Transição para o novo modelo de CBS e IBS impõe ajustes contratuais e exige atenção à preservação da função econômica dos contratos de longo prazo
Notícia
Empresas despertam para a inovação
Pesquisa do Iedi mostra que mais de 70% das grandes companhias brasileiras querem ser líderes em tecnologia nos próximos 10 anos
01/01/1970 00:00:00
No horizonte de dez anos, mais de 70% das grandes empresas brasileiras pretendem ser líderes em tecnologia, apesar das condições econômicas adversas que afetam o seu desempenho. Na situação atual, cerca de 40% entendem que já são líderes, mas ainda prevalecem posicionamentos mais tímidos, como o de seguidor rápido de tecnologias de ponta ou de adaptador de tecnologias ao mercado brasileiro.
As informações são de uma pesquisa inédita do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), que entrevistou os principais dirigentes de 40 grupos privados, dos quais 30 de empresas de maioria de capital nacional e dez grandes empresas transnacionais que atuam no mercado brasileiro. Esses grupos respondem por 80% do esforço nacional em pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Hoje, o número de empresas que fazem Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) no Brasil não passa de 2,5 mil, enquanto 30 mil são inovadoras. É pouco num universo de quase 100 mil empresas industriais existentes no País. "Mas o mundo inteiro é assim", diz o coordenador da pesquisa, o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Carlos Américo Pacheco.
Para 58% dos entrevistados, a inovação tecnológica é decisiva para sua estratégia de mercado atual, enquanto 42% consideram a tecnologia relevante. No horizonte de dez anos, o entendimento se altera de forma ainda mais explícita: 80% das empresas afirmam que a tecnologia terá papel decisivo e 20% consideram que será relevante.
"As empresas estão percebendo que se quiserem entrar no mundo vão ter de investir em inovação", diz o presidente do Iedi, Pedro Passos, sócio fundador da Natura Cosméticos. "Entender a inovação como vetor do crescimento passou a ser fonte de sobrevivência das empresas de manufatura", frisa.
Nesse cenário, os resultados da pesquisa indicam que o diagnóstico, repetido em muitos fóruns de debates, de que falta cultura de inovação nas empresas brasileiras "não passa de bobagem", diz Pacheco.
"As empresas brasileiras respondem aos desafios que o mercado e o ambiente econômico lhes impõem", diz o presidente do Grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, um dos entrevistados na pesquisa. Para ele, se a inovação não for entendida nesse contexto, a discussão se as empresas inovam ou não inovam se restringem apenas a um problema comportamental, em geral "associado a um julgamento moral" do papel esperado das lideranças empresariais. "O essencial é entender que as empresas inovam por razões econômicas."
Na verdade, são condições como preços e custos relativos do Brasil, perspectivas de demanda e o grau de capacitação da própria empresa e de seus fornecedores, que ditam as estratégias empresariais e o que as empresas fazem em termos de inovação, ressalta o coordenador da pesquisa do Iedi.
Na visão dos executivos consultados, as razões mais frequentes para inovar são ampliar receitas e atender as necessidades dos consumidores, apontadas por três entre cada quatro empresas. Duas em cada três também assinalam as motivações de atender as necessidades dos consumidores e reduzir custo.
Entre as razões citadas com menos frequência se encontram a internacionalização das empresas e criação de oportunidades de exportação. Para o Iedi, isso reflete a baixa inserção internacional do Brasil em segmentos mais dinâmicos e também a valorização do real frente ao dólar.
Novas escolhas. Na avaliação do presidente da Suzano Papel e Celulose , Daniel Feffer, o investimento em inovação terá maior impulso e será economicamente viável se atrelado a uma política industrial.
"O governo está empenhado na agenda de inovação, mas não terá recursos para tudo", diz o presidente da Fiat, Cledorvino Bellini. Ele lembra que os centros de excelência que o Brasil tem, como a Embrapa e o ITA, foram escolhas estratégicas que deram resultados, mas o País vai ter de fazer novas escolhas.
"A nova classe média vai demandar novos produtos, mas vai ser uma competição global", alerta. "Não podemos fazer como em algumas indústrias em que se concebe o produto no Brasil, se produz na China e se distribui aqui. Isso vai exigir inovação e investimentos", frisa.
Para o presidente da subsidiária brasileira da IBM, Ricardo Pellegrini, o País vai continuar atraindo novos centros de P&D e atividades de inovação de empresas internacional. "Fazer políticas afirmativas e indicar claramente quais são as prioridades sinaliza às direções das corporações em que setores o Brasil quer ser um player global."
A pesquisa também revela problemas, como mecanismos de gestão ainda insatisfatórios. A visão da cúpula das empresas é mais afirmativa e mais otimista para aspectos gerais ou situados no plano estratégico. Quando perguntados sobre métrica, gestão ou capacitações, as respostas tendem a indicar que ainda há muito o que fazer, explica o coordenador do trabalho.
Notícias Técnicas
Deve-se excluir apenas o ICMS-ST destacado na nota ou todo o ICMS presumido calculado sobre a base de substituição tributária
A escala 24×48 e a CLT exigem atenção a regras sobre jornada, acordo coletivo e controle de ponto. Saiba como evitar problemas trabalhistas
A promulgação da Emenda Constitucional n.132/2023 e sua subsequente regulamentação, materializada na hipotética Lei Complementar n.214/2025
Planejamento contábil e financeiro podem ser a chave para a sobrevivência em tempos de crise
Nova portaria elimina a exigência de perícia médica presencial na reavaliação de beneficiários com deficiência que recebem o BPC há mais de dois anos
Entidade defende ajustes para evitar aumento de carga, perda de competitividade e penalização de pequenos negócios
Entenda como fica o direito à aposentadoria do INSS quando o segurado continua trabalhando. Saiba quais benefícios são mantidos e quais são perdidos, além de obrigações que permanecem
Saiba as principais mudanças, impactos e como se preparar para a obrigatoriedade em janeiro de 2026.
Aposentados e pensionistas acometidos por doenças graves podem ter a isenção do imposto de renda e recuperar o imposto pago desde o momento do diagnóstico
Notícias Empresariais
Negociar não é sobre vencer é sobre encontrar um caminho que atenda aos interesses de todos
Aprenda a ajustar suas metas com base na realidade e não em expectativas irreais
Integração entre Recursos Humanos e Tecnologia da Informação é essencial para eficiência, segurança e produtividade nas empresas
Desde 2020, tempo gasto em reuniões online cresceu 252% e empresas agora recorrem à inteligência artificial para otimizar a rotina e reduzir a sobrecarga
O corte de juros é esperado, mas a velocidade desta redução poderá ser impactada com maiores gastos no ano eleitoral, o que pode pressionar a inflação
A busca por crédito mais justo e acessível é crescente, mas desafios persistem. Saiba mais
Em um mundo cada vez mais conectado, comparar modelos de empreendedorismo entre países não é apenas um exercício acadêmico é uma oportunidade real de aprendizado e evolução
Inteligência Artificial é apontada como solução para 2025
Acredita Exportação vai devolver até 3% da receita obtida com exportações para as MPEs por meio de compensação ou ressarcimento direto de tributos federais pagos ao longo da cadeia produtiva
Ações serão ajustadas conforme o impacto em cada setor, priorizando produtos perecíveis
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade