A Receita Federal disponibilizou o “CCMEI Simplificado” no app MEI. Essa atualização facilita o acesso ao Certificado da Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI), documento que comprova a formalização do MEI
Notícia
Os segredos para o sucesso de uma fusão
Ambiente econômico favorável e integração entre diferentes culturas corporativas são essenciais para que a união de empresas seja bem sucedida
01/01/1970 00:00:00
A motivação básica que está por trás da junção de duas empresas é o desejo de crescer e, consequentemente, aumentar seu espaço no mercado e seus lucros. Chegar a essa equação, porém, é muito mais complexo do que se imagina. Não subestimar o poder da cultura de cada organização e entender a fundo suas particularidades são dois grandes passos rumo ao sucesso.
“As empresas e os consultores pensam muito em números. Estão preocupados com quanto a nova companhia lucrará, em quais são as sinergias, onde vão poder cortar custos. Esquecem de dois pontos fundamentais que estão relacionados: cultura corporativa e pessoas”, afirma Tony Alvarez, sócio da consultoria Alvarez&Marsal, especializada na recuperação e fusão de empresas.
De nada adiantará ter negócios que, na teoria, parecem fazer todo sentido juntos se a união de cultura e valores não for colocada em prática. “A sinergia só acontecerá se houver cooperação entre as pessoas das duas companhias. É preciso que haja um líder capaz de motivar os funcionários a se integrarem na nova cultura de trabalho que se formará”, diz Richard D’Aveni, professor da Tuck School of Business. Sem uma equipe unida e ciente das metas e dos valores da nova empresa é muito difícil atingir bons resultados.
Essa dificuldade foi duramente vivenciada na fusão entre a AOL e a Time-Warner. Já no período de integração, a nova empresa chegou a perder 93% de seu valor. Agora, as duas companhias estão se separando. “Cerca de nove em cada dez fusões não atingem seus objetivos. Muitas delas acontecem por ambição do presidente, por um desejo de ser a maior empresa de um setor sem que haja uma estratégia realmente traçada para isso”, diz Lourdes Casanova, professora da Insead, escola francesa de negócios.
Outra peça-chave para o sucesso de uma fusão está fora do âmbito empresarial. Um ambiente macroeconômico favorável, onde haja crescimento elevado com baixas taxas de inflação é fundamental. Prova disso é o fato de que as cinco grandes ondas de fusões e aquisições vistas ao longo da história do capitalismo se deram justamente em momentos de bonança econômica. E declinaram quando a economia enfrentou algum tipo de revés.
As grandes ondas
A primeira grande onda de fusões aconteceu entre o final do século 19 e o início do século 20. Nesse período formaram-se nos Estados Unidos grandes empresas de setores estruturais para a economia como siderurgia, telefonia, mineração e petróleo. A General Electric foi criada nessa época, por meio da união da Edison General Electric com a Thomson-Houston Company. A fusão foi horizontal – já que aconteceu entre duas empresas com o mesmo portfolio de produtos.
Esse movimento arrefeceu assim que a Primeira Guerra Mundial começou Logo após seu fim, uma nova onda de fusões teve início e durou até 1929, quando ocorre o crash da bolsa de valores de Nova York. Dessa vez, a formação de novas empresas se deu de forma vertical. A Ford, por exemplo, comprou dezenas de empresas menores atuantes em diferentes setores como o ferroviário e o siderúrgico.
As fusões permaneceram adormecidas por quase trinta anos – depois da quebra da bolsa nova iorquina veio a Segunda Guerra Mundial e poucos se animaram a fazer novos negócios. Entre 1955 e a primeira metade da década de 70, porém, o apetite das grandes empresas por novos mercados reanimou as aquisições que dessa vez resultaram na formação dos primeiros grandes conglomerados econômicos.
Diferentemente da crença mais disseminada atualmente, a de que as empresas precisam ter foco em seus negócios, acreditava-se naquela época que era preciso atuar em várias frentes. “Diversificar era sinônimo de reduzir riscos. Na cabeça daqueles empresários, quem não trilhasse tal caminho, fracassaria”, diz Lourdes Casanova.
Duas outras ondas de fusões se seguiram desde então. Na década de 80, muitas empresas continuaram em busca da diversificação, nem que para isso precisassem adquirir outras companhias por meio das compras hostis. São aquelas nas quais os compradores vão à bolsa de valores para adquirir ações da empresa que desejam comprar, mesmo contra a vontade de seus controladores. Porém, em 1987 houve uma derrocada do mercado de ações americano e, novamente, uma pausa nos negócios.
