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Notícia
Com Selic a 8,75%, Copom deve pôr fim a ciclo de afrouxamento
Com uma redução de 0,50 ponto na taxa Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá na sua reunião de quarta-feira encerrar o ciclo de queda do juro iniciado em janeiro, quando a taxa estava em 13,75%.
01/01/1970 00:00:00
Luiz Sérgio Guimarães
Com uma redução de 0,50 ponto na taxa Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá na sua reunião de quarta-feira encerrar o ciclo de queda do juro iniciado em janeiro, quando a taxa estava em 13,75%. Atualmente em 9,25%, a Selic baixaria a 8,75%, acumulando de lá para cá uma perda de cinco pontos. Esta é a expectativa da maior parte dos analistas consultados ontem pelo Valor, em sintonia com a sinalização dada pelo próprio BC em documentos oficiais de sua intenção de diminuir a velocidade de queda do juro. Nas duas últimas reuniões a taxa caiu 1 ponto. O consenso não é, porém, maciço. Há economistas que apostam num corte mais conservador, de 0,25 ponto.
Roberto Padovani, economista-chefe do Banco WestLB, acredita que o BC irá reduzir o ritmo para um corte de 0,5 ponto, em linha com o que já foi sinalizado na última reunião. A razão para o corte está no fato de a economia ainda se encontrar fraca. Mesmo nos cenários mais otimistas, o crescimento neste ano deverá ficar muito abaixo do potencial, reduzindo com isso o risco inflacionário. "Embora o crescimento seja frágil, já há relativo consenso de que a retomada deve ganhar fôlego, principalmente a partir do quarto trimestre deste ano. É razoável que ao longo de 2010 o crescimento se aproxime cada vez mais do potencial", prevê Padovani.
Como resultado, o risco inflacionário tende a se elevar, mesmo com a inflação rodando abaixo da meta nos próximos meses. Adicionalmente, há incertezas sobre os efeitos defasados dos 5 pontos percentuais de corte já realizados desde o início do ano. "Tudo considerado, é natural que os estímulos monetários sejam significativamente reduzidos", diz. Há duas variáveis centrais para a decisão do Copom nesta quarta-feira: expectativas de inflação para 2010 e variáveis de atividade, como produção industrial, comércio varejista, utilização de capacidade e mercado de trabalho. Padovani concorda com a projeção feita pela curva futura de juros de um aperto monetário de 1,5 ponto no ano que vem. "O cenário em que o crescimento caminha em direção ao potencial e a inflação se aproxima da meta reforça a tese de que o nível corrente da taxa de juros é insustentável. Eu trabalho com a hipótese de o BC elevar a taxa de juros no segundo trimestre de 2010, encerrando o ano em 10,25%", diz o economista.
Para Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, a maior motivação da diminuição de ritmo de corte da Selic não parece vir da questão fiscal nem de preocupação inflacionária por conta de demanda. "A questão fiscal continua sendo um problema de qualidade ruim. Os números macro não são preocupantes", diz Vale. Pelas suas contas, com crescimento de PIB em 4% ano que vem e taxa real de juros em torno de 4,5%, o superávit primário mínimo para manter a dívida líquida em 42% do PIB é de 0,2% do PIB, mais do que tranquilo de se conseguir no ano que vem.
Na opinião do consultor da MB, numa economia indexada como a brasileira trazer a inflação para baixo requer esforço maior da política monetária, ou seja, a taxa real de juros tem que ser maior do que o normal para forçar uma inflação para baixo num meio ainda indexado. Mas é verdade que o BC tem espaço para promover uma queda agora e mais alguma coisa talvez em setembro porque de fato não há risco inflacionário, de o IPCA ultrapassar a meta pelo menos até 2010. No ano que vem os IGPs baixos de 2009, que podem até ficar negativos, vão ajudar em muito os preços administrados. Estes devem cair do degrau de 4,7% este ano para 2,4% em 2010. A MB projeta IPCA de 4% ano que vem. E não vê problema com o hiato do produto. Este deve começar a se estreitar somente no final do ano que vem.
Para Sérgio Vale, o grande diferencial, o fato mais importante de política monetária nos próximos anos, será sem dúvida a eleição presidencial marcada para o ano que vem. "Não me parece que os candidatos que estão no páreo manterão o BC exatamente como está e talvez façam mudanças que não sejam as mais adequadas. Isso para mim é um risco muito maior do que a questão macro em si nesse momento", alerta o economista.
Luis Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC, acredita que as razões para a diminuição na velocidade de queda da Selic sejam mais qualitativas do que quantitativas. Na última ata o Copom deu indicações de que o piso que ele vê para os juros está se aproximando. Mesmo não se sabendo exatamente qual será, como em qualquer aproximação do ponto máximo do movimento convém reduzir a velocidade. Sinal semelhante foi dado no Relatório de Inflação. Apesar de os modelos exibirem espaços amplos para reduções adicionais dos juros, o documento foi escrito em tom conservador não condizente com eles.
O BC ressuscitou até preocupações com possíveis repasses cambiais. O objetivo parece ter sido o de segurar o otimismo resultante dos modelos. Para Leal, outro indício de que o BC será mais conservador relaciona-se ao afrouxamento fiscal. "Não tem como escapar, a política monetária e a política fiscal disputam o mesmo espaço limitado", diz ele. Como a variável mais importante para a condução da política monetária, o hiato do produto, não é diretamente observável, a principal estatística a ser acompanhada será a utilização da capacidade da industria, o que temos de mais próximo do tal hiato do produto", diz ele.
No entender do economista-chefe da Gradual Investimentos, Pedro Paulo Silveira, as expectativas-chave estão bem ancoradas e conspiram para a queda da taxa de juros básica. A expectativa da inflação oficial, medida pelo IPCA, está comportada e continua abaixo do centro da meta se observada a mediana das previsões de mercado. O nível de atividade deteriorou-se muito nos últimos trimestres e isto forçou que as expectativas para o PIB de 2009 declinem na mesma velocidade e hoje espera-se que o produto brasileiro recue algo em torno de 0,34% no acumulado do ano. "Vale lembrar que não há agenda econômica relevante nos dias próximos da reunião do colegiado, o que retira pressões adicionais sobre a decisão da diretoria do BC", diz Silveira.
O superintendente de Tesouraria do Banco Banif, Rodrigo Trotta, acredita que como a decisão anterior do Copom surpreendeu pela agressividade não deverá agora adotar uma postura muito conservadora, como uma redução de 0,25 ponto, uma decisão até mais condizente com o cenário de melhora desenhado por exemplo pelas vendas varejistas. Deverá optar pelo caminho do meio do corte de 0,50 ponto. Mas será o último.
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