Especialista avalia que quando a transição estiver completa em 2033 (incluindo a operação plena do split payment, já a partir de 2027), débitos e créditos tributários serão automatizados
Notícia
Mercado prevê mais dois cortes de juros este ano
Surpreendidos pela redução da Selic, bancos traçam cenários agressivos e taxas despencam no mercado futuro
01/01/1970 00:00:00
Um dia após a surpreendente decisão do Banco Central (BC) de reduzir para 12% ao ano os juros básicos (Selic), bancos brasileiros e estrangeiros divulgaram ontem projeções de cortes mais intensos para a taxa neste ano. As instituições apostam agora em dois cortes de 0,5 ponto percentual dos juros nas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em outubro e novembro, o que derrubaria a Selic a 11% ao ano. E não descartaram nova redução de 0,5 ponto da taxa em janeiro de 2012. Os novos cenários provocaram uma forte queda nas taxas dos contratos de juros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que apresentaram um elevado volume de negócios.
Em relatório divulgado a clientes, o BofA Merrill Lynch projetou três cortes de 0,5 ponto pelo Copom. Um corte na reunião de outubro e outro em novembro. Um terceiro corte de 0,5 ponto ocorreria no início do ano que vem. O BTG Pactual estimou dois cortes de 0,5 ponto este ano, mas não traçou cenários para 2012. O Credit Suisse foi mais longe: traçou dois cortes de 1,5 ponto este ano e um derradeiro em janeiro próximo, derrubando a Selic a 8,5%, o menor patamar da história.
"Como as próximas decisões vão depender muito dos dados que serão divulgados pela frente, dificilmente vamos ver alguma decisão fora de manutenção e corte de 0,5 ponto percentual em outubro", avalia o economista Marcelo Salomon, em relatório do banco inglês Barclays.
Para Eduardo Velho, economista da Prosper Corretora, o Copom deve realizar mais dois cortes de juros da mesma magnitude neste ano, levando a Selic a terminar 2011 em 11% ao ano. Já o Itaú Unibanco prevê dois cortes de 0,5 ponto este ano, com mais duas reduções da taxa a partir do ano que vem.
Construção, varejo e bancos puxam alta do Ibovespa
Com as revisões, todos os contratos de juros negociados na BM&F com vencimento até abril de 2017 passaram por uma forte baixa. Os com vencimento em outubro deste ano recuaram de 12,29% para 11,89%. O contrato para janeiro de 2012 registra uma queda de 11,94% para 11,38%, com um elevado volume de 1,4 milhão de negócios, o triplo do registrado em outros dias.
Segundo Gustavo Mendonça, da Oren Investimentos, os contratos futuros de juros terminaram o pregão com pelo menos dois cortes embutidos: de outubro e de novembro.
- Muitos investidores acordaram com um baita susto e venderam contratos. Passaram os contratos para frente com um bom desconto, o que intensifica essa queda das taxas nos contratos - explica Mendonça.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a surpresa diante do corte de juros foi motivo de euforia e forte alta. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa, avançou 2,87%, aos 58.118 pontos, com uma forte procura por ações de empresas ligadas ao mercado doméstico. Foram R$9,7 bilhões em negócios. Pela manhã, o índice chegou a subir 3,71% com a volta de investidores locais e estrangeiros. No mercado cambial, o dólar comercial subiu 1,50%, para R$1,617, maior cotação em três semanas.
Na abertura do mercado, corretoras distribuíram relatórios elevando apostas para a Bovespa. O JPMorgan, por exemplo, passou a perspectiva de desempenho do Ibovespa de "abaixo da média" para "acima da média", citando o corte da Selic.
Bolsas recuam em NY antes de dado sobre emprego
Lideraram as altas papéis de construção civil, bancário e varejo, justamente os mais influenciados pelo custo do crédito. A maior alta ficou para a B2W Varejo ON, de 8,41%, a R$14,50. As ações da construtora Gafisa ON subiram 7,52%, a R$8. Já os papéis PN (preferenciais, sem voto) do Bradesco avançaram 7,38%, para R$30,23.
- As ações de construção e varejo sofrem forte influência do crédito, que ficou mais barato. O corte também pode aliviar a pressão da inadimplência nos balanços dos bancos, o que era um dos fatores de maior preocupação com as instituições - diz William Castro Alves, analista da XP Investimentos.
Segundo especialistas, o corte nos juros estimula investimentos em Bolsa porque torna a aplicação em renda fixa menos atraente, e também porque incentiva o crescimento da economia, ainda que sob o risco de perder o controle da inflação.
- Os investidores compraram muito, quase um oba-oba - avaliou Frederico Mesnik, sócio da Humaitá Investimentos.
Em Wall Street, o Dow Jones recuou 1,03%. O Nasdaq perdeu 1,30%, após uma breve alta pela manhã. Investidores ficaram cautelosos na expectativa de dados do mercado de trabalho dos EUA a serem divulgados hoje.
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