O movimento foi retomado em meados dos anos 90 e teve como característica a formação de companhias cada vez mais globais. Foi nesse período que gigantes como Exxon e Mobil, AOL e Time Warner, Chrysler e Daimler Benz se uniram. Essa onda não terminou muito bem. E 2001, houve o estouro da bolha das empresas da internet que, durante os anos anteriores, viram suas ações aumentar de valor de forma exponencial.
Novo ciclo de fusões?
Agora, o fim do período mais negro da recente crise econômica e o início da recuperação dos Estados Unidos e de uma parte dos países Europa tem contribuído para um ambiente mais propício a uma nova onda de fusões e aquisições. “Finalmente o crédito e a liquidez começam a dar sinal de vida”, diz Alvarez. Antes disso, as compras foram dificultadas.
Seria essa a sexta onda? “Ainda é cedo para afirmar que esse é mais um grande movimento dentro da dinâmica capitalista. Mas já podemos dizer que ele é único, pois está sendo encabeçado por empresas de países emergentes, algo que jamais vimos no passado”, afirma Lourdes.
Notícias Técnicas
Desenvolvida pelo Serpro, nova funcionalidade permite simular e escolher a quantidade de parcelas conforme a realidade financeira do contribuinte
A convergência entre os entes federativos é fundamental para evitar judicializações futuras
A Receita Federal informa os contribuintes sobre o procedimento de vinculação de débitos passíveis de divisão em quotas na DCTFWeb
Negociações consideram boas práticas ambientais, sociais e de governança com base na Portaria nº 1.241/2023 e nos Objetivos da ONU
Saiba sobre os benefícios de softwares e boas práticas para um controle eficiente
A reforma tributária brasileira, com seus novos tributos está gerando grande expectativa e preocupação entre as empresas que dependem de sistemas de ERP
Em vigor há pouco mais de cinco anos, a Lei 13.988 foi tema da reunião do Caeft, que abordou caminhos para o aperfeiçoamento dos acordos entre fisco e contribuintes
TST reafirma que a falta de controle de jornada gera presunção a favor do trabalhador doméstico. Empregador deve apresentar prova contrária
Entenda as implicações econômicas e sociais dessa proposta
Notícias Empresariais
Mais do que replicar modismos, é preciso refletir sobre o que realmente sustenta um negócio são, humano e eficiente
Estagnação em PMEs: dados preocupantes e soluções estratégicas
Investimento em saúde mental deixou de ser uma escolha ética para se tornar uma obrigação estratégica e jurídica
Levantamento exclusivo do Infojobs mapeia os setores e regiões mais promissores para quem busca emprego no Brasil
Empresas estruturam remessas internacionais com isenção de IOF para reduzir carga tributária dentro das regras da CVM e da legislação vigente
Setores como varejo, indústria e educação têm a oportunidade de transformar suas práticas e alcançar novos patamares de eficiência e inovação
Alta nas denúncias de descumprimento da LGPD e práticas ilegais de e-mail marketing colocam pequenas empresas sob fiscalização da ANPD
No mesmo evento, Galípolo repetiu que é importante aumentar o nível de colateralização para reduzir o custo do crédito no Brasil
O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, informou na manhã desta quarta-feira que as medidas foram entregues por sua equipe ao Planalto e que elas contemplam crédito subsidiado aos pequenos exportadores
Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2031 ficou em 13,61%, de 13,64% no ajuste de terça. O contrato para o primeiro mês de 2033 diminuiu de 13,76% para 13,72%
Notícias Melhores
Atividade tem por objetivo garantir a perpetuidade das organizações através de planejamento e visão globais e descentralizados
Semana traz prazo para o candidato interpor recursos
Exame de Suficiência 2/2024 está marcado para o dia 24 de novembro, próximo domingo.
Com automação de processos e aumento da eficiência, empresas contábeis ganham agilidade e reduzem custos, apontando para um futuro digitalizado no setor.
Veja as atribuições da profissão e a média salarial para este profissional
O Brasil se tornou pioneiro a partir da publicação desses normativos, colaborando para as ações voltadas para o combate ao aquecimento global e o desenvolvimento sustentável
Este artigo analisa os procedimentos contábeis nas operadoras de saúde brasileiras, destacando os desafios da conformidade com a regulação nacional e os esforços de adequação às normas internacionais de contabilidade (IFRS)
Essas recomendações visam incorporar pontos essenciais defendidos pela classe contábil, os quais poderão compor o projeto final previsto para votação no plenário da Câmara dos Deputados
Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam uma série de desafios que vão desde a gestão financeira até o cumprimento de obrigações fiscais e planejamento de crescimento
Este artigo explora técnicas práticas e estratégicas, ajudando a consolidar sua posição no mercado competitivo de contabilidade