Atualização traz simplificações operacionais na emissão da NF-e
Notícia
Cartão: taxas no país são as mais altas do mundo
Estudo de instituição americana mostra que lojistas do Brasil têm os maiores custos entre 17 países analisados
01/01/1970 00:00:00
Camila Nobrega, Eduardo Rodrigues e Ronaldo D’Ercole
Já conhecido por ser o primeiro no ranking mundial de juros reais (descontada a inflação), o Brasil aparece no topo de outra lista: a de taxas de administração mais altas cobradas dos lojistas pelas administradoras de cartão de crédito e débito. Segundo estudo da Unfair Credit Card Fees, entidade americana que congrega lojistas, em 17 países, a cobrança média não passa de 2%. No Brasil, a média é de 2,9% por transação, mas pode chegar a 5%, de acordo com a Associação das Empresas Lojistas em Shopping Centers do Rio (Aloserj).
Na última terça-feira, o Banco Central (BC) divulgou estudo pelo qual expressa descontentamento com o setor no Brasil e antecipa que tentará estabelecer nova regulamentação. O levantamento mostra que o segmento é comandado por poucas empresas, não repassa ganhos de escala e tecnológicos para os lojistas e trabalha com uma rentabilidade acima do justificado pelo risco das operações.
De acordo com o analista de varejo Ulisses Reis, as variações nas taxas ocorrem, porque elas são negociadas com base nas taxas de juros do país, além do grau de risco e do número de operações: — Os juros no Brasil são muito altos e as margens de inadimplência também. Em muitos países, não se paga, por exemplo, anuidade do cartão.
No Rio de Janeiro, mais de 80% das transações são feitas por meio de cartões, segundo a Aloserj.
O pedreiro Antônio Louzada, por exemplo, foi ontem à Saara, no Centro, e usou um de seus seis cartões para comprar uma bola de futebol: — Eles me salvam na hora que preciso. Ninguém anda mais com muito dinheiro no bolso.
O estudo divulgado pelo BC contém pesquisa com 500 empresas usuárias desses meios de pagamento, em que 47,21% defenderam reduções nas taxas, enquanto 20,30% cobraram melhor atendimento. Outros 15,23% defenderam o fim da cobrança do aluguel das máquinas de cartões.
A pesquisa mostrou também que 492 estabelecimentos (98,4% do total) disseram que usam a bandeira Visa. Usam Mastercard 95,4% deles. Os dados foram coletados entre 15 de setembro e 3 de outubro de 2008. O estudo ficará na página do BC (www.bcb.gov.br) para receber sugestões e críticas por três meses e, após este período, as autoridades vão avaliar as providências que serão tomadas.
Ênio Bittencourt, presidente da Saara, reclama das taxas: — Se não tiver cartão, não vendo. Tenho cinco máquinas aqui e pago de R$ 70 a R$ 90 de aluguel por mês. As taxas estão próximas dos 5% e, além disso, só recebo 30 dias depois.
Preciso pagar mais de 10% se pedir antecipação.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) informou que avalia a possibilidade de pedir ao BC que amplie os canais de comunicação para a consulta pública sobre os dados do estudo.
— Parece que o BC finalmente acordou, porque de fato há problemas na relação entre as empresa de cartões e os lojistas, que acabam se refletindo sobre os consumidores — disse Marcos Diegues, assessor jurídico do Idec.
Em comunicado divulgado no início da noite, a Abecs, associação das empresas de cartões de crédito, limitou-se a dizer que suas associadas pretendem “colaborar para o aprimoramento dos trabalhos” para a “modernização e aperfeiçoamento da indústria”.
Ações da Redecard têm maior queda da Bolsa: 8,52% As ações da Redecard sentiram os efeitos da possibilidade de mudanças nas regras do setor e tiveram a maior queda da Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), com recuo de 8,52%. O Banco Goldman Sachs divulgou um relatório alertando para a instabilidade regulatória no setor.
O Ibovespa fechou com ganhos de 2,57%, aos 41.976 pontos, diante de notícias positivas sobre a economia americana. O dólar caiu 1,64%, para R$ 2,280.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse ontem que a Petrobras melhorou tanto seu caixa que poderia até mesmo dispensar a captação de novos recursos no mercado externo.
No fim do ano passado, a estatal foi obrigada a tomar R$ 2 bilhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para pagar impostos. Gabrielli afirmou que, se os preços do petróleo ficarem em US$ 37 por barril na média do ano, a Petrobras terá uma geração de caixa da ordem de US$ 10 bilhões, que serão aplicados nos investimentos para 2009 que totalizarão US$ 28,6 bilhões.
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