Com mais de 2,1 milhões de novas ações em 2024, empresas enfrentam riscos crescentes por falhas em escalas, jornadas e horas extras
Notícia
Caderneta ainda é boa opção
Para quem tem até R$ 30 mil para investir, poupança se mantém mais rentável do que fundos DI
01/01/1970 00:00:00
Acabou a vida fácil para o pequeno investidor. O governo mudou a remuneração da poupança para evitar que a caderneta se torne mais atrativa na comparação com outras aplicações conservadoras, como fundos DI, de renda fixa e CDBs. Ainda assim, com a tendência de juros em queda, somente quem tiver em torno de R$ 30 mil e puder deixar o dinheiro aplicado por mais tempo terá chance de obter ganho acima da tradicional poupança com a nova regra. Isso ocorre porque, nos fundos, com mais tempo de aplicação, paga-se menos Imposto de Renda (IR) e, com valor maior, consegue-se uma taxa de administração menor. Por isso, segundo especialistas, é hora de estudar opções para diversificar ou investir por prazo mais longo para sair ganhando.
Para quem aplica baixos valores ou tem objetivos de curto prazo - por exemplo, junta dinheiro para viajar no fim do ano -, a poupança será mais vantajosa na comparação com outras opções conservadoras. Quando a taxa básica de juros (Selic, hoje em 9%) chegar a 8,5% e a nova regra da caderneta passar a valer, aplicações de R$ 5 mil a R$ 10 mil serão mais vantajosas na poupança, mostram cálculos de Alexandre Espírito Santo, economista da Way Investimentos e professor do Ibmec/RJ. Isso porque, com esses valores, é difícil acessar fundos com taxas de administração menores.
Segundo dados da Associação Nacional das Entidades do Mercado (Anbima), fundos DI com R$ 5 mil de aplicação inicial cobram, em média, 2,07% de taxa. Somente quem tem de R$ 25 mil a R$ 50 mil para fazer a aplicação inicial consegue um fundo de taxa média de 1,05%.
Caderneta antiga pode ser destaque
Com essa taxa, um investimento de R$ 30 mil pode ser mais vantajoso num fundo DI do que numa poupança com a Selic a 8,5%. Mas só se o investidor deixar o dinheiro aplicado por dois anos. Nos cálculos de Espírito Santo, em dois anos na poupança, o investimento resultaria em R$ 33.816,21. Num fundo DI com taxa de 1,05% é possível conseguir R$ 33.919,80, ou R$ 103,59 a mais. Nesse caso, o IR faz diferença. Nos fundos, o tributo incide de acordo com uma tabela regressiva: quanto maior o tempo de aplicação, menor a alíquota. Já a caderneta é isenta de tributos - a nova regra não mudou esse ponto.
Apesar da perda na rentabilidade, o professor de finanças Marcos Heringer, do Ibmec/RJ, considera a mexida na poupança pelo governo um "ajuste técnico". Ao colocar a Selic como referência para todas as aplicações conservadoras, inclusive a poupança, fica garantida uma lógica de mercado simples: o investimento mais seguro oferece o menor retorno.
- Quem tem expectativa de uma rentabilidade maior terá que correr um risco maior - explica Heringer.
A máxima vale para novos investimentos. Como a mudança de regra não vale para novos depósitos na poupança, não é hora de sacar dinheiro da caderneta para investir em alguma modalidade com mais retorno e mais arriscada. Segundo o educador financeiro Mauro Calil, da consultoria Calil & Calil, quem tem uma poupança antiga pode ter o melhor rendimento na renda fixa em breve. Quanto mais baixa for a Selic, melhor será o retorno atual da caderneta (de 6,17% mais TR), na comparação com fundos e CDBs.
Já para os novos investimentos, será preciso pesquisar e fazer contas. Na lógica de mercado, além do risco e do retorno, o investidor deverá avaliar a liquidez: quem pode separar parte dos recursos para investir no longo prazo, sem mexer no dinheiro, conseguirá maior retorno. Nos grandes bancos de varejo, por exemplo, o retorno dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) é maior se o dinheiro ficar investido por prazo maior.
Na escala de risco, o investimento em ações está no topo. Para o economista Espírito Santo, da Way Investimentos, as mudanças na poupança e no cenário de investimentos pessoais, com todas as rentabilidades diminuindo, vêm num momento complexo. Por causa da crise internacional, é difícil olhar para a Bolsa como opção.
