O Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, conhecido como Simples Nacional, abrange atualmente 23,8 milhões de contribuintes no Brasil
Notícia
Planejamento: a chave para simplificar a reforma tributária
A reforma tributária segue ganhando espaço nas mesas de discussão das organizações. Isso se deve, principalmente, às dúvidas e incertezas sobre os impactos
01/01/1970 00:00:00
Por Miriam Negreiro
A reforma tributária segue ganhando espaço nas mesas de discussão das organizações. Isso se deve, principalmente, às dúvidas e incertezas sobre os impactos que as mudanças na forma de arrecadação de impostos trarão para o dia a dia das empresas. No entanto, à medida que o prazo de transição, previsto para começar em 2026, se aproxima, é fundamental que as companhias comecem o quanto antes a se preparar, a fim de garantir conformidade e minimizar riscos.
É importante enfatizar que, na prática, o projeto estabelecido pela Emenda Constitucional 132/2023 tem como objetivo simplificar as regras, consolidando tributos estaduais, federais e municipais em dois impostos principais: o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS, COFINS e IPI, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que unificará ICMS e ISS.
Embora a proposta da reforma seja tornar o sistema tributário mais simples, sua implementação trará impactos relevantes. Um dos grandes desafios será operar em dois regimes simultaneamente durante o período de transição — o que exigirá precisão no controle fiscal e atenção constante às normas em atualização. Além disso, mudanças nas alíquotas e na composição dos tributos podem gerar aumentos temporários nos custos, demandando uma gestão cuidadosa do fluxo de caixa para evitar pressões sobre o capital de giro.
Outro ponto importante é que a reforma tributária não afetará apenas o cálculo de impostos, mas também os modelos de gestão e as relações com os clientes. Ou seja, se antes a empresa operava dentro de uma determinada padronização, com a reforma isso mudará significativamente. Cada organização precisará traçar um novo plano de negócios com base nas novas regras que entrarão em vigor.
Dessa forma, é essencial que, antes de tudo, as empresas realizem uma análise e mapeamento dos possíveis impactos da entrada dos novos tributos e regras de apuração dos débitos e créditos tributários, na sua operação. A partir disso, elaborem um plano de preparação para esse período de transição, baseado em dados e informações consistentes. Isso permitirá um melhor preparo diante do que está por vir. Certamente, essa não é uma tarefa simples — e a tecnologia continua sendo a melhor aliada.
Nessa jornada, o ERP será um grande parceiro e um provedor de informações para soluções especialistas de planejamento tributário. Para alcançar os resultados esperados, é importante que a ferramenta escolhida ofereça uma operação padronizada, com atualizações de fácil aplicação e customizações de acordo com as etapas da reforma tributária, sem comprometer a rotina da empresa.
Outro diferencial importante neste período será contar com o apoio de um time especializado, que, ao unir esforços, permitirá à empresa identificar pontos de melhoria e definir o melhor caminho para atuar em conformidade com as novas regras — garantindo o desempenho da organização mesmo em meio à instabilidade.
Apesar dos desafios e da necessidade de adaptação, a reforma tributária também representa uma oportunidade valiosa para reavaliar processos internos, otimizar a eficiência operacional e incorporar mais inteligência à gestão empresarial. O momento não deve ser encarado com medo, mas sim com uma oportunidade e como parte de uma nova estratégia operacional.
Até 2033, todas as empresas terão tempo para se adequarem. No entanto, para garantir um bom desempenho durante a jornada de transição dos modelos tributários atuais e o novo modelo proposto que está chegando com a reforma tributária, é preciso já estar preparado ou investindo nessa preparação, considerando tanto a busca pelo entendimento dos colaboradores internos, como se integrando e se associando aos colaboradores externos, com as ferramentas em uso, onde se enquadra as soluções de gestão.
O cenário parece muito complexo, mas também se apresenta como uma oportunidade de se revisitar os processos, identificar inconsistências, corrigir e definir como a empresa vai navegar pelos próximos anos. O planejamento desse futuro também deve ser tributário. Afinal, como estamos diante de uma mudança tão significativa, o conhecimento e planejamento é que podem garantir o sucesso na entrada do novo modelo de tributação brasileiro.
Miriam Negreiro é diretora de consultoria na ABC71.
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