Veja quais empresas não precisam entregar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) em 2025, segundo regras da Receita Federal e legislação vigente
Notícia
Micro e pequenas empresas aproveitam o bom momento da economia
As condições para alcançar tais objetivos são as melhores possíveis em 2011.
01/01/1970 00:00:00
Cansadas do papel de meras coadjuvantes do crescimento econômico, micro e pequenas empresas (MPEs) pegam carona na onda de prosperidade que empurra as grandes companhias e os setores brasileiros. Beneficiados por pesados investimentos públicos e privados, além da elevação do nível de emprego e da renda, esses negócios decidiram ampliar seus horizontes à procura de boas oportunidades e, claro, mais lucros. As condições para alcançar tais objetivos são as melhores possíveis em 2011.
Levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que, em função dos preparativos para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, construção civil, tecnologia da informação, agronegócio, madeira e móveis, o comércio varejista e os serviços são os segmentos mais promissores para quem espera faturar alto neste e nos próximos anos. Motivos para confiar no futuro não faltam. Dados da Serasa Experian provam que o fantasma da falência já não assusta mais como antigamente: de janeiro a dezembro de 2010, por exemplo, houve 653 decretos que levaram ao fechamento das portas — número inferior aos 831 registrados em 2009.
Hoje, 98% de todas as companhias estabelecidas no país são de micro e pequeno portes, o que mostra a importância desse perfil de empreendedores. “Elas funcionam como uma esponja em relação à economia. Se estamos num período de recessão, elas são as primeiras a sofrer. Se vivemos um bom momento, elas também são as mais beneficiadas”, explica Francisco Barone, coordenador do Programa de Estudos Avançados em Pequenos Negócios, Empreendedorismo e Microfinanças da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Aportes feitos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao lado do Minha Casa Minha Vida, impulsionam a construção civil. O empresário Paulo Roberto Balbino de Freitas, 50 anos, está atento ao cenário. Depois de ver sua loja no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no Distrito Federal, ampliar em 10% ao ano as vendas em 2009 e 2010, Balbino se prepara para as novas demandas. Neste ano, vai investir cerca de R$ 800 mil na compra de uma empilhadeira, uma pá mecânica e três caminhões. “A nossa expectativa é de crescer mais 10% em 2011. Com o mercado aquecido, as pessoas estão fazendo mais obras. Além disso, os programas governamentais têm impacto no faturamento”, reforça.
Para o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, a expansão da nova classe média é um dos principais propulsores. Desde 2003, 30 milhões de brasileiros alçaram à condição de classe C, consumindo como nunca e tomando crédito a um ritmo cada vez mais acelerado. Com mais poder de compra, esse contingente de homens e mulheres passou a frequentar bares, restaurantes e a cobiçar produtos sofisticados. “O desenvolvimento também está se espalhando, saindo da Região Sudeste para o Norte e o Nordeste, o que favorece enormemente os negócios”, ressalta Santos.
Sobrevivência
No Nordeste, o índice de empresas que fecham antes de completar dois anos de criação caiu de 46,7% para 18,9% desde 2002. No Sudeste, de 48,9% para 16,1%. Em todo o Brasil, de 49% para 22%. Os estados com melhores resultados quanto à sobrevivência de MPEs são Espírito Santo, Minas Gerais e Sergipe, com mais de 85% de empresas que não fecharam as portas. Em contrapartida, Roraima, Acre e Amapá apresentaram as maiores taxas de mortalidade, entre 37% e 50%. “Numa economia capitalista, as empresas sempre vão fechar. Mas, graças ao crédito para o consumo e a iniciativas como o Super Simples — que reduz a carga tributária para os empreendimentos de pequeno e médio porte —, a taxa de mortalidade tem caído de forma paulatina”, adverte o diretor técnico do Sebrae Nacional.
Na avaliação da professora do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em inovação e empreendedorismo, Marina Figueiredo Moreira, a redução nos índices de falência também contribui para amenizar o custo social do país. “Quando uma empresa fecha, famílias perdem empregos e ficam endividadas. Não é um custo apenas econômico. O bom é que vemos uma reversão nesse quadro”, resume Marina.
Jogo que não permite erros
Se quiserem tirar proveito dos bons ventos que sopram a favor neste ano, os micro e pequenos empresários precisarão, antes de tudo, vencer obstáculos. Em meio a um emaranhado de leis, carga tributária elevada e dificuldades crônicas de contratar mão de obra, as maiores chances de ampliar os lucros estarão concentradas nas mãos de quem se modernizar e estiver atento à realidade do mercado. “É fundamental ter informação e conhecimento. Com uma concorrência tão acirrada, os profissionais precisam entender as tendências e os desejos dos clientes. Não adianta achar que o que deu certo ontem vai funcionar hoje”, lembra o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos.
O empresário do ramo da tecnologia da informação Roberto Bretas, 48 anos, aprendeu a receita. Há três anos, ele abriu um negócio para vender equipamentos e programas de informática para órgãos governamentais e, nesse período, saiu da posição de micro para pequena empresa — com faturamento de até R$ 2,4 milhões por ano. “O mercado tem instituições públicas com grandes e complexas estruturas. Precisamos saber com profundidade o que cada cliente quer”, diz Bretas. As perspectivas para 2011 são positivas. “Este é um ano mágico, de franco crescimento. Hoje, tenho 12 funcionários, mas quero contratar outros 15. Além disso, vou investir na especialização da equipe”, planeja.
A professora Marina Figueiredo Moreira, da Universidade de Brasília (UnB), afirma que o grande desafio para os empresários é oferecer produtos diferenciados. “Eles precisam investir na inovação tecnológica, com novos itens, serviços e métodos. Hoje, de cada 10 empresas abertas, nove fazem mais do mesmo”, completa a especialista. “O importante é criar uma combinação que não é encontrada na concorrência. Uma pizzaria, por exemplo, pode produzir um novo sabor ou mudar a técnica de atendimento”, justifica.
A diretora de planejamento de mercado da Publicar, Rosimery Saad, acrescenta que a importância de os executivos divulgarem seus produtos é fundamental. “Com tanta disputa, quem não investir em comunicação e mostrar sua marca vai ficar para trás”, lembra. “Outro ponto é a gestão. O problema das MPEs é que o empresário, muitas vezes, é bom em vendas, mas não entende de recursos humanos e tecnologia”, Francisco Barone, da Fundação Getulio Vargas (FGV). (CB)
Mapa da mina
Copa e Olimpíadas trazem boas
chances de turbinar o faturamento
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