- É possível aproveitar para investir em algumas ações que estão baratas agora, mas com horizonte de longo prazo - recomenda Espírito Santo.
Optar pela Bolsa significa não só correr mais riscos, como também abrir mão de liquidez. O dinheiro aplicado em ações não pode ser necessário a qualquer momento, para ficar aplicado pelo tempo que for preciso para dar o retorno desejado.
Na escala de risco, antes de chegar às ações, há opções intermediárias. Além dos CDBs, que pagam melhor quando o dinheiro fica parado, há toda a indústria de fundos. Nesse caso, o primeiro passo é pesquisar taxas de administração. Nos cálculos do professor Bolivar Godinho, do Laboratório de Finanças (LabFin) da Fundação Instituto de Administração (FIA), da USP, com a Selic a 8,5%, para ganhar mais do que a poupança em fundos DI, o investidor deve pagar menos de 1,19% de taxa (na aplicação de um ano) ou menos de 1,4% (para dois anos). Com a Selic a 8%, os valores são respectivamente 1,12% e 1,33% - taxas nada fáceis de encontrar.
Ainda no universo dos fundos, é possível optar pelos multimercado, que aplicam não só em títulos públicos, mas também em ações e outros ativos. Para além deles, uma das opções mais citadas por especialistas é o Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos pela internet.
- O Tesouro Direto tem risco baixo e taxas mais atraentes do que as dos fundos - afirma Flávio Lemos, diretor da Trader Brasil Escola de Investidores.
Entre as opções mais sofisticadas, surgem Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Certificados de Crédito Imobiliário (CRI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), além dos CDBs de bancos de menor porte, que geralmente oferecem retorno maior. Lemos recomenda LCIs como uma boa opção, pois não pagam IR e são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC, o mesmo que garante a poupança), mas esse tipo de investimento requer R$ 50 mil iniciais.
Notícias Técnicas
Entenda a controvérsia sobre pedidos diretos de RIFs ao Coaf por polícias civis e MP sem decisão judicial: dados de 2024, argumentos opostos e disputas STF vs. STJ
Projeto continua em análise na Câmara dos Deputados
Confira os prazos e declarações fiscais que pessoas jurídicas e físicas devem cumprir nesta semana para evitar multas e manter a conformidade fiscal
O Conselho Federal de Contabilidade lançou, o Destinômetro – uma plataforma que apresenta, em tempo real, as doações feitas por pessoas físicas a dois importantes instrumentos de apoio social
O CFC convida todos os escritórios de contabilidade do País a participarem da Pesquisa Global de Informações sobre Sustentabilidade para Pequenas e Médias Empresas
Escritórios adotam marketing digital e novas tecnologias para ampliar carteira e se manter competitivos no mercado contábil atual
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou projeto que desobriga pequenos produtores rurais não inscritos no CNPJ
A Reforma Tributária, instituída pela Emenda Constitucional nº 132/2023, é considerada a mais profunda reestruturação do sistema tributário brasileiro nas últimas décadas
Pagamento de R$ 6 bilhões beneficia cerca de 774 mil trabalhadores demitidos que aderiram ao saque-aniversário; valores médios são de R$ 7,7 mil e serão creditados entre os dias 17 e 20 de junho
Notícias Empresariais
Nesta quarta-feira, 18, o Comitê Política Monetária anunciará sua nova decisão de política monetária. A maioria do mercado aposta em uma pausa no ciclo de aperto monetário
Como a Reforma Tributária Vai Transformar o Mercado de Aluguéis para Proprietários e Investidores
Mercado Livre é principal ativo buscado por gestores nos mercados emergentes
Presidente da Câmara afirma que ambiente na Casa não é favorável ao aumento de tributos
A iniciativa do Governo Federal ofereceu descontos entre 20% e 95% e garantiu a a reinserção de microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte no mercado de crédito
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quinta-feira, 12, em seu perfil no X, que o colégio de líderes da Casa decidiu pautar um requerimento
O setor produtivo recebe novamente com preocupação mais uma tentativa do governo federal de aumentar impostos com objetivos arrecadatórios
"Ninguém vai querer usar uma ferramenta que está presa em 50% de precisão", diz Paul Romer
Segmentos mais impactados pela data esperam movimento 21,7% maior do que o do ano passado, segundo a Fecomércio-DF. Muitos consumidores seguem em busca do presente perfeito para celebrar o amor
Miley Cyrus e outros famosos revelam como tentavam esconder gastos indevidos de seus contadores. Entenda as estratégias usadas e as consequências de tais ações
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade