O acesso pelo link do endereço anterior foi desativado
Notícia
BC eleva a taxa anual para 12,50%, mas dá sinais de que a alta na Selic pode parar
BC admite fim da alta dos juros
01/01/1970 00:00:00
Taxa básica passa de 12,25% para 12,50% ao ano, mas inflação em queda e ritmo mais fraco da atividade econômica devem conter o aperto monetário. Mercado tende a pressionar o Banco Central a promover pelo menos mais uma alta na Selic em agosto
Depois de cinco altas seguidas da taxa básica de juros (Selic), o Banco Central indicou ontem que pode suspender o arrocho na economia. A sinalização foi dada por meio do comunicado divulgado logo após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na qual a Selic subiu de 12,25% para 12,50% — conforme esperado pelo mercado financeiro. O BC suprimiu do documento a expressão "por um período suficientemente prolongado", que havia destacado no informe anterior. No entender da instituição, a inflação mensal já caminha para níveis compatíveis com a meta anual de 4,5% e, a partir de agora, a atividade crescerá abaixo do seu potencial, ou seja, em torno de 4%. Isso está claro devido à redução no ritmo da produção industrial. É crescente o número de empresas dando férias coletivas aos funcionários, algo que há anos não se via no país.
A avaliação do BC é de que, a partir de agora, o aperto monetário mostrará toda a sua magnitude, com seu auge se dando no primeiro trimestre de 2012. Desde o início do ano passado, os juros aumentaram 3,75 pontos percentuais. Além disso, houve uma série de medidas prudenciais com o intuito de frear o crédito, que, pelas contas dos especialistas, corresponderam a uma alta de 0,75 ponto na Selic. Também pesou na decisão unânime do BC a incerteza que domina o quadro internacional, com a Europa se debatendo em uma grave crise há quase dois anos e os Estados Unidos lutando para aumentar o teto de sua dívida até 2 de agosto, para não dar um calote em seus credores. A próxima reunião do Copom está marcada para 30 e 31 de agosto.
A expectativa é grande em relação à ata da reunião, que será divulgada na próxima quinta-feira, devido ao comunicado sucinto de ontem: " Avaliando o cenário prospectivo e o balanço de riscos para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, elevar a taxa Selic para 12,50% ao ano, sem viés". Para Carlos Thadeu Filho, economista sênior da Franklin Templeton, não há mais porque o BC subir os juros, diante do ritmo mais moderado da atividade. "A indústria está pisando no freio, o comércio, desacelerando, e a massa salarial, crescendo menos", afirmou. Ele ressaltou que o BC sofrerá um grande tiroteio daqui por diante, pois boa parte do mercado insistirá que a Selic precisa subir pelo menos mais 0,25 ponto no mês que vem. Só então a alta será interrompida, com a taxa voltando a ser elevada no início de 2012.
"Está ficando mais claro que a crise externa realmente contribuirá para reduzir a inflação interna, com os preços das commodities (mercadorias com cotação internacional) caindo ainda mais", observou Freitas Filho. É o posicionamento do BC em relação ao cenário externo, por sinal, o economista espera ver detalhado na ata do Copom. "O BC olha para a frente e, no segundo semestre, a desaceleração da economia será mais forte", avaliou.
Para Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora, a retirada da expressão "suficientemente prolongado" do comunicado pós-Copom não quer dizer que os juros vão parar de subir já. "Acredito que a última alta será em agosto", assinalou. Na avaliação de Cristiano Souza, do Banco Santander, parar de subir a taxa de juros agora é apenas uma possibilidade. "Na verdade, o BC colocou um pouco mais de incerteza sobre o que esperar para a próxima reunião do Copom. Por isso, a ata será importantíssima", disse. Ele lembrou que, no passado, o Comitê já fez comunicados mais lacônicos, mas que não mudaram a trajetória dos juros. "Os dados que virão até agosto não vão permitir uma interrupção da alta da Selic", observou. O Santander mantém a aposta de que a taxa chegará a13% no fim do ano, o que significa mais dois aumentos de 0,25 ponto.
Sílvio Campos Neto, da Consultoria Tendências, também não acredita na interrupção do aperto monetário e vê a Selic indo até 13%. A seu ver, o quadro internacional ainda está muito confuso para que o BC faça uma avaliação segura. Quanto ao ambiente doméstico, o economista não tem dúvidas de que a inflação continuará pressionada nos próximos meses, pois categorias profissionais importantes, como bancários e petroleiros, deverão ter reajustes salariais acima da inflação. Em janeiro de 2012, o salário mínimo será reajustado em 14%.
Palácio comemora
O Palácio do Planalto comemorou as indicações do Copom de que o processo de alta da taxa básica de juros (Selic) chegou ao fim. Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff conversou com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e ouviu relatos positivos sobre os rumos da inflação e da atividade econômica. Só mesmo uma mudança brusca no horizonte levará os juros para além dos atuais 12,50% ao ano.
Notícias Técnicas
A ausência de justificativa pode acarretar diversas sanções, incluindo a baixa do registro do profissional
Novidade este ano é o serviço web que dispensa o download do programa gerador. Expectativa é de mais de 6 milhões de envios até a data final, dia 30 de setembro
STF tomou uma decisão que impacta diretamente o planejamento fiscal das empresas que questionavam a cobrança de impostos, com base na regra da anterioridade
Descubra os 6 principais erros de marketing que podem afetar a sua empresa contábil e como corrigi-los. Aprenda a atrair mais clientes e aumentar seus resultados financeiros
Transição para o novo modelo de CBS e IBS impõe ajustes contratuais e exige atenção à preservação da função econômica dos contratos de longo prazo
Deve-se excluir apenas o ICMS-ST destacado na nota ou todo o ICMS presumido calculado sobre a base de substituição tributária
A escala 24×48 e a CLT exigem atenção a regras sobre jornada, acordo coletivo e controle de ponto. Saiba como evitar problemas trabalhistas
A promulgação da Emenda Constitucional n.132/2023 e sua subsequente regulamentação, materializada na hipotética Lei Complementar n.214/2025
Planejamento contábil e financeiro podem ser a chave para a sobrevivência em tempos de crise
Notícias Empresariais
Negociar não é sobre vencer é sobre encontrar um caminho que atenda aos interesses de todos
Aprenda a ajustar suas metas com base na realidade e não em expectativas irreais
Integração entre Recursos Humanos e Tecnologia da Informação é essencial para eficiência, segurança e produtividade nas empresas
Desde 2020, tempo gasto em reuniões online cresceu 252% e empresas agora recorrem à inteligência artificial para otimizar a rotina e reduzir a sobrecarga
O corte de juros é esperado, mas a velocidade desta redução poderá ser impactada com maiores gastos no ano eleitoral, o que pode pressionar a inflação
A busca por crédito mais justo e acessível é crescente, mas desafios persistem. Saiba mais
Em um mundo cada vez mais conectado, comparar modelos de empreendedorismo entre países não é apenas um exercício acadêmico é uma oportunidade real de aprendizado e evolução
Inteligência Artificial é apontada como solução para 2025
Acredita Exportação vai devolver até 3% da receita obtida com exportações para as MPEs por meio de compensação ou ressarcimento direto de tributos federais pagos ao longo da cadeia produtiva
Ações serão ajustadas conforme o impacto em cada setor, priorizando produtos perecíveis
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade