrar e continuar tentando é bem visto pelo mercado. Segundo o professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, no mercado norte-americano há empresas que contratam empreendedores que quebraram por conta da experiência que eles têm. "Falir, no Brasil, é como se fosse uma falha", diz. "Acredito que aquele que tem a ideia de empreender não desiste. Uma vez empreendedor, sempre empreendedor. A pessoa que tem a convicção não para", finaliza Nakagawa.
:: Luiz Barreto (Sebrae) ::
"Fracassar não é razão para desistir", diz o presidente do Sebrae Nacional. De acordo com Barreto, o fracasso não pode ser um fator desestimulador. Para ele, a cultura do aprendizado deve ser mais incentivada no Brasil, assim como é nos Estados Unidos. "Empreender envolve risco, principalmente nos dois primeiros anos, que são os mais críticos. A experiência adquirida serve como aprendizado. O importante é o empreendedor compreender que investir em gestão empresarial é prioridade para começar bem", diz.
De acordo com Barreto, o mercado está mais competitivo e exigente do que há algumas décadas e o empreendedor pode abrir mão do planejamento. "É preciso pensar em soluções para garantir a sustentabilidade do negócio", analisa.
:: Marcos Hashimoto (ESPM) ::
"Aquele que vai à falência e desiste não é empreendedor", diz o professor do curso de administração da ESPM. De acordo com o especialista, o empreendedor verdadeiro sabe que quebrar faz parte do jogo e é só mais uma etapa do negócio.
"O que acontece de pessoas quebrarem e depois desistirem é porque não tinham convicção na ideia. A falência pode ocorrer por vários motivos: inexperiência, falta de conhecimento e de contatos", exemplifica. "Quem quebra acreditando na ideia tende a levantar, sacudir a poeira e voltar. Se ele desiste não é pela frustração de ter cometido erros", diferencia.
Já o outro perfil de empreendedor analisado por Marcos Nakagawa desiste porque a convicção não era suficiente para dar a ele a característica típica do empreendedor: persistência. "O dono de um negócio tem de acreditar na ideia para cair e levantar de novo. Se não tem essa crença, ele vai sempre colocar a culpa no outro". O professor ainda analisa: "o empreendedor olha e fala: não deu certo, errei nisso, vamos ver como faço de novo. Às vezes ele até peca por excesso de otimismo na ideia", conclui.
:: Silvio Aparecido dos Santos (USP) ::
Para o professor de administração da USP, o histórico mostra que se o empreendedor realmente tem competência, ele não desiste. "Ser empreendedor é um aprendizado. O que o caracteriza é a necessidade típica de deixar um legado, necessidade de realizar algo do zero. Ele não é motivado fortemente por ganhar dinheiro ou pelo poder, mas de deixar esse legado", explica. "Há um estudo na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, FEA, a característica principal do empreendedor é a resiliência, ou seja, a capacidade de sobreviver e resistir ao fracasso", completa o professor.
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