Especialista avalia que quando a transição estiver completa em 2033 (incluindo a operação plena do split payment, já a partir de 2027), débitos e créditos tributários serão automatizados
Notícia
Caderneta ainda é boa opção
Para quem tem até R$ 30 mil para investir, poupança se mantém mais rentável do que fundos DI
01/01/1970 00:00:00
Acabou a vida fácil para o pequeno investidor. O governo mudou a remuneração da poupança para evitar que a caderneta se torne mais atrativa na comparação com outras aplicações conservadoras, como fundos DI, de renda fixa e CDBs. Ainda assim, com a tendência de juros em queda, somente quem tiver em torno de R$ 30 mil e puder deixar o dinheiro aplicado por mais tempo terá chance de obter ganho acima da tradicional poupança com a nova regra. Isso ocorre porque, nos fundos, com mais tempo de aplicação, paga-se menos Imposto de Renda (IR) e, com valor maior, consegue-se uma taxa de administração menor. Por isso, segundo especialistas, é hora de estudar opções para diversificar ou investir por prazo mais longo para sair ganhando.
Para quem aplica baixos valores ou tem objetivos de curto prazo - por exemplo, junta dinheiro para viajar no fim do ano -, a poupança será mais vantajosa na comparação com outras opções conservadoras. Quando a taxa básica de juros (Selic, hoje em 9%) chegar a 8,5% e a nova regra da caderneta passar a valer, aplicações de R$ 5 mil a R$ 10 mil serão mais vantajosas na poupança, mostram cálculos de Alexandre Espírito Santo, economista da Way Investimentos e professor do Ibmec/RJ. Isso porque, com esses valores, é difícil acessar fundos com taxas de administração menores.
Segundo dados da Associação Nacional das Entidades do Mercado (Anbima), fundos DI com R$ 5 mil de aplicação inicial cobram, em média, 2,07% de taxa. Somente quem tem de R$ 25 mil a R$ 50 mil para fazer a aplicação inicial consegue um fundo de taxa média de 1,05%.
Caderneta antiga pode ser destaque
Com essa taxa, um investimento de R$ 30 mil pode ser mais vantajoso num fundo DI do que numa poupança com a Selic a 8,5%. Mas só se o investidor deixar o dinheiro aplicado por dois anos. Nos cálculos de Espírito Santo, em dois anos na poupança, o investimento resultaria em R$ 33.816,21. Num fundo DI com taxa de 1,05% é possível conseguir R$ 33.919,80, ou R$ 103,59 a mais. Nesse caso, o IR faz diferença. Nos fundos, o tributo incide de acordo com uma tabela regressiva: quanto maior o tempo de aplicação, menor a alíquota. Já a caderneta é isenta de tributos - a nova regra não mudou esse ponto.
Apesar da perda na rentabilidade, o professor de finanças Marcos Heringer, do Ibmec/RJ, considera a mexida na poupança pelo governo um "ajuste técnico". Ao colocar a Selic como referência para todas as aplicações conservadoras, inclusive a poupança, fica garantida uma lógica de mercado simples: o investimento mais seguro oferece o menor retorno.
- Quem tem expectativa de uma rentabilidade maior terá que correr um risco maior - explica Heringer.
A máxima vale para novos investimentos. Como a mudança de regra não vale para novos depósitos na poupança, não é hora de sacar dinheiro da caderneta para investir em alguma modalidade com mais retorno e mais arriscada. Segundo o educador financeiro Mauro Calil, da consultoria Calil & Calil, quem tem uma poupança antiga pode ter o melhor rendimento na renda fixa em breve. Quanto mais baixa for a Selic, melhor será o retorno atual da caderneta (de 6,17% mais TR), na comparação com fundos e CDBs.
Já para os novos investimentos, será preciso pesquisar e fazer contas. Na lógica de mercado, além do risco e do retorno, o investidor deverá avaliar a liquidez: quem pode separar parte dos recursos para investir no longo prazo, sem mexer no dinheiro, conseguirá maior retorno. Nos grandes bancos de varejo, por exemplo, o retorno dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) é maior se o dinheiro ficar investido por prazo maior.
Na escala de risco, o investimento em ações está no topo. Para o economista Espírito Santo, da Way Investimentos, as mudanças na poupança e no cenário de investimentos pessoais, com todas as rentabilidades diminuindo, vêm num momento complexo. Por causa da crise internacional, é difícil olhar para a Bolsa como opção.
- É possível aproveitar para investir em algumas ações que estão baratas agora, mas com horizonte de longo prazo - recomenda Espírito Santo.
Optar pela Bolsa significa não só correr mais riscos, como também abrir mão de liquidez. O dinheiro aplicado em ações não pode ser necessário a qualquer momento, para ficar aplicado pelo tempo que for preciso para dar o retorno desejado.
Na escala de risco, antes de chegar às ações, há opções intermediárias. Além dos CDBs, que pagam melhor quando o dinheiro fica parado, há toda a indústria de fundos. Nesse caso, o primeiro passo é pesquisar taxas de administração. Nos cálculos do professor Bolivar Godinho, do Laboratório de Finanças (LabFin) da Fundação Instituto de Administração (FIA), da USP, com a Selic a 8,5%, para ganhar mais do que a poupança em fundos DI, o investidor deve pagar menos de 1,19% de taxa (na aplicação de um ano) ou menos de 1,4% (para dois anos). Com a Selic a 8%, os valores são respectivamente 1,12% e 1,33% - taxas nada fáceis de encontrar.
Ainda no universo dos fundos, é possível optar pelos multimercado, que aplicam não só em títulos públicos, mas também em ações e outros ativos. Para além deles, uma das opções mais citadas por especialistas é o Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos pela internet.
- O Tesouro Direto tem risco baixo e taxas mais atraentes do que as dos fundos - afirma Flávio Lemos, diretor da Trader Brasil Escola de Investidores.
Entre as opções mais sofisticadas, surgem Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Crédito Imobiliário (CRI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), além dos CDBs de bancos de menor porte, que geralmente oferecem retorno maior. Lemos recomenda LCIs como uma boa opção, pois não pagam IR e são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC, o mesmo que garante a poupança), mas esse tipo de investimento requer R$ 50 mil iniciais.